sexta-feira, outubro 23, 2009

Neonazismo, um nome pomposo para uma prática reprovável

Que o preconceito ainda existe no Brasil nós já sabemos, embora alguns de nós diga que não. Existe preconceito de todo o tipo e todos eles são velados, escondidos, já que é crime e politicamente incorreto. Ele vai desde piadas idiotas sobre uma etnia ou biotipo até a demonstração direta de que não gosta de certa pessoa por sua cor, por suas gordurinhas a mais ou por sua opção sexual. Sendo estes tipos de atitudes reprovadas, para não sofrer represálias, quem sente deste jeito esconde o que pensa.
Por outro lado existe um movimento que exalta estes sentimentos e cultiva uma prática, que já foi combatida com guerra e tem como objetivo a "supremacia da raça ariana" sob as demais, exatamente como Adolf Hitler defendia. Tá certo que a guerra não "rebentou" para defender os coitados que estavam sendo dizimados por Hitler e sim porque ele começou a invadir outros países, mas o fato é que sua ideia original era a "supremacia da raça ariana" no mundo. Assim como defendem os neonazistas, que resgatam a ideologia nazista iniciada pelo homem do bigodinho.
Os neonazistas defendem a "supremacia da raça pura ariana", a discriminação de grupos específicos como homossexuais, negros, índios, judeus, entre outros e não condenam a violência, inclusive fazendo uso desta contra os grupos citados. Eles defendem a segregação e até a criação de um país novo chamado Neuland, que significa "terra nova".
A simples piada racista me irrita demais, vejo como um desrespeito, principalmente porque vivemos num país que se ergueu sobre a mistura das raças. Agora imaginem como me sinto quando leio no jornal, escuto no rádio ou vejo na tevê que um segurança de uma estação de trem em Porto Alegre foi agredido por neonazistas? Foi agredido POR SER NEGRO. Revolta é pouco. Senti vergonha. Todos somos mestiços no Brasil, não existe raça pura aqui, isto é uma grandessíssima idiotice. Talvez, aqueles primeiros homens que vieram nas caravelas, talvez aqueles índios que viviam pacificamente por aqui ou quem sabe aqueles negros que foram arrancados de suas tribos da África, onde eram reis. Estes podiam ter uma raça pura, sem mistura. Estes poderiam se dizer 100%. Mas depois que colocaram os pés aqui, que se deitaram com índias na areia da praia ou no mato e com as negras na senzala, ficou tudo uma raça só, a misturada. A mistura de todos os tipos formou a nossa etnia, uma etnia especial, a brasileira. Eu tenho orgulho de ter um pouco de tudo, de índio, de negro, de castelhano, de português, de judeu. E é isso que torna o brasileiro um povo tão bonito, porque existem muitas possibilidades de tons de pele, de formato de rosto, de tipo de cabelo, de cor de olhos. É pena que toda esta mistura, que toda a evolução porque passou o mundo, não tenha tornado nossa raça mais humana. É pena que tenhamos ficado com um extinto absurdamente animal. Não, animal não, porque os animais matam para sobreviver, para comer. E nós, nós matamos pra quê? Nós atacamos por que?

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