sexta-feira, outubro 30, 2009

Feira do livro - época que eu amo

Hoje começa um dos períodos do ano que mais gosto, a Feira do Livro de Pelotas. A praça fica cheia de vida, de gente caminhando, tem música e apresentações artísticas, os amigos se encontram. Ah! É um tempo de alegria, os dias são claros e as noites propicias a se estar caminhando, tomando chimarrão e recebendo o ar fresco e perfumado da noite. A inauguração oficial é hoje, às 18h na Praça Coronel Pedro Osório. Leia mais aqui.

"O que é isso companheiro?"

Ontem completou 30 anos da publicação do livro de Fernando Gabeira, "O que é isso companheiro?". Confesso que não li o livro e não vi o filme. E mesmo sem conhecer bem a história do jornalista, escritor e deputado federal pelo PV Fernando Gabeira, admiro a sua postura e o seu comportamento. Em entrevista ele disse que "não faria tudo de novo". Alguns rebeldes ferrenhos, extremistas e radicais poderão dizer que ele tá fazendo tipo, mas a meu ver, pelo que já observei do jeito de Gabeira ele está sendo muito coerente consigo. Seus argumentos comprovam que ele não ficou preso a questões do passado, apesar de ter uma história dura, viva e de ação.
Não fazer tudo de novo implica em reconhecer alguns erros e amadurecimento. Nas palavras do próprio Gabeira, "não faria tudo de novo por várias razões: a primeira por que eu seria uma outra pessoa hoje; a segunda, porque fazer de novo dá uma sensação de morte, a gente quer sempre fazer coisas novas."
Com certeza irei ler o livro, talvez veja o filme, mas com certeza o livro.

Fonte: Olhar Direto

quinta-feira, outubro 29, 2009

46ª

Vou parar de contar os homicídios aqui em Pelotas porque cada vez me assusto mais. Ontem um senhor foi morto em consequência da surro que levou após seis menores levarem sua bicicleta motorizada. Hoje estampava o jornal a foto de um jovem morto na praça de um bairro. Embora uma morte não tenha nada a ver uma com a outra um fato é recorrente e preocupante, pois em ambos os casos suspeita-se que os autores dos crimes sejam usuários de drogas. Vou parar de contar, mas não vou deixar de me preocupar.

Violência

Ela tá por toda a parte e tá me assustando. Está no Afeganistão, no Irã, no Iraque, em Honduras, no Brasil, no Rio, em Pelotas. Está bem pertinho, por causa das drogas, por causa das bombas, por causa da defesa de direitos ou do abuso sobre eles, por causa de terra ou por causa de fé. Não importa o motivo, porque ela está lá e deve ser combatida. Sem violência, é claro!
Só não pode ser ignorada. Não importa o motivo, a causa, onde ou como. Importa é combater sem dizer, não é comigo. Ela está perto de todos nós, pode não ser comigo... agora. Mas... vai saber...

quarta-feira, outubro 28, 2009

Eleições Conselho Tutelar


Não costumo revelar meu voto, até porque estou pensando em tomar uma atitude anarquista em relação as próximas eleições. Mas, no caso do Conselho Tutelar, que já aconteceu tanta coisa por conta da eleição este ano, vou abrir meu voto, que vai para minha colega de aula, Vania (na foto do material divulgação da campanha).
São 80 candidatos disputando 20 vagas. A votação acontece no dia 08 de novembro, das 9h às 17h. O voto não é obrigatório, todos podem votar. E, na minha modesta opinião, devem participar num ato de cidadania. É necessário apresentar o título de eleitor. Participem! Ah! Muito importante, não abri meu voto para obrigar ninguém a votar na Vania, até porque não tenho poder para isto. O objetivo é demonstrar que devemos ter comprometimento com o nosso voto e escolher alguém em quem confiamos, afinal os conselheiros tem fundamental importância na defesa e proteção dos direitos das crianças e adolescentes na nossa cidade. Caso queiras participar, escolhe alguém comprometido com a causa, responsável e atuante. É por estes motivos que escolhi a Vania.

terça-feira, outubro 27, 2009

Autoengano

Peço desculpas pelo ato falho que cometi no post abaixo. A 45ª vítima de homicídio em Pelotas faleceu na madrugada de sexta para sábado e não de domingo para segunda.

segunda-feira, outubro 26, 2009

2009, o ano com mais homicídios e latrocínios da década em Pelotas

Na madrugada de ontem morreu a 45ª vítima da violência em Pelotas. De acordo com a reportagem do jornal Diário Popular este ano é o que teve mais homicídios e latrocínios nesta década. O rapaz que faleceu etava há oito meses hospitalizado devido a um balaço nas costas, em fevereiro, quando além de baleá-lo levaram seus tênis e o boné. Os bandidos andavam armados e de bicicleta. Eram quatro contra um. Uma covardia. Um jovem de 20 anos morre por complicações após ser baleado. Um ato covarde levou uma vida, um par de tênis e um boné. E eu digo a mim mesma... isto não faz sentido algum.

sexta-feira, outubro 23, 2009

Neonazismo, um nome pomposo para uma prática reprovável

Que o preconceito ainda existe no Brasil nós já sabemos, embora alguns de nós diga que não. Existe preconceito de todo o tipo e todos eles são velados, escondidos, já que é crime e politicamente incorreto. Ele vai desde piadas idiotas sobre uma etnia ou biotipo até a demonstração direta de que não gosta de certa pessoa por sua cor, por suas gordurinhas a mais ou por sua opção sexual. Sendo estes tipos de atitudes reprovadas, para não sofrer represálias, quem sente deste jeito esconde o que pensa.
Por outro lado existe um movimento que exalta estes sentimentos e cultiva uma prática, que já foi combatida com guerra e tem como objetivo a "supremacia da raça ariana" sob as demais, exatamente como Adolf Hitler defendia. Tá certo que a guerra não "rebentou" para defender os coitados que estavam sendo dizimados por Hitler e sim porque ele começou a invadir outros países, mas o fato é que sua ideia original era a "supremacia da raça ariana" no mundo. Assim como defendem os neonazistas, que resgatam a ideologia nazista iniciada pelo homem do bigodinho.
Os neonazistas defendem a "supremacia da raça pura ariana", a discriminação de grupos específicos como homossexuais, negros, índios, judeus, entre outros e não condenam a violência, inclusive fazendo uso desta contra os grupos citados. Eles defendem a segregação e até a criação de um país novo chamado Neuland, que significa "terra nova".
A simples piada racista me irrita demais, vejo como um desrespeito, principalmente porque vivemos num país que se ergueu sobre a mistura das raças. Agora imaginem como me sinto quando leio no jornal, escuto no rádio ou vejo na tevê que um segurança de uma estação de trem em Porto Alegre foi agredido por neonazistas? Foi agredido POR SER NEGRO. Revolta é pouco. Senti vergonha. Todos somos mestiços no Brasil, não existe raça pura aqui, isto é uma grandessíssima idiotice. Talvez, aqueles primeiros homens que vieram nas caravelas, talvez aqueles índios que viviam pacificamente por aqui ou quem sabe aqueles negros que foram arrancados de suas tribos da África, onde eram reis. Estes podiam ter uma raça pura, sem mistura. Estes poderiam se dizer 100%. Mas depois que colocaram os pés aqui, que se deitaram com índias na areia da praia ou no mato e com as negras na senzala, ficou tudo uma raça só, a misturada. A mistura de todos os tipos formou a nossa etnia, uma etnia especial, a brasileira. Eu tenho orgulho de ter um pouco de tudo, de índio, de negro, de castelhano, de português, de judeu. E é isso que torna o brasileiro um povo tão bonito, porque existem muitas possibilidades de tons de pele, de formato de rosto, de tipo de cabelo, de cor de olhos. É pena que toda esta mistura, que toda a evolução porque passou o mundo, não tenha tornado nossa raça mais humana. É pena que tenhamos ficado com um extinto absurdamente animal. Não, animal não, porque os animais matam para sobreviver, para comer. E nós, nós matamos pra quê? Nós atacamos por que?

Contrariando dogmas

Enquanto a Igreja Católica debate e debate para conseguir se engajar, sem ferir seus dogmas, em campanhas como a falada no post abaixo a Igreja Luterana da Suécia aprovou, com cerca de 70% dos votos, a realização de casamentos religiosos entre pessoas do mesmo sexo. As cerimônias começarão a ser realizadas no mês que vem. Com isto a Igreja Luterana da Suécia, maior do país, torna-se a primeira igreja do mundo a realizar casamentos gays. É a primeira né? Ou existem outras igrejas que realizem? Bem, mais informações aqui.

"Declare seu amor"

Uma campanha inédita entre a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Ministério da Saúde ataca uma das doenças que mais assusta no mundo a Adis, que ao mesmo tempo é um tabu para a Igreja Católica. A campanha visa incentivar a testagem de HIV e a divulgação de informações sobre aids e doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Com o slogam "Declare seu amor" a campanha irá contemplar inicialmente, em caráter experimental, cinco capitais do país, sendo elas Curitiba, Porto Alegre, Fortaleza, João Pessoa e Manaus. Para o ano que vem há expectativa de que a campanha comece em Belo Horizonte.
A ideia é utilizar os espaços de missas, reuniões e outros eventos católicos para divulgar as informações e incentivar as pessoas a procurarem o sistema único de saúde para realizar o teste de HIV. De acordo com a reportagem que li e as que assisti pela televisão, a Igreja decidiu reforçar seu papel na luta contra a Aids a partir do Seminário de Prevenção ao HIV, que foi promovido pela Pastoral da Aids da CNBB no ano passado. No entanto, outro tabu continua firme e forte, pois mesmo incentivando a testagem e divulgando informações sobre DSTs e Aids a Igreja mantém sua posição quanto ao não uso de preservativos para evitar o contágio do vírus HIV.
Considero importante a divulgação das informações e o incentivo a testagem, principalmente porque é gratuito e, como qualquer doença, o diagnóstico precoce é determinante para uma melhor qualidade de vida. Por outro lado, creio que é falho incentivar apenas que se faço o teste sem que se diga que é importante o uso de camisinha para a prevenção do contágio.
Aqui em Pelotas os teste de HIV são feitos no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), que fica no Centro de Especialidades, na rua Voluntários da Pátria, 1418, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h30 min. Lá a pessoa que vai fazer o teste assiste a uma palestra de aconselhamento e faz o teste. Não é necessário jejum. Em caso de estar infectado recebe toda a orientação e é encaminhada para os serviços competentes.

quinta-feira, outubro 22, 2009

O pequeno príncipe - exposição

Dando uma folga para as questões políticas quero destacar a exposição que está acontecendo na Oca, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. A exposição d'O pequeno Príncipe ocorre até o dia 20 de dezembro e exibe objetos pessoais de Antoine de Saint-Exupéry, manuscritos, desenhos e diversos exemplares do livro, traduzido em vários idiomas.
Eu que estou aqui no "garrão do continente" não poderei ir prestigiar e me encantar com o mundo deste pequenino que encanta os corações há muitos anos. Mas deixo aqui mais informações para quem puder.
A exposição teve abertura ontem, dia 22 e vai até 20 de dezembro. Pode ser visitada de terça a sexta, das 9h às 19h e aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 20h, na Oca, Parque do Ibirapuera, Portão 3, São Paulo. Os ingressos são no valor de R$ 18,00 e R$ 9,00 para estudantes e professores. É grátis para menores de 3 e maiores de 60 anos, público especial e grupos de escolas públicas agendados. Mais informações: (11) 3034-6424 ou na página www.opequenoprincipe.com.
As informações foram retiradas daqui, clica e assiste ao vídeo.

quarta-feira, outubro 21, 2009

Á minha pergunta continua, como receber uma olimpíada se nossos atletas não recebem apoio?

A entrevista que vou colocar aqui é de um ano atrás. No entanto, não vejo muitas mudanças de lá para cá. O esporte mais valorizado no Brasil é o futebol e tem apoio, inclusive da loteria federal para os clubes que acabam falindo por conta dos salários astronômicos dos jogadores e dá má administração dos seus dirigentes. O voley, tanto feminino como masculino tem destaque porque os atletas e os treinadores são bons. Na ginástica olímpica também ocorrem problemas como verbas para atletas, local adequado para treinamento e por aí vai. Tem até atleta tirando a roupa para custear treinamento e despesas para continuar praticando esporte.
Ainda assim, há personalidades e políticos (porque político não é personalidade, eu chamo de outra coisa e só não vou colocar aqui pra não ser processada depois) que defendem e apoiam que a sede das olimpíadas seja o Rio de Janeiro. Vou continuar batendo na tecla, enquanto o país se prepara para 2016, principalmente porque a população do Rio está sendo dizimada. É guerra entre traficantes e o povo carioca no meio, é milícia dizendo que resolve o problema das drogas, mas domina a venda de gás, cobra pela segurança. É tanta coisa triste acontecendo que não acho possível uma olimpíada. Mas o Rio de Janeiro venceu e é a sede. Então eu pergunto, se quatro anos para realizar mudanças é muito pouco, se oito é muito pouco, será que sete serão suficientes para deixar a população do Rio em uma situação correta, sem medo, sem banho de sangue nos finais de semana? Ou será que os governantes que apregoam tanto o quanto esta olimpíada será boa para o Brasil, não considera a população que vive nas favelas e os pobres que penam para conseguir garantir a sobrevivência e o pão do dia-a-dia brasileiros?

Impeachment contra Yeda está morto

Talvez tenha faltado o "fiat elba", aquele que foi a gota d'água para o impeachment do ex-presidente Fernando Collor. No caso da governadora Yeda Crusius são acusações de improbidade administrativa, de caixa dois na campanha e uso indevido destas verbas e fraude do Detran. Tudo isso pesando sobre ela e ainda assim os deputados gaúchos votaram pelo arquivamento do processo, nesta terça-feira, dia 20 de outubro.
O relatório foi redigido pela deputada do PSDB, (tucana e pra mim isto diz muito) Zilá Breitenbach. Segundo ela "não está presente justa causa a autorizar a admissibilidade do pedido de instauração do processo por crime de responsabilidade contra a governadora do Estado".
Mesmo que o pedido de impeachment tenha sido feito pelo forum dos servidores públicos, uma entidade representativa do povo (por mais que seja de uma classe específica), os deputados não levaram em conta. O interesse e o descontentamento da população gaúcha com a atual administração estadual, as constantes denúncias e os fatos como a morte muito estranha do assessor da governadora Marcelo Cavalcante, também não foram considerados como argumentos justos para o impeachment. Tampouco é considerado justo para que se faça uma investigação séria. Quem sabe para que se faça a investigação destes casos não seja necessário que se descubra o "PC Farias" de Yeda, que pelo zumzumzum que anda a boca pequena, ou seria grande?, é o próprio ex-marido dela? Porque até onde eu sei, o "fiat elba" virou a casa da governadora.

terça-feira, outubro 20, 2009

Sunga vermelha

Primeiro ele cantou, agora ele vestiu uma sunga vermelha sobre a calça e passeou pelos corredores do senado. Supla pai está se saindo tão rebelto, ou seria ridículo?, quanto o Supla filho, mas por causas diferentes. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) vestiu a sunga vermelha atendendo o pedido da apresentadora da Rede TV! Sabrina Sato, (caberia aqui alguns comentários sobre a apresentadora, mas vou deixar pra lá) que disse que o senador ficaria parecido com o superman. Eu imagino que isto seja um ato muito grave e uma falta de decoro total, pois o corregedor-geral do Senado, o também senador Romeu Tuma (PTB-SP) abriu e fechou uma investigação contra Suplicy. Talvez esta falta não seja tão grave como a corrupção que mancha as casas legislativas e o executivo. Talvez não seja tão grave ou tanta falta de decoro como a falta de respeito que os nossos representantes, eleitos com o nosso voto, demonstram quando aceitam tantos benefícios para exercer um cargo público, apesar de já receberem um salário mais do que justo pelo pouco ou quase nada que fazem por nós. Talvez não seja tão grave quanto a falta de respeito conosco, enquanto batem boca nas sessões plenárias defendendo SEUS interesses, quando deveriam defender o NOSSO. Talvez não seja tão grave quanto a falta de interesse por questões básicas para o povo assalariado, como saúde, educação, segurança.
Eu sugiro uma nova peça na indumentária dos parlamentares, além do terno da gravata e da sunga do Suplicy, também deveriam usar um nariz de palhaço, porque nós, o povo, já cansamos de usá-lo. Além disso, ele combinaria muito bem com a sunga, já que ambos são vermelhos. Eu, do meu lado fiquei vermelha, de vergonha e de raiva.

segunda-feira, outubro 19, 2009

Detran gaúcho, mais um episódio

Mais uma denúncia! O Supremo Tribunal Federal (STF) esta investigando denúncia contra o deputado federal José Otávio Germano (PP), a pedido do Ministério Público Federal (MPF) para apurar se ele teria ajudado a governadora do Estado, Yeda Crusius (PSDB) a obter recursos ilegais antes e depois da campanha. Eu só não entendo é que se a investigação que pesa sobre ele é relativa ao fato de ele ter ou não auxiliado a governadora a adquirir dinheiro antes e depois da campanha, porque é que ela não está sendo investigada?

Agenda

Uma agenda perdida, uma fita apagada e um controle de entrada de visitantes sem registros. Estes três fatos fizeram com que a palavra da ministra Dilma Rousseff ficasse contra a palavra da ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira. Mesmo quando Lina sustentou que, numa conversa privada, a ministra pediu "agilidade" na investigação que estava sendo feita a família Sarney, Dilma negou.
O presidente Lula solicitou que, sendo uma acusação deste porte, que a ex-secretária apresentasse sua agenda. Ela está aí. Esta foi a deixa para que o senador Sérgio Guerra (PSDB - PE) pedisse que ambas, tanto Dilma quanto Lina, apresentassem suas agendas no Senado para esclarecer de uma vez por todas esta história.
Tenho certeza de que a ministra terá uma boa explicação para o fato, tipo: "não sei, quem cuida da minha agenda é a secretária, a minha secretária"!

sexta-feira, outubro 16, 2009

Ministério Público Federal prepara recurso contra Yeda

Esta história esta se alongando cada vez mais e talvez, como novela das oito, a coisa termine assim bem sem graça, com a mocinha e o mocinho casando e os bandidos fugindo e dando uma banana pra câmera. Ou quem sabe ainda um coitado apaixonado seja punido no lugar da vilã e esta saia livre pelo mundo a enganar outras pessoas. Vai saber né? Tem um ditado que diz que: " de barriga de mulher grávida, de cabeça de juiz nunca se sabe o que vai sair". É bem verdade que em tempos modernos com ultrassom de última geração ficamos apenas sem saber o que sairá da cabeça do juiz. E é de um juiz que depende a decisão sobre o caso da governadora Yeda Crusius nas acusações de fraude que tramita em Santa Maria. Vamos esperar.

Nobel da paz

Os comentários que tenho feito por aqui, às vezes são um pouco atrasados, mas considero que devam ser destacados, como é o caso do prêmio Nobel da Paz deste ano concedido ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Ele ficou surpreso e ponderou se era realmente merecedor do prêmio. Assim como ele muitos outros líderes de destaque acharam precipitada a premiação.
Eu também considero, afinal de contas não deu tempo para que as mudanças que Obama pretende implantar realmente aconteçam. Espero sinceramente que ele trabalhe e não esqueça o que disse em entrevista coletiva, na Casa Branca. "Quero deixar claro: não vejo isso como um reconhecimento de meus êxitos, mas como uma afirmação da liderança americana na representação das aspirações populares de todas as nações". Que fique claro para ele também. E que fique claro ainda que, apesar da simpatia que as pessoas sentem por ele e pelo marco que representa sua chegada a presidência, como primeiro homem negro a ser presidente dos Estados Unidos, isto não lhe dá direitos de impor aos outros povos a sua soberana vontade. Eu realmente simpatizo com Barack Obama, por sua trajetória de vida, enfim. Mas, há muita coisa para mudar no mundo, mas devemos sempre começar pelo nosso quarto, não é verdade?

quinta-feira, outubro 15, 2009

Como se chama isto?


Quando a prefeitura, a governadora ou o presidente não fazem as coisas colocamos a culpa neles sem medo, apontamos o dedo e pronto. Isto agora que a ditadura e a censura acabaram, pelo menos aparentemente acabaram. Mas a discussão aqui não é esta o que questiono é: quando o Estado não faz dizemos que é culpa sua, os políticos não trabalham não fazem. E quando a população faz errado? Darei um exemplo prático, se a prefeitura não contrata garis para limpar as ruas não está fazendo seu papel, mas quando há pessoas trabalhando nas ruas, limpando e a população coloca o lixo no chão, não recolhe as fezes dos seus animais de estimação a culpa é de quem? Ou pior quanto tem recolhimento de lixo e mesmo assim as pessoas teimam em jogar o que não querem mais na rua ou em terrenos baldios?
Recentemente a rua Dr. Cassiano, esquina av. Juscelino Kubsticheck foi aberta. Ali naquele local há um terreno, que segundo dizem é mata nativa e não pode ser derrubada, pois é neste mato que a população joga lixo. Vai de tudo por ali, desde material de construção até lixo doméstico. Minha intenção não é que o mato seja derrubado, pelo contrário, acho que ele deve ser preservado. O que desejo é que as pessoas parem de colocar lixo ali ou no prolongamento da rua gen. Argolo, ou lá na esquina da av. Bento Gonçalves. Preservar não é só deixar as árvores de pé. É não jogar lixo, é não matar os bichos.

Na foto podemos ver bem a rua bonita, aberta e os sacos de lixo sobre a calçada. A imagem foi registrada ontem a tarde, mas além destes dejetos haviam outros tantos mato adentro.

quarta-feira, outubro 14, 2009

Problemas de infraestrutura

Não vou criticar a belíssima cidade do Rio de Janeiro. Acho-a muito linda, apesar de não conhecê-la "pessoalmente". Pelo que vimos nas novelas ou em fotos de pacotes de agência de viagem a cidade é realmente irretocável. Eu tenho uma amiga que mora na cidade maravilhosa e diz que a coisa não é assim como aparece nos noticiário da televisão.
Por outro lado, a coisa não é assim tão azul com bolinhas cor-de-rosa. Afora a violência que ocorre em todas as cidades do país, principalmente nas grandes cidades, existem outros problemas como transporte, tráfico de drogas, problemas na saúde, entre outros. O "destransporte" nos últimos dias foi destaque nos noticiários, primeiro porque os trens pararam sem um motivo aparente, isso num dia, no outro também. Mas, aí depois, parece, foi por sabotagem, vandalismo ou outro nome qualquer. O fato é que com os trens parados a população carioca não teve como ir ao trabalho ou voltar pra casa, porque o número de ônibus disponíveis não chega a atender sequer metade do povo que precisa. Aconteceu muito tumulto, muito empurrão, gente entrando nos ônibus pela janela. Um horror!
Diante de tudo isto eu pergunto, com qual infraestrutura atenderemos os turistas e atletas que virão, na copa e na olimpíada? É claro que haverá adequações, sim, não há dúvidas. Mas o que me indigna é o fato de isto ser feito para "os que vem de fora", para quem não vive 365 dias do ano na cidade. Se o turista merece, porque os "filhos deste solo" não? Porque fazer para um evento e não admitir que existem muitos problemas, inclusive para que este próprio evento possa acontecer?
O Ministério Público entrou com uma liminar para que os problemas com o transporte ferroviário sejam resolvidos. Gostei muito da fala do lutador Vitor Belfort no programa Altas Horas, ele pontuou muito bem que para sediar uma olimpíada precisa-se muito mais do que boa vontade. O lutador disse que as questões de segurança são importantes e tem também saúde, educação, apoio ao esporte, citou o problema dos trens e perguntou como sediar um olimpíada assim? Tentei colocar a entrevista com a fala dele aqui, mas não está disponível no site do programa e também não encontrei em outros lugares na internet. Talvez o que Belfort disse tenha desagradado algumas pessoas, por outro lado é a mais pura, forte e real verdade.

sexta-feira, outubro 09, 2009

Impeachment de Yeda Crusius sofreu impeachment

O pedido de impeachment da governadora Yeda Crusius (PSDB)foi derrubado ontem com 16 votos favoráveis a permanência dela no cargo. A aprovação do parecer da relatora da comissão especial que trata da denúncia, deputada Zilá Breitenbach (PSBD) recomenda a paralisação do processo de impeachment da governadora e os deputados da base governista, é claro, votaram a favor da recomendação. Não há supresa que a deputada, sendo do partido da governadora, recomendaria o cancelamento do processo que pede a sua saída, mesmo sendo ela uma representante do povo, colocada lá por ele e mesmo havendo um movimento popular que pede a saída de Yeda e, no mínimo, a investigação séria das denúncias feitas contra ela, inclusive pelo vice-governador Paulos Feijó (DEM), que, na minha opinião, também não é muito flor que se cheire.
Ainda há esperança, mesmo que o fio seja tão fino quanto um fio de cabelo. Após esta votação na Comissão Especial, que foi marcada por polêmicas, como a saída do deputado Carlos Gomes do PPS e seu ingresso no PRB, o parecer será lido no expediente da Sessão Plenária, depois será publicado no Diário Oficial, junto com a denúncia encaminhada pelo Fórum dos Servidores Estaduais e por fim volta ao Plenário, que irá tomar a decisão final de para o processor ou segui-lo.
Esperamos que as investigações sigam.
Mas o que me deixa encafifada é que a mídia não está apoiando a idéia de impeachment da governadora, digo a maior rede de televisão do Estado e isto me parece que dificulta o alcance dos objetivos já que é necessário o uso de outros meios para chegar lá. Isto também me coloca uma pulga atrás da orelha, ou, na verdade só reafirma uma idéia que já tinha, de que o impeachment do Collor não foi uma decisão tomada realmente pelo povo, uma manifestação da sua vontade. Será que foi?

quinta-feira, outubro 08, 2009

Censura não

Tem uma frase que eu adoro e que retrata bem algumas situações na vida de um jornalista é aquela que fala: "não concordo com o que dizes, mas defenderei até a morte teu direito de dizeres". Não sei se é exatamente assim, tampouco lembro o autor, ainda assim compartilho da ideia da liberdade de expressão. Apesar de estarmos vivendo sob uma democracia, pelo menos este é o nome dado ao regime de governo que vivemos, mas que em muitos lugares ainda se rege pela lei do cabresto e do coronelismo, existe na grande maioria das redações a censura. É por isto que meu trabalho de conclusão de curso foi sobre este tema, porque sei que ela existe, velada, disfarçada, se fazendo por outros motivos e não imposta ou talvez imposta pelo governo, mas... como sabemos viva, pronta para atacar, principalmente os idealistas. E foi esta censura que ceifou (por enquanto é claro) a carreira de colunista de opinião do meu grande e caro amigo Aleksander Aguillar. Eu já falei dele outras vezes aqui no blog e linquei assuntos como a crise em Honduras com o blog dele. Pois não é que em sua segunda coluna ele fez uma crítica, muito bem construída e trabalhada com pitadas de ironia sobre a posse do novo Bispo de Pelotas, Dom Jacinto, que assumiu recentemente a diocese daqui. Não há no texto qualquer agressão a pessoa do bispo ou algo que desabone seu trabalho, mas há sim um crítica forte e bem feita sobre como funciona a diocese, até onde vai seu braço e o quanto a coisa continua parecida com o tempo em que as decisões políticas de um reino não eram tomadas apenas pelo rei. A coluna deveria ter sido publicada no Diário Popular de Pelotas, mas de acordo com o argumento utilizado para justificar a não publicação o texto está em desacordo com a linha editorial do jornal.
Enfim, leiam o texto escrito pelo Aleksander e tirem suas próprias conclusões.
"O novo bispo mete os pés no barro!
Por Aleksander Aguilar
Dez estátuas de mártires cristãos do século XX conformam a chamada Galeria dos Mártires que adornam a fachada oeste da abadia de Westminster, aquela mencionada no famoso livrinho de Dan Brown, em Londres. Está bem em frente ao Parlamento, onde fica também aquele relógio conhecido como Big Ben (que na verdade é o apelido do sino da torre, não do relógio). Justo ao lado da estátua de Martin Luther King está a do quarto arcebispo da república de El Salvador, Monseñor Óscar Romero. Homenagem a um bispo que entregou vida e morte em defesa dos direitos humanos e que, como muitos outros bispos, teve muita influência política. A de Romero (tema para outro artigo) foi tamanha que ajudou a conformar o destino do país nos anos 80. Ao longo dos séculos, seja no império Carolíngio medieval ou na América Central contemporânea, os bispos têm poder e em Pelotas a regra não é exceção.
Alguns setores da cidade, os que pertencem ou se relacionam com o poder, aguardaram e receberam a notícia de um novo bispo para a unidade administrativa católica local com a ansiedade de um adolescente planejando sua primeira vez. Especulações sobre o futuro da diocese, da universidade, entrevistas “em primeira mão” com os atores envolvidos, todo um fuzuê. É um novo bispo, e numa cidade onde em várias circunstâncias o ditado popular “vá se queixar ao bispo” tem valor literal, a mudança desse que, stricto sensu, é apenas o funcionário de uma organização religiosa tem peso de novo governo em processo de instalação.
Justiça seja feita, o provincianismo nesse caso não é culpa de Pelotas. Prova cabal e atualizada do poder dos bispos é o vizinho Paraguai, cujo presidente recém-eleito, Fernando Lugo, é um bispo que deixou o sacerdócio em 2007 para se tornar mandatário do país (e, diga-se de passagem, é aparentemente pai de seis filhos gerados não pelo Espírito Santo).
Contudo, isso tampouco é apenas um sintoma do “atraso terceiro mundista”. A legislação espanhola, por exemplo, que determina a separação entre o estado e a igreja só entrou em vigor com a Constituição de 1978. Ainda assim, segundo o jornal El Pais, 144 milhões de euros (algo em torno de 380 milhões de reais) foram transferidos em 2006 do “Ministerio de Hacienda” espanhol para uma conta da Conferencia Episcopal destinada, entre outros gastos, ao pagamento de salário dos bispos.
Ninguém no mínimo de sua sobriedade se atreveria, então, a questionar o óbvio: a igreja católica ainda é uma poderosíssima potencia econômica, cultural e educativa e, inclusive, imobiliária.
Esse poder de facto se manifesta, por exemplo, na gestão de obras de caridade, serviços culturais, hospitalares e educativos onde a UCPel, no caso de Pelotas, é o mais destacado caso. A universidade, com importante papel social em toda a região, tem grandes dívidas e sofre críticas por, ao que parece, haver mantido uma administração a base de compadrerismos. O chanceler da UCPel, que é quem escolhe o reitor da instituição, é o bispo de Pelotas.
Mas um bispo em Pelotas também tem o poder de definir calendários de massa. A Romaria de Nossa Senhora de Guadalupe, que todos os anos leva milhares de pessoas até o santuário na Cascata, foi instituída pelo bispo demissionário, Dom Jaime Chemello. A santa mais importante do México começou a fazer-se popular na região de Pelotas depois que Dom Jaime participou de uma conferencia de bispos naquele país e decidiu “importá-la”, em 1979.
Em 2003, na 18ª edição da romaria, o agora novo bispo da cidade, Dom Jacinto Bergmann, participou das seis horas de caminhada sob chuva e muito barro que caracterizou o evento aquele ano. Acompanhei e conversei com ele – que na época atuava como bispo-auxiliar – durante todo o trajeto, numa reportagem para o Diário Popular. Bem-humorado, lembro que diante do enorme lamaçal no caminho, Dom Jacinto afirmou: “Eu gosto quando os desafios não são assim tão fáceis”. Palavras proféticas.
• Aleksander Aguilar é jornalista, vive em Londres e é mestre em Estudos Internacionais.
aleksaguilar@yahoo.com.br"

quarta-feira, outubro 07, 2009

Rio 2016

Estava pensando que estou atrasada para escrever sobre as olímpiadas de 2016, no Rio de Janeiro. Estava, porque depois lembrei que como tudo no Brasil este tema será batido até a exaustão, antes, durante e depois que os ditos jogos acontecerem.
A primeira questão que me veio a mente quando soube que o Rio estava na parada foi: não somos um país que apoia os esportes olímpicos, então qual seria a maior motivação para sediar os jogos? Depois pensei que com o dinheiro aplicado nas melhorias e tal, que devem acontecer visto que os jogos olímpicos movimentam milhares de euros e turistas, poderíamos ter um investimento considerável na educação, saúde, segurança entre outras coisas que são básicas para os trabalhadores. E o presidente Lula que me perdoe, ele já lá no momento do anúncio estava dizendo que vão dizer que tem que investir na educação e na saúde e tal, mas também tem que ter os jogos e investir neles. O presidente já se defendeu antes de qualquer crítica e, cá pra nós, o fez porque sabe que o país precisa muito dos investimentos na saúde, educação, segurança e etc.
Muitas coisas me passaram na cabeça o quanto não temos infraestrutura no país e o quanto poderia ser desviado deste valor que será aplicado aqui por conta dos jogos. Há muito em que se pensar, mas antes de 2016.

quinta-feira, outubro 01, 2009

Granadas

Tenho visto nos noticiários a nova modalidade de assalto, o assaltante suicida. Sim, os bandidos invadem os comércios, as residências e ameaçam as vítimas com granadas de mão. Coisa que pra mim era de uso exclusivo das forças armadas, mas que ultimamente tem sido mais usada pela bandidagem. Há alguns dias um ladrão, que mantinha a atendente de uma farmácia como refém, foi morto por um atirador de elite da polícia. Este ladrão usava a estratégia da granada de mão.
Eu fico só me perguntando, será que eles se deram conta de que se a granada explodir eles também vão pelos ares ou a coisa esta no pé do "eu não tenho nada a perder, nem a vida"?