terça-feira, maio 31, 2011

Sábado Resistente - A Comissão da Verdade

Neste sábado, dia 04 de junho, das 14h às 17h30 tem SÁBADO RESISTENTE, no Memorial da Resistência.


A COMISSÃO DA VERDADE

A ferramenta necessária para o esclarecimento definitivo da história da ditadura militar no Brasil

As Comissões da Verdade vêm sendo amplamente utilizadas no mundo, como uma forma definitiva de esclarecer o passado histórico. A sua implementação no Brasil permitirá reinserir no debate social a questão do autoritarismo e suas nefastas consequencias, promovendo a reflexão e, principalmente, prevenindo a eventualidade de políticas que continuem a esconder a Verdade e permitindo a continuação de abusos e violações de Direitos Humanos.

Com o lançamento do 3º Programa de Direitos Humanos (PNHD-3) em dezembro de 2009, o eixo “Direito à Memória e à Verdade” tornou-se um dos eixos principais da política dos Direitos Humanos no País e o lançamento de uma “Comissão Nacional da Verdade” um de seus imperativos. A recente sentença da Corte Interamericana no caso da Guerrilha do Araguaia também obriga o Governo Brasileiro a instituir finalmente no país este instrumento de Verdade e Justiça. Desde o mês de maio de 2010, foi enviado ao Congresso Nacional o Projeto de Lei 7673, que estabelece a Comissão da Verdade. No entanto, até esta data, embora muito discutido na imprensa falada, escrita e televisada, pouco se avançou no Congresso para que este P/L fosse aprovado.

Para debater sobre os fundamentos, objetivos, parâmetros e características das Comissões da Verdade e sobre os aspectos de Justiça e Paz diretamente relacionados com a Comissão a ser instalada, uma vez o projeto aprovado, o Sábado Resistente do próximo dia 4 de junho quer dar a sua contribuição para que a mobilização social necessária em torno desse importante tema seja o resultado de um conhecimento mais aprofundado e efetivo.

Na ocasião será distribuída, de forma gratuita, a Cartilha "Comissão da Verdade – Por que, o que é e o que temos que fazer", preparada pelo Núcleo de Preservação da Memória Política.



PROGRAMAÇÃO

14h00: Boas vindas – Marcelo Araujo, diretor da Pinacoteca do Estado de São Paulo

Apresentação – Ivan Seixas, presidente do CONDEPE e do Núcleo Memória

14h30: A luta pela Anistia – Homenagem aos fundadores/lutadores do CBA-SP (Comitê Brasileiro pela Anistia)

15h00: Moderadora – Profa. Dra. Deisy Freitas Lima Ventura

Professora de Direito Internacional e Presidente da Comissão de Cooperação internacional do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (IRI-USP). Doutora em Direito Internacional e Mestre em Direito Comunitário e Europeu da Universidade de Paris 1, Panthéon-Sorbonne, mestre em Integração Latino-americana da Universidade Federal de Santa Maria e graduada em Direito.



PARTICIPANTES

Prof. Dr. Paulo Abrão

Secretário Nacional de Justiça e Presidente da Comissão de Anistia. doutor em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, mestre em Direito pela Unisinos e especialista em Direitos Humanos e Processos de Democratização pela Universidade do Chile. Professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e professor convidado do Curso de Mestrado em Direito da Universidade Católica de Brasília (UCB).



Dr. Belisário dos Santos Junior

Advogado formado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, mestre em Legislação Penal Especial (pela FaDUSP) . Foi Secretario da Justiça e da Defesa da Cidadania entre 1995 e 2000. Membro da Comissão Justiça e Paz desde 1992; foi advogado de presos e perseguidos políticos durante os anos da ditadura. Membro da Comissão de Direitos Humanos do Conselho Federal da OAB e Presidente da associação de Advogados Latino Americanos pela Defesa dos Direitos Humanos



Dra. Marcie Mersky

Diretora do Centro Internacional para a Justiça de Transição – ICTJ. Nasceu nos Estados Unidos, mas viveu nos últimos 25 anos na América Latina, onde foi consultora sênior das Nações Unidas na Guatemala durante os trabalhos da Comissão da Verdade naquele país, exercendo o papel de coordenadora do relatório final. Possui mestrado pela Universidade de Harvard; atuou no grupo "Orientando as Comissões da Verdade"; e foi funcionaria das Nações Unidas na Comissão que investigou as causas do assassinato de Benazir Bhutto, no Paquistão.



Os Sábados Resistentes, promovidos pelo Núcleo de Preservação da Memória Política e pelo Memorial da Resistência de São Paulo, são um espaço de discussão entre militantes das causas libertárias, de ontem e de hoje, pesquisadores, estudantes e todos os interessados no debate sobre as lutas contra a repressão, em especial à resistência ao regime civil-militar implantado com o golpe de Estado de 1964. Os Sábados Resistentes têm como objetivo maior o aprofundamento dos conceitos de Liberdade, Igualdade e Democracia, fundamentais ao Ser Humano.

segunda-feira, maio 30, 2011

Chá Bingo SOS Animais

Dia 05 de junho, às 16h no salão de eventos do Parque do SESI (Av. Bento Gonçalves, 4825)  acontece o delicioso Chá com salgados e bolo da ONG SOS Animais de Pelotas. Também será realizado bingo. O evento conta com a participação especialíssima dos animadores do Grupo Tholl.

Os ingressos com direito a uma cartela do bingo custam R$15,00 e estão à venda na Gatos & Cia., na Santa Tecla, 632, fone 3302-7756 ou com os associados.

sexta-feira, maio 27, 2011

Abaixo assinado Moção de protesto contra o descarte de bens patrimoniais pela Biblioteca Pública Pelotense

MOÇÃO DE PROTESTO CONTRA O DESCARTE DE BENS PATRIMONIAIS PELA BIBLIOTECA PÚBLICA PELOTENSE



Há pouco mais de 15 dias, em fim de abril/início de maio, a cidade de Pelotas, que até agora tinha se caracterizado por buscar a preservação da história e da cultura foi palco de uma situação completamente absurda e injustificável: a direção de sua Biblioteca Pública, que é gerida por uma associação privada, simplesmente enviou para reciclagem, uma parte importante da história da cidade, da região e do país!

Livros, jornais, Diários Oficiais, monografias e documentos impressos (não se sabe exatamente o total do que foi descartado, nem quem definiu o que seria jogado fora), mas enfim, o suficiente para encher mais de um caminhão pequeno, foi enviado para recicladores. E só não foi parar no lixo mesmo porque, num episódio rocambolesco e pouco explicado, foi “salvo” por um dono de sebo, que imediatamente comprou o “lixo” e o pôs a venda como uma mercadoria qualquer. Ou melhor, uma mercadoria de alto valor, já que há um mercado de colecionadores sempre interessado nessas obras. Alguns desses exemplares ainda se encontram em sebos da cidade, o que pode ser verificado em fotos postadas no twitter .

Entre eles, por exemplo, uma das únicas, senão a única coleção do jornal A Federação do ano de 1904. Vários outros anos inteiros deste jornal também foram literalmente jogados fora, sob a justificativa de “estarem duplicados”. Mas a catástrofe cultural vai muito além, pois todos os jornais encadernados, que eram duplos, e que se encontravam no porão da biblioteca, como os jornais Correio Mercantil, Opinião Pública, Diário Popular, também tiveram o mesmo fim. Estes são alguns dos jornais pelotenses mais importantes do XIX e XX séculos, e ficamos agora reduzidos apenas a sua coleção em uso, e cuja digitalização tem sido protelada por interferência direta da própria diretoria. E o que se fará quando estes jornais, pelo uso, se desmancharem? Chorar, pelo visto? Muito mais que isto: privar as gerações atuais e futuras dos mecanismos sociais, no caso, a documentação escrita, que vinculam sua memória às gerações passadas.

O raciocínio simplista e redutor de que “eram duplos” e poderiam ser descartados, não convence ninguém, pois todos podem se perguntar por que não foram trocados com instituições congêneres, ou doados para outra instituição, como reza seu estatuto de 1991, que em seu artigo segundo, item b), diz que a biblioteca “poderá permutar livros e objetos com outras instituições que estejam de acordo com as suas finalidades”.Quanto a alguns estarem em mau estado, uma Biblioteca moderna certamente conhece a existência de várias técnicas de recuperação de documentos que podem ser utilizadas desde que haja o empenho de realizar os trâmites para busca de financiamento público ou privado nas diferentes fontes disponíveis.

Esta mensagem, além de denunciar este fato, pretende provocar uma decidida ação por parte não só da comunidade técnica e acadêmica interessada na preservação da história do país, mas dos próprios pelotenses, que até agora, apesar de indignados e estupefatos, estão assistindo esta situação em silêncio, um silêncio que pode passar por aprovação ou desinteresse e gerar a reincidência de atitudes como esta!

Entendendo-se que o direito à memória é um direito de todos os cidadãos e que a proteção e guarda de um bem patrimonial é dever de um Estado democrático, considera-se inadmissível que uma política arbitrária de descarte seja praticada justamente por uma instituição destinada a preservação da memória e divulgação da cultura.

Lembramos que cabe ao Estado por em prática políticas de preservação, acesso e controle sobre acervos que possam ter valor histórico e patrimonial, especialmente de caráter municipal ou privado, ou de órgãos específicos, para que se consiga atenuar a perda progressiva de documentos e objetos referentes a herança histórica e patrimonial do país.



Neste sentido os abaixo assinados, devidamente identificados, solicitam que o Ministério Público investigue este caso, apure responsabilidades e tome providências imediatas para a recuperação do material descartado pela Biblioteca Pública Pelotense

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Os signatários
 
Assine a Bibliotheca Pública Pelotense é um bem dos cidadãos pelotenses.

terça-feira, maio 24, 2011

Denúncia

Recebi por email a absurda denúncia abaixo! A fonte da denúncia é segura e de confiança. Precisamos observar e cobrar punição para os IRRESPONSÁVEIS que jogaram foram parte da história da nossa cidade.
" Jornais do século XIX viram lixo em Pelotas.

Há pouco mais de 15 dias, em fins de abril/inícios de maio, a cidade de Pelotas, que até agora tinha se caracterizado por buscar a preservação da história e da cultura da cidade e do país como um todo, foi palco de uma situação completamente absurda e injustificável: a direção de sua biblioteca pública, que é gerida por uma associação privada, simplesmente enviou para reciclagem, uma parte importante da história da cidade e da região!

Livros, jornais, diários e mais monografias e documentos impressos (não se sabe exatamente o total do que foi descartado, nem quem definiu o que seria jogado fora), mas enfim, o suficiente para encher mais de um caminhão pequeno, foi enviado para recicladores. E só não foi parar no lixo mesmo porque, num episódio rocambolesco e pouco explicado, foi “salvo” por um dono de sebo, que imediatamente o comprou e o pôs a venda como uma mercadoria qualquer. Alguns desses exemplares ainda se encontram em sebos da cidade e podem ser conferidos até pelo twitter de alguns pelotenses. Seguramente, este dono de sebo deve ter ampliado seu patrimônio em muito, devido apenas ao que, pelo alto, se soube que foi descartado.

Entre eles, por exemplo, uma das únicas, senão a única coleção do jornal A Federação do ano de 1904. Vários outros anos inteiros deste jornal também foram literalmente jogados fora, sob a justificativa de “estarem duplicados”. Mas a catástrofe cultural vai muito além, pois todos os jornais encadernados, que eram duplos, e que se encontravam no porão da biblioteca, como os jornais Correio Mercantil, Opinião Pública, Diário Popular, também tiveram o mesmo fim. Estes são alguns dos jornais pelotenses mais importantes do XIX e XX séculos, e ficamos agora reduzidos apenas a sua coleção em uso, e cuja digitalização tem sido protelada por interferência direta da própria diretoria. E o que se fará quando estes jornais, pelo uso, se desmancharem? Chorar, pelo visto.....

O raciocínio simplista e redutor de que “eram duplos” e poderiam ser descartados, não convence ninguém, pois todos podem se perguntar por que não foram trocados com instituições congêneres, ou doados para uma outra instituição do estado, como reza seu estatuto de 1991, que em seu artigo segundo, item b), diz que a biblioteca “poderá permutar livros e objetos com outras instituições que estejam de acordo com as suas finalidades”.Quanto a alguns estarem em mau estado, ora, para quem conhece, sabe que há várias técnicas de recuperação de documentos que poderiam ser tentadas, com um pouco de esforço na busca de financiamento.

Esta mensagem, além de denunciar este fato, pretende provocar alguma reação, por parte não só da comunidade técnica e acadêmica interessada na preservação da história do país, mas dos próprios pelotenses, que até agora estão assistindo esta situação estupefatos, mas em silêncio, um silêncio que pode passar por aprovação e gerar a reincidência deste tipo de atitude.

Entendendo-se que o direito à memória é um direito de todos os cidadãos e que a proteção e guarda de um bem patrimonial é dever de um Estado democrático, considera-se inadmissível que uma política arbitrária de descarte esteja sendo praticada justamente por uma instituição destinada a preservação da memória e disseminação da cultura.
Autora: Beatriz Ana Loner"

segunda-feira, maio 23, 2011

Livro sobre a história do Coojornal serlá lançado em junho

Coojornal - um Jornal de Jornalistas sob o Regime Militar' será lançado no próximo dia 9 de junho no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, às 19h. Na ocasião será apresentado o livro de 272 páginas, reunindo 33 reportagens do Coojornal, e mostrado o documentário com uma hora de duração que acompanha o livro. No dia seguinte, haverá um debate reunindo antigos integrantes da Cooperativa dos Jornalistas de Porto Alegre, como Elmar Bones, José Antônio Vieira da Cunha, Ayrton Centeno e Jorge Polydoro. De 9 a 15 de junho, estará aberta uma exposição de capas do mensário no Vestíbulo Nobre da Assembleia.


As reportagens do livro refletem o Brasil da segunda metade dos anos 1970 e a luta pela redemocratização do país. Tratam de temas como anistia, sequestro dos uruguaios, a revolução da Nicarágua, as ditaduras militares do Uruguai, Argentina e Bolívia, as greves no ABC paulista, a guerrilha do Araguaia, os cassados pelo regime militar, a prática da degola nas revoluções gaúchas e documentos secretos do Exército sobre o combate à guerrilha, além de perfis de Golbery do Couto e Silva, José Lutzenberger, Teixeirinha e Dom Vicente Scherer. Fazem parte ainda entrevistas com Chico Buarque, Elis Regina, Henfil, Hélio Silva, Caetano Veloso e Luis Fernando Verissimo como o Analista de Bagé. As reportagens são de nomes como Elmar Bones, Caco Barcelos, Licínio Azevedo, Eduardo Galeano, André Pereira, Geraldo Hasse, Luiz Cláudio C unha, Hamilton Almeida Filho, Palmério Dória, Eduardo Bueno, Juarez Fonseca, Zélia Leal, Rafael Guimaraens, Ayrton Centeno e outros, com fotos de Daniel de Andrade, Luiz Eduardo Achutti, Eduardo Tavares, Ricardo Chaves, Jacqueline Jones, Eneida Serrano, Roberto Silva e Luiz Abreu. A obra traz ainda charges, cartuns, caricaturas e textos de humor de Edgar Vasques, Fraga, Santiago, Juska, Batsow, Pedro Sosa, Ferre e muitos outros humoristas daquela geração.



'Coojornal - um Jornal de Jornalistas sob o Regime Militar' é editado pela Libretos, com patrocínio cultural da Caixa Econômica Federal e da Petrobras e apoio da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul/Drpac.
 
Texto: Sindicato dos Jornalistas do RS

domingo, maio 15, 2011

O meu socialismo!

Confesso que não estudei sobre o comunismo, nem sobre socialismo. Comecei a ler sobre anarquismo, mas não fui muito longe. Meu conhecimento sobre isto é bem empírico, como o meu feminismo, como meu cristianismo, como meu espiritismo, como meu umbandismo. Óbvio que leio a respeito de cada um dos temas, busco informações e tento racionalizar em cima das coisas que acredito. Faço isto com praticamente tudo. Meus ícones são dos mais variados tipos, lugares, religiões ou política. Por que mais do que admirar as IDEIAS eu admiro e tento seguir as ATITUDES E AÇÕES deles.
Não sou católica, mas admiro muito o trabalho de pessoas como a irmã Doroty Stein, Madre Teresa de Calcutá, São Francisco e Zilda Arns, por exemplo. Eles são a demonstração VERDADEIRA de cristianismo, pois fizeram o bem, foram caridosos em suas atitudes. Admiro Che Guevara, por ele ter tido o desprendimento de largar tudo e ter ido lutar pela América Latina por um ideal, pela igualdade para todos. Deu sua vida. Ele não queria poder, ele queria mais para todos.
Na minha ideia torta, socialismo é todo mundo ter o suficiente para viver bem. Era isto que cada uma das pessoas que falei acima, mais uma porção, como Gandhi, Jesus e tantos outros queriam e LUTARAM.
Por isto me choco quando alguém fala em nome de alguma destas pessoas tentando aniquilar os outros de forma preconceituosa e violenta. Como tentar impedir que pessoas tenham direitos civis básicos em nome de Jesus, se ele só pregou o amor, a caridade e defendeu os pobres, fracos e necessitados?
Como é possível que as pessoas se sintam agredidas quando na verdade o que se quer é prevenir e garantir que cidadãos como eu e tu, sejam protegidos e possam ser quem eles são?
Sempre ficava chocada quando alguém me dizia que no comunismo se tu tens dois copos tens que dar um pr'aquele que não tem. Mas se formos justos, verdadeiramente justos, não vamos nos importar de dividir. Ou vamos? As pessoas acumulam coisas em suas casas que não utilizam, que muitas vezes nem lembram que tem. Porque não dividir?
Meu socialismo é assim parecido com o de Gandhi, de Jesus com cada um pegando só o que precisa. E o sistema político semelhante ao Anarquismo, nada de poucos mandando e detendo o poder e muitos obedecendo. O melhor é todos realmente terem o mesmo poder e os mesmos direitos iguais!

terça-feira, maio 03, 2011

Sábado Resistente, no Memorial da Resistência

SÁBADO RESISTENTE


07 de maio de 2011, das 14h às 17h30
Fatos novos e revelações ajudam a esclarecer a verdade

O Atentado do Riocentro foi um frustrado ataque terrorista que seria perpetrado no Pavilhão Riocentro na noite de30 de abril de 1981, por ocasião da realização de um show comemorativo dodia do Trabalhador , com roteiro de Chico Buarque de Holanda e direção de Fernando Peixoto.

Um ato criminoso, que previa a explosão de bombas causando pânico e mortes entre os participantes, planejada por uma equipe do DOI-CODI, culminou com a morte do sargento Guilherme Pereira do Rosário e deixou o então capitão Wilson Dias Machado gravemente ferido.

Na ocasião, o governo culpou organizações radicais da esquerda. Mas essa versão não se sustentava diante das evidências das apurações independentes que indicaram que o atentado, considerado como ato terrorista, foi uma tentativa de setores mais radicais do próprio governo que queriam justificar uma nova onda de repressão, de modo a paralisar a lenta abertura política que estava em andamento.

Uma segunda explosão ocorreu a alguns quilômetros de distância, na miniestação elétrica responsável pelo fornecimento de energia do Riocentro. Este Sábado Resistente analisa e discute esse atentado terrorista, cometido depois da promulgação da Lei de Anistia.



PROGRAMAÇÃO

14h00: Boas vindas – Kátia Felipini (Coordenadora Memorial da Resistência)
Apresentação – Ivan Seixas (Presidente do CONDEPE e do Núcleo Memória)
14h20: Exibição de trechos de entrevistas de autoridades militares sobre o caso14h45: Palestras e debate - coordenação de Alípio Freire (jornalista e diretor do Núcleo Memória)



PARTICIPANTES

Chico Otávio
Jornalista, repórter da editoria nacional do jornal Globo desde 1997; vencedor, por cinco vezes, do Prêmio Esso, um dos quais na categoria "Reportagem", pela reabertura em 1999 das investigações sobre o atentado ao Riocentro. Professor de Jornalismo da PUC-RJ e ex-dirigente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo.

Marlon Weichert
Procurador Regional da República, doutor em Direito do Estado e Mestre em Direito Constitucional pela PUC-SP.


Os Sábados Resistentes, promovidos pelo Núcleo de Preservação da Memória Política e pelo Memorial da Resistência de São Paulo, são um espaço de discussão entre militantes das causas libertárias, de ontem e de hoje, pesquisadores, estudantes e todos os interessados no debate sobre as lutas contra a repressão, em especial à resistência ao regime civil-militar implantado com o golpe de Estado de 1964. Os Sábados Resistentes têm como objetivo maior o aprofundamento dos conceitos de Liberdade, Igualdade e Democracia, fundamentais ao Ser Humano.
 
Fonte: Memorial da Resistência de São Paulo

Largo General Osório, 66 – Luz
Auditório Vitae – 5º andar