quarta-feira, dezembro 21, 2011

Não é tudo a mesma coisa!


Algumas pessoas olham para esta cena e não notam nada demais. Passam direto, não percebem o que não deveria ser, apenas enxergam o que já é natural aos seus olhos. Para alguns até pode ser que "tudo"  ali é a mesma coisa! Mas, preste bem atenção, olhe de novo. Não é TUDO a mesma COISA!
Existe um ser humano ali, embora sujo, ainda que jogado na calçada junto com sacos de lixo com aquelas coisas todas que não queremos mais. Ele é negro, ele vive na rua, ele não tem casa, não tem emprego, sobrevive da ajuda dos outros. A vida e as experiências dele podem ir contra tudo aquilo que nos ensinaram que as pessoas devem ser ou que devem ter. Ele deve ter errado muito, como eu e vocês. Ele vive na companhia da cachaça. E tudo isto talvez te faça pensar, que se dane é a escolha dele. Mas ainda assim, tem um ser humano ali.
Tem muitos pontos que podemos considerar aqui, o livre arbítrio da pessoa, as condições de criação, algum erro grave contra a própria família. Podemos discutir questões filosóficas ou religiosas, mas nenhuma teoria ou argumento vai mudar o fato de ali, bem ali, existir um ser humano. Um ser humano igual a nós de carne e de osso, de sentimentos, de gostos e desgostos. Sempre observo este senhor, fico horrorizada quando o vejo jogado na rua, dormindo no meio da calçada, sob o sol escaldante do verão ou sobre as lajotas congelantes no inverno. Sei que ele, algumas vezes dorme no albergue noturno.
Ele guarda carros nesta quadra. Ele ganha comida de pessoas ali da região. Conversa com outros cuidadores de carros, na maioria das vezes está com uma garrafinha de canha. Algumas vezes tem um conhecido que vem conversar com ele. E ainda que um homem de rua,  os colegas que também guardam carros por ali expressam preocupação por ele beber demais e se jogar, algumas vezes de cabeça, na calçada dura que ele faz de cama sem cobertor.
Alguns dias atrás o país se comoveu com as cenas chocantes de uma mulher agredindo um cachorrinho até a morte. Foi apresentada denúncia contra a enfermeira, teve muita revolta e teve até quem quisesse linchar a dita cuja. Concordo com a denúncia e acho que ela deve sim pagar pelo que fez de errado. Mas não considero mais valiosa a vida de um animal do que a vida de um ser humano. Ainda que ele viva em meio ao lixo, que não tenha casa, família, que a cor da sua pele seja diferente, que seus costumes sejam outros, que seja homo afetivo, ainda que existam mil adjetivos para descrevê-lo e nos fazer reconhecê-lo na multidão o mais importante de todas  as qualidades é que... É UM SER HUMANO. Existe um ser humano ali, uma pessoa. Mesmo que existam algumas como a tal enfermeira, ou que os defeitos sejam menores (ou maiores) isso não quer dizer que todas são iguais. Caso seja para lutar de forma igualitárias por todas as minorias transformando todos os homens realmente em iguais. Se for assim até pode tratar como tudo igual. O que mais queremos é que todos sejamos iguais, colocando todos no mesmo patamar, num patamar bom. Mas se é pra diferenciar as pessoas pela cor da pele, pela quantidade de dinheiro... Não, não é tudo a mesma coisa não!

terça-feira, dezembro 20, 2011

Testemunha ocular - ou mais ou menos isso...

Hoje por volta das 18 horas aconteceu um acidente  nas esquinas da General Osório com rua Dr Amarante. Quando eu estava passando por ali estavam retirando a Kombi que bateu, caiu um poste de luz e causou, além de uma pequena confusão no trânsito falta de luz.

Sempre que vejo um acidente ou coisa do tipo fico pensando no susto que as pessoas levaram dentro de casa ou no trabalho quando deu a batida.

quinta-feira, dezembro 15, 2011

Quarta blogagem coletiva pela revisão da lei da #Anistia

A Niara de Oliveira, do blog Pimenta com Limão convocou a quarta blogagem coletiva pela revisão da Lei da Anistia e o cumprimento integral da sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos do caso da Guerrilha do Araguaia. O objetivo é concentrar um esforço coletivo para forçar o governo a rever sua posição tão rígida em relação ao nosso passado recente, mas que deve ser revisto o quanto antes para que a tão sonhada e propagada democracia se construa verdadeiramente.
A campanha Cumpra-se "é um esforço cidadão de indivíduos, coletivos, entidades e movimentos sociais, para que a sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos seja cumprida integralmente, visando a afirmação dos direitos humanos no Brasil e o respeito à jurisprudência e à jurisdição internacional da Corte IDH expressa em nossa constituição." E a 4ª blogagem coletiva vem engrossar este coro, junto com as centenas de famílias que ainda buscam por seus familiares desaparecidos durante o regime militar.
Acreditávamos que os arquivos secretos fossem ser abertos e postos a disposição no primeiro mandato de um presidente de esquerda, mas não ocorreu. Também não aconteceu no segundo mandato. Mas ainda existia uma grande esperança de que a Lei da Anistia fosse revista e além dos arquivos secretos, que foram colocados a disposição, os outros vários catalogados como "ultra secretos" fossem retirados do "cofre" e passassem a consulta dos cidadãos, com os responsáveis pelas torturas e mortes punidos e os corpos dos mortos naquela época devolvidos a suas famílias para, enfim, terem o descanso merecido. Nada disso foi feito. Os arquivos ultra secretos foram, mais uma vez, colocados sob sigilo eterno. A revisão da Lei de Anistia não veio e nem o cumprimento da sentença dada pela Corte Interamericana de Direitos Humanos referente ao caso da guerrilha do Araguaia foi cumprida, mesmo tendo como dirigente da nação uma ex-guerrilheira, que foi presa e torturada nos porões da ditadura militar.
Lembro-me, com muita vivassidade do período em que a esquerda era temida por suas defesas apaixonadas do socialismo. Hoje em dia o que temos é um governo que se conchavou, pra mim de forma vergonhosa, com toda a sorte de políticos, com quase todos os partidos. Poucos são os partidos, realmente de oposição. E infelizmente estes são pequenos, minoria no Congresso e consequentemente com menos poderes. Quanto aos outros... pipocam denúncias de corrupção aqui e ali. A cortina de fumaça se forma,uns apontam para os outros, mas as coisas estão tão misturadas e tão pouco nítidas que mal se enxerga quem é quem.
Este ano comemoramos com, bem pouco entusiasmo, mas com um fio de esperança a criação da Comissão da Verdade, ou será da MEIA verdade, que irá investigar os crimes contra os direitos humanos cometidos no período entre 1946 e 1988. Espero que com especial atenção para o período da ditadura militar. No entanto, não foi permitido que ex-presos políticos ou familiares integrassem a dita comissão.
É estranho que a presidente Dilma Rousseff negue ser pressionada pelos militares para que deixe quietas as questões da ditadura militar, não puna os torturadores e mantenha a tão sonhada abertura, propagandeada como um portão gigante, ainda como uma pequena fresta. Parecia que tudo havia mudado realmente, até uma novela sobre os anos de chumbo esta passando na tevê aberta e ao final de cada capítulo estavam sendo exibidos os depoimentos  de alguém que viveu de perto o período, mas, como muitas coisas no nosso país, as histórias gravadas para exibição foram retiradas do ar sem nenhuma explicação. O autor da novela Thiago Santiago sempre falou com entusiasmo sobre os depoimentos, no entanto, nem mesmo ele sabia o porquê da retirada das declarações.
Eram depoimentos reais, que sabia-se serem verdadeiros. O espaço também era aberto aos militares, que não quiseram participar. Talvez não quisessem "produzir provas contra si mesmos" e desta forma seguem tranquilos sob a proteção de uma lei que deveria beneficiar os que tiveram seus direitos feridos, mas que, na verdade, mantem torturadores bem guardados e intocáveis. E assim, a comissão de meia verdade irá investigar o que? Para quê servirá saber o que aconteceu e quem fez o que, se não se poderá punir? Sob que pilares construiremos a democracia? Que história iremos contar?
Vejo a não revisão da Lei da Anistia e o não cumprimento da sentença da Corte Interamericana dos Direitos Humanos como uma lacuna que não será preenchida. Nossa história será como um quebra cabeças que fora montado faltando peças.

sexta-feira, dezembro 09, 2011

SÁBADO RESISTENTE - A questão dos desaparecidos políticos

SÁBADO RESISTENTE, amanhã, 10 de dezembro, das 14h às 17h30, no Memorial da Resistência de São Paulo.

A questão dos desaparecidos políticos

Nossa contribuição à Comissão da Verdade

O Memorial da Resistência de São Paulo, instituição da Secretaria de Estado da Cultura, apresenta, no projeto Sábado Resistente, a recente criação da Comissão Nacional da Verdade que coloca a questão das torturas, dos assassinatos e desaparecimentos políticos durante a ditadura militar na ordem do dia, mais uma vez. A aprovação da Lei mostra que a vontade política é fundamental para a revelação da verdade histórica e elucidação de nosso passado recente.

O Sábado Resistente dá sua contribuição à Comissão da Verdade no dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos, apresentando os relatórios de buscas aos desaparecidos e os resultados obtidos. Com essa iniciativa será possível constatar o que já foi feito e muito do que ainda pode ser feito na revelação dos crimes cometidos pela ditadura que infelicitou o país durante 21 anos.



Programação



14h00 - Boas Vindas de Kátia Felipini (Coordenadora do Memorial da Resistência)
Apresentação e coordenação: Ivan Seixas (Núcleo de Preservação da Memória Política)
14h15 - Eugênia Gonzaga (Procuradora Federal do Ministério Público Federal) Relatório sobre as buscas em cemitérios de São Paulo e a localização de mais uma vala clandestina
14h45 - Diva Santana (Familiar de desaparecidos no Araguaia) - Giles Gomes (Secretário Executivo da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos da SEDH-PR) Relatório das buscas na região do Araguaia e os resultados obtidos
15h15 - Ivan Seixas (Familiar de desaparecido político) Relatório das buscas realizadas em Foz do Iguaçu, Rio de Janeiro e Nordeste e a localização de desaparecidos políticos
15h45 - Dr. Marco Antonio Barbosa (Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da USP e Presidente da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos) Síntese das ações que poderão contribuir com a Comissão da Verdade e mobilização em torno delas
16h - Debate
17h - Distribuição do livro “Habeas Corpos: que se apresente o corpo”

(Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, 2010).

Os Sábados Resistentes, promovidos pelo Memorial da Resistência de São Paulo e pelo Núcleo de Preservação da Memória Política, são um espaço de discussão entre militantes das causas libertárias, de ontem e de hoje, pesquisadores, estudantes e todos os interessados no debate sobre as lutas contra a repressão, em especial à resistência ao regime civil-militar implantado com o golpe de Estado de 1964. Os Sábados Resistentes têm como objetivo maior o aprofundamento dos conceitos de Liberdade, Igualdade e Democracia, fundamentais ao Ser Humano.
 
Fonte: no Memorial da Resistência de São Paulo

Largo General Osório, 66 – Luz
Auditório Vitae – 5o andar

quarta-feira, dezembro 07, 2011

Seguindo os 16 dias de ativismo pelo #FimDaViolênciaContraMulher

Nasci numa família pobre, mas que com muito trabalho conseguiu conquistar um lugar ao sol. Meu pai veio de baixo, até conseguir formar-se e ir trabalhar no banco, aí nossa vida melhorou. Sempre gostei de escrever, quando dei-me conta já havia optado pela carreira jornalística. Fui morar noutra cidade, tendo de aprender a me virar sozinha, tomar minhas decisões, enfim...
Quando me tornei independente, não precisava de muitas opiniões para decidir o melhor caminho a seguir, avaliava com a razão e o coração. Para encurtar um pouco minha história fui noiva por alguns anos e não deu certo. Foram vários motivos que levaram ao rompimento, o mais marcante, o fato de eu não ter certeza se queria me converter a mesma fé professada pelo meu ex-noivo. Fiquei morando em outra cidade longe da família até conseguir um emprego em outro jornal. Lá conheci várias pessoas, fiz muitos amigos e encontrei um bom companheiro. Ficamos juntos algum tempo, tive duas gestações que foram interrompidas por abortos espontâneos. Fiquei muito mal com isto e o relacionamento pereceu.
Estava decidida a focar na minha carreira jornalística, no meu trabalho e nada mais. Mudei de cidade, de estado. Acabei indo parar ainda mais longe da família e dos amigos queridos. Descobri que não ter a quem recorrer, precisar começar do zero, construindo novo círculo de amizade realmente não é fácil. A decisão estava tomada iria recomeçar... do zero se preciso.
Meu trabalho era tudo o que eu queria. Estava muito feliz. O que não andava lá nas melhores condições eram os amores. Reatei com meu ex e acabei mais de uma vez. Íamos e vínhamos... nada mudava ou será que tudo voltava ao que era? Não sei bem. Decidi romper de vez.
Novos amigos, novos amores. Foi quando o conheci através do próprio trabalho, pois ele era uma das minhas fontes. Eu sei, não devemos nos envolver com as fontes, é antiético, mas não resisti. Namoramos por um tempo. Então descobri minha primeira gravidez. Fiquei com receio de contar, de ele pensar que eu o estava pressionando. Fui deixando as coisas rolarem. Acordei com o chefe que ao final da gestação eu fosse ter meu filho junto da minha família. Acertamos a demissão.
Contei ao meu, então ex-namorado, que estava grávida, que voltaria a minha terra. Ele assumiu o bebê prontamente. Ficamos em contato, mas segui minha vida, agora junto daqueles que amava tanto. Encontrei um novo amor, mas como vocês já devem ter ouvido milhares de vezes não está fácil manter um relacionamento sério hoje em dia. Rompemos após quase um ano.
Nesta época o pai do meu bebê convidou-me para ir até sua cidade, levar o filho para que ele conhecesse. Aceitei e voltei. Ficamos alguns dias de férias, então ele me fez a proposta que me surpreendeu, viver e criar nosso filho juntos. Exitei por vários meses, até pensar em meu filho e no que eu o estava privando. Conversei com algumas pessoas em quem confio muito, mas a decisão já estava tomada. Fui morar com ele e meu filho.
Voltei a trabalhar, cuidava da casa, do meu filho, das roupas do meu marido, da comida. Ele acreditava (e acredita) que faz muito me dando casa e comida. Aos poucos fui percebendo que sua mania militar de organização, silêncio, ordem, horários eram um traço forte de sua personalidade e que chocava-se diretamente com meu jeito livre de ser, coisa que, como boa aquariana refletia na minha desorganização e na minha preocupação em dedicar o máximo de tempo e atenção ao meu bebê. Isto de certa forma incomodava meu companheiro. Fui começando a perceber que sua mania controladora estava extrapolando o bom senso. Brigávamos muito! Por ciúme, por ele vir cheirando a bebida, por sua falta de paciência com o nosso filho, por suas puladas de cerca, por seu machismo.
Ele era tomado por acessos de raiva, gritava, xingava por que a comida estava ruim... enfim... eu me sentia um lixo. Então descobri que havia outra ex-namorada grávida. Ele fez questão de acompanhar toda a gravidez, acompanhava nas consultas médicas, ia visitar. Numa discussão grande por causa do novo bebê ele me bateu pela primeira vez. Bateu, me jogou no chão e foi embora.
Quando tentei conversar com ele mais tarde ele rebateu que não havia me batido, pois se o tivesse feito eu estaria toda quebrada. Conversei com uma amiga, ela me aconselhou a registrar queixa, eu não quis. Fiquei com vergonha porque a cidade é pequena e todos ficariam sabendo. Além disso, ele sendo policial como ficaria a situação? Tentei mais uma vez.
O problema é que as discussões iam ficando cada vez mais frequentes e sua atitude para encerrar o debate era erguer a mão. Até que ele me bateu, novamente. Decidi ir embora, voltar pra casa com meu filho e me afastar de todo aquele sofrimento. Ele começou a ameaçar tirar meu filho. Eu, por minha vez, tentei me consolar. Saí da casa dele e fiquei por um tempo na casa da mãe dele, a única família com quem podia contar nos momentos difíceis. Ela me ajudou muito cuidando meu bebê enquanto eu trabalhava, enfim.
Tentamos reatar mais uma vez... sem sucesso. Ou talvez com sucesso? Sei que muitos me julgarão e me chamarão de burra, como uma mulher com nível superior e independente apanha do marido e ainda assim tem dois filhos com ele? Peço que não me julguem, pois eu faço isso todos os dias, penso nos meus filhos e nos traumas que eles poderão vir a ter e me culpo por toda a violência que sofri. Ninguém mais precisa me dizer o quanto fui fraca, eu sei bem.
Quando contei a ele da gravidez ele enfureceu. Esbravejou, xingou e claro, me bateu mais uma vez. Eu já havia prestado queixa e pedido proteção para poder viajar com meu filho sem que ele me impedisse. Eu estava com dois meses de gestação, a agressão me fez faltar o trabalho e foi preciso contar a minha chefe todo o meu drama. Ela foi solidária comigo. Aos três meses tive um sangramento, mas conseguimos conter. O estresse com o meu ex não cessava. Acabávamos sempre discutindo quando ele vinha visitar nosso outro filho. Entre as acusações mais absurdas estava a de que o neném em meu ventre não era seu. Um tempo depois o médico recomendou-me repouso, tentava trabalhar de casa, mas não foi o suficiente. Comecei a perder líquido amniótico, era preciso repouso total. O obstetra desaconselhou a viagem para ter o bebê em minha terra natal. Meu segundo filho veio ao mundo com seis meses e meio de gestação. Está na UTI neonatal e graças a Deus está se desenvolvedo bem. Faz um mês e cinco dias que meu filhinho nasceu com pouco mais de um quilo. Ficará no hospital até ganhar peso. Todos os dias vou visitá-lo, levar o leite do meu peito, sentir seu cheiro e dizer o quanto o amo.
Durante o tempo em que precisei ficar em repouso a mãe do meu ex-marido muito me ajudou com os afazeres de casa e com meu outro pequeno. Tendo o apoio desta mãe não consigo compreender o caráter violento do pai dos meus filhos. Estou aguardando ansiosa poder ter meu filho nos braços e voltar pra minha terra. Vocês não imaginam o quanto sofri pensando na dor que seria perder meu filho! Como disse antes, tive dois abortos espontâneos e isso me traumatizou muito.
Agora aguardo ansiosa o momento de ir com meus filhos embora e me afastar deste homem que tanto amei, que tanto bem me fez (meus dois filhos) e que tanto mal me causou. Minha história é semelhante a muitas outras que acontecem, muitas vezes, bem próximas de nós. Eu não conseguia imaginar como uma mulher poderia se submeter aos maus tratos de um homem. Hoje, infelizmente, da maneira mais difícil eu sei. Mas consegui me reerguer!

PS.: Este depoimento foi criado por mim baseado na história de uma amiga que amo demais. É verdadeiro, mudei alguns detalhes e omiti os nomes para preservá-la. O bebê nascido prematuro está bem, ainda internado, mas bem.