segunda-feira, junho 30, 2008

Pré-candidatos

Começou a corrida pela prefeitura dos municípios. Em Pelotas os partidos lançaram sete candidaturas a prefeito entre eles o atual prefeito, Adolfo Antônio Fetter numa coligação PP (seu partido), PPS, PTB, PRB, PR. Também concorrem ao pleito os ex-prefeitos Anselmo Rodrigos, pelo PDT (o mesmo do caudilho Brizola) e Fernando Marroni pelo PT junto com o PSB. Na disputa uma figura já conhecida por sua atuação na direção do Sanep e do Daer, Gilberto Cunha pelo partido da tucana PSDB (talvez a bagunça ocorrida lá na Capital e que abalou a então governadora Yeda, por conta de fraude no Daer, não respingue aqui no senhor Cunha). E algumas caras novas, contando com uma candidata a prefeita pelo PV, que chama-se Rejane Medeiros, junto na disputa Luís Carlos Lucas, pelo Psol e Matteo Chiareli numa coligação do DEM com o PMDB.
O que me arrepiou foram as escolhas dos vices, o senhor prefeito vai junto com o senhor José Sinzenando, atualmente vereador. Na verdade eu não consigo entender muito bem como pode ocorrer coligação entre um partido progressista e um partido popular socialista, que tem origens no PCB.
A frente popular, coligação pela qual concorre Fernando Marroni, embora todos os problemas decorrentes do governo federal, foi mais coesa sendo Marroni candidato a prefeito e Otávio Soares vice. Anselmo por sua vez fará uma dobradinha com a filha, Adriane Rodrigues, que já concorreu em outros pleitos.
No más, as mulheres continuam em minoria, ficando uma para prefeita e outra como vice, e umas poucas para a vereança.
Abra os olhos, observe, analise e vote consciente.

Eu digo não ao Sen. Azeredo

Não vou comentar, pois tudo o que eu disser será repetitivo, então dá uma olhada nO Cinematographo. Lá tem outros links interessantes para se visitar e saber sobre a Lei "que regula a internet" que o senador Eduardo Azeredo está levando ao senado para ser votada. Ah! Como bem lembrou a Anucha, com o preconceito e a pedofilia ele não preocupou-se.

sexta-feira, junho 27, 2008

"Papagaio interrogado como testemunha na Dinamarca"

Esta foi ótima, estava lá, procurando coisas sobre a Anistia, exilados que voltavam para o Brasil e dou de cara com a inusitada notícia, na Polícia, página 5 do primeiro Caderno do Diário Popular de um dia de Janeiro de 1979. Minha orientadora ficaria de cara, mas não resisti e copiei a matéria que segue abaixo na íntegra, e bem que merecia uma ilustração, né Sandro?

"Papagaio interrogado como testemunha na Dinamarca
Pela primeira vez na história da polícia dinamarquesa, um papagaio foi interrogado como testemunha. A ave disse a polícia que era um dos treze papagaios e trinta periquitos australianos roubados de uma loja de animais de Copenhague.
A polícia disse quei o papagaio foi levado a Delegacia no domingo pela manhã, junto com um cidadão finlandês, de 39 anos, encontrado dormindo na rua perto da loja de animais invadida durante à noite. O papagaio estava sentado sobre seu ombro.
O finlandês não soube dizer nada. Estava tão bêbado que seu interrogatório foi adiado indefinidamente. Mas o papagaio foi uma testemunha excelente. ao lhe perguntarem seu nome, o pássaro identificou-se logo como "Jacó". Quando perguntaram onde vivia, disse Hertha - nome da proprietária da loja de animais.
Infelizmente, o papagaio não sabia dizer o que havia acontecido com os outros pássaros, avaliado em cerca de 2 mil dólares. A proprietária disse que "Jacó" conseguiu fugir dos ladrões de algum modo e foi acabar no ombro do bêbado finlandês, que segundo ela, não possui culpa de nada. (AP)."

quinta-feira, junho 26, 2008

Salada crua

Eu sempre gostei de rádio, lembro de tardes e tardes que passei escutando rádio embaixo de uma árvore, deitada num pelego na casa de uma grande amiga que já fez a grande viagem. Isto quando eu era criança e pra fora não tinha energia elétrica, como tem agora por quase todo o interior dos municípios. É muito engraçado e bom, pois quando fecho os olhos e lembro daquele momento posso sentir o calor do sol e o vento balançando as folhas. Lembro de escutar aos sábados um programa chamado "Almoço à Brasileira", confesso que não faço idéia de que tipo de assuntos tratava, mas com certeza as músicas eram brasileiras. Escutei algumas vezes o programa do Jorge opa! Malhão, que depois foi meu professor na faculdade.
Depois fui adolescendo e pulei de estações para estações de rádio, passando pela Atlântida, Alfa, Rádio Cosmos (falecida há muitos anos e transformada em Federal FM), Pelotense, enfim... Sim, também escutei muito rádio AM.
Mas concordo em gênero, número e grau com uma coisa que o Malhão dizia, aliás afirmava, "ouvinte de rádio é fiel". E é sim. Hoje em dia eu transito pelas "ondas livres" da RadioCom FM 104.5 e a boa música da Federal FM 104.7. Ambas são bem próximas no dial e tem uma programação cultural muito rica, variada e um trabalho comprometido.
Todo este blábláblá para dizer que ontem, quarta-feira, "participei" do programa Salada Crua, apresentado pelo Sandro, futuro-possível colaborador aqui do Imprensa. Gostei muito, apesar de algumas gafes pelas quais eu já me desculpei.
O importante é que o programa é bem legal e embora eu não entenda nada de HQ´s o papo foi bem legal.
Mais uma vez fica o convite para que ouçam o Salada Crua, na RadioCom 104.5. Ou melhor, ouça a RadioCom, tu não vais te arrepender.

quarta-feira, junho 25, 2008

Ruth Cardoso

Não tenho o que dizer, não admiro a ex-primeira dama de FHC, não conhecia seu trabalho e nem acompanhei sua trajetória. Mas respeito sua posição diante de vários fatores, entre eles a sua posição contra as cotas para negros nas faculdades. Já falei muitas vezes sobre isso e sei que no nosso país, mesmo sendo uma iniciativa paternalista, a política de cotas é uma maneira de dar chance a quem não tem quase nenhuma nesta vida. O problema é que esta chance muitas vezes não chega a quem precisa.
Dona Ruth, como uma pesquisadora, tinha outras idéias de como tornar o país um pouco mais justo e de como isto poderia acontecer.

terça-feira, junho 24, 2008

Cimento social

Fico pensando em quanto cimento é necessário para construir um mundo melhor, mais justo e mais humano. Primeiro ingrediente, com certeza é a educação, seguido de tolerância. aos poucos deve se acrescentar ingredientes tangíveis de outros, talvez intangíveis, pois há coisas que não podemos ver nem tocar mas que fazem muita falta para a nossa formação. É difícil entender ou vislumbrar uma possibilidade diferente desta que está bem na frente de nossos olhos, crianças violentadas dentro de casa por quem mais confiam, jovens mortos por quem deveria proteger e servir, velhos deixados de lado como trastes sem nenhuma função ou utilidade.
Outro dia assiti uma matéria em que um rapaz, morador de um morro carioca dizia: "O mundo de 1988 era melhor!". Eu concordo, não era o ideal, não era justo, mas me parecia menos violento e de mais esperança. Acreditávamos, mesmo achando que no ano 2000 estáriamos velhos, que o mundo seria legal, justo e as pessoas seriam felizes, saudáveis. Lêdo engano, estou bem mais jovem do que me parecia ser uma pessoa com 30 e poucos anos, mas o mundo está mais sombrio, menos saudável e as pessoas que correm e correm de um lado para o outro estão bem mais estressadas e doentes só pensando em trabalho para ter mais dinheiro para, quem sabe, ser mais feliz.
E a única coisa que cresce é a distância entre os mais ricos e os mais pobres, como um fermento do mal, tipo a coisa ou bolha assassina.
Tá te parecendo pessimista minha visão deste mundo? Não, é só a realidade para a qual não nos preparamos para ver e também não agimos para mudar. Décadas atrás os jovens lutavam por tudo o que acreditavam, até mesmo a legalização das drogas. Hoje, o amor é livre, o sexo é liberal, as drogas, mesmo ilegais, são encontradas com facilidade e os jovens quase não agem pelo bem comum. Ouvimos falar de uma iniciativa aqui outra ali, mas parece tão pouco, tão distante, tão sem força. Parece que todo mundo se acomodou dentro das cobranças que o mundo nos faz de sermos magros, bonitos, bem sucedidos e felizes (embora na busca de todos estes o que mais se encontra é a depreção, a decepção e a frustração de não alcançar os objetivos).
Mas eu concordo com a frase do rapaz, "o mundo de 1988 era melhor".
Assim como concordo com o delegado, policial ou político que disse que o Exército não é capacitado para agir nas ruas como polícia. Pra falar a verdade nem a própria polícia está preparada para estas ações. Enquanto a gente não toma a nossa posição nesta escala, enquanto os políticos continuam legislando em favor próprio, a grande maioria das pessoas que realmente precisam de uma esperança acabam virando pó, virando estatística, indo pra cova, sendo cobertos por um cimento que enrijece e impede que possamos nos mover.

segunda-feira, junho 23, 2008

Ilustrador convidado

Faz algum tempo que tenho este blog, ultimamente ele tem sido mais atualizado, se existe algum leitor habitual, além da Ana Paula e da minha mãe deve ter percebido isto.
E as opiniões aqui publicadas são de inteira responsabilidade minha e eu as assumo. Mas, se um cara muito talentoso aceitar, vamos ter outra opinião nesta Imprensa Nanica.
O tal cara é um amigo de longa data, desenhista, ilustrador, chargista, enfim, um artista marginal no estrito sentido da palavra. Por aqui, em Pelotas, o Sandro Andrade já é bem conhecido, embora ele diga que não, às vezes. Então, se ele aceitar, antes do site dele ficar pronto ele vai colaborar com seus traços aqui no Imprensa Nanica. Sua visão social é crítica e inteligente. Tem opiniões fortes e consciente. além, é óbvio, de muito talentoso com o lápis na mão.
Também tem um programa chamado Salada Crua, na Radiocom 104,5 FM. Confira.

quinta-feira, junho 19, 2008

Brasil e Argentina

Muito além da rivalidade um jogo entre Brasil e Argentina acirra ânimos. Ficam todos alterados, jogadores, técnicos, torcedores. Existem várias explicações para tal rivalidade, mas nos gramados o pau pega mesmo, o jogo e duro e sempre tem, de lado a lado, a saída de um jogador machucado.
Ontem não assisti o Brasil e Argentina. Aliás faz bastante tempo que não páro para ver futebol.
Nos tempos de adolescência não perdia um jogo da copa, fazia até promessa caso a seleção fosse campeã. Que barbaridade!!!
Mas com o passar do tempo e o meu amadurecimento percebi que o que pra mim era uma paixão, não passava de negócio, um negócio muito lucrativo. Jogadores ganham milhões para trabalhar com um talento, muitas vezes nato. No entanto, jovens meninos, em sua maioria moradores de favelas e bairros pobres de periferia não estão preparados para a fama e pra ter tanta grana e acabam perdendo tudo, inclusive seu talento de fazer dribles e gols. Isso aconteceu com o Garrincha, seu futebol encantou aqueles que tiveram o prazer de vê-lo jogar. Eu não tive esta honra. Mas mulheres, bebidas e drogas transformaram o homem talentoso num farrapo que nunca conseguiu reagir ao vício. Mas os tempos eram outros e naquela época o governo brasileiro exaltava a pátria de chuteiras e... os jogadores não ganhavam tanta grana quanto hoje.
Hoje em dia, os atletas do mundo futebolístico ganham em Euros e dólares. alguns, como Adriano, acham que nós devemos reverência a ele. O futebol é um esporte de grupo, onde todos tem importância, mas dificilmente a seleção é homogênea, sempre tem um ou outro que se destaca, e é este destaque que acaba com tudo.
Pra mim o melhor jogador da seleção nos últimos jogos e, minha opinião, na última copa é o Lúcio. Nada de atacantes da moda, bonitões ou com nome de bichos.
Segundo alguns guris que viram o jogo de ontem tanto Brasil, quanto Argentina foram apáticos. E bem além disso, o Dunga não tem sido bom técnico, pois caiu na mesmice de chamar sempre as mesmas figurinhas carimbadas, apesar do discurso de que o que importa é o talento.
O marcante foi o povo ter aplaudido o jogador argentino que foi substituído. alguns jogadores brasileiros não gostaram. Para estes eu pergunto: _ Há motivos para comemorar ou festejar a nossa seleção?
Jogadores ganham mais de 10 vezes o salário do brasileiro comum. Ganham bem para treinar e jogar, mas vire e mexe estão em crise, fora de forma, com problemas que afetam seu desempenho em campo. O brasileiro comum, aquele que ganha 415,00 pila por mês ( que sempre tem mês no final do salário) não tem direito a crise tampouco estresse, porque ao se deixar acometer por alguma crise morre de fome. Agora me digam, quem são os verdadeiros brasileiros, os artistas, quem merece aplauso e admiração?

terça-feira, junho 17, 2008

Quando foi que começamos a virar selvagens cruéis?

James Dean e Marlon Brando ficaram famosos no cinema encarnando rebeldes e foram a cara de uma "Juventude Transviada". Algum tempo depois, num momento em que o mundo precisava de heróis e passava por uma revolução total sendo marcada principalmente nas artes e pela liberdade sexual, com o advento da pílula, os jovens queriam o amor livre e a paz no mundo (por mais que pareça um discurso de miss). Enquanto vários países sofriam violência institucionalizada por exércitos, ditaduras e guerras os jovens vinham com um discurso pacifista clamando aos mais velhos que fizessem amor e não guerra.
Parecia que a humanidade iria evoluir, passar para um estágio de sentimentos aflorados de compaixão e aquele famoso paz e amor estamparia não só camisetas e espaços psicodélicos mas uma população de jovens inteira, contagiando todos a sua volta. Mas não é o que vemos. Olhando de perto parece que estamos bem menos normais. A juventude explode numa violência gratuita e preconceituosa que atinge a todos de forma indiscriminada.
São gangs rivais se matando, tráfico e uso de drogas, briga de torcidas e todo uma gama de agressividade que estampa jornais.
Realmente não tem dentre eles nenhuma pessoa que realmente tenha algum ideal de mudança, de melhoria que se transforme a partir do caos e apenas violência, pura e simples, deixando seqüelas nas pessoas e chagas irreparáveis na sociedade. Eu não quero saber desta agressividade, ainda prefiro os meios pacifistas de Gandhi, dos jovens de woodstock, o faça amor não faça guerra. Chega de violência, extremismos e mortes.

segunda-feira, junho 16, 2008

Um papinho mulézinha!

Bem, hoje, apesar de gostar muito de política e ter muito o que falar meu assunto nada tem a ver com isto. Outro dia, conversando com uma moça ouvi seguinte questão dela: "_ Quem disse que eu não queria ser dependente e cuidar da casa e dos meus filhos?". Isto depois de ter lembrado de um email que rola pela internet de uma mulher que reclama da correria do dia-a-dia. Eu, como não sou mãe e nunca fui casada, até porque o fato de eu não ter filhos, não ter casa pra cuidar ou marido, seria o exato argumento que usariam contra mim.
Mas fiquei pensando naquilo, e quem me conhece sabe que fico matutando alguns fatos durante muito tempo. Sou do tipo que não admito opressão, seja lá de que tipo for. Sou contra a ditadura, mesmo que seja do proletariado ou da beleza (sou contra principalmente contra esta e sei que uma nada tem a ver com a outra, no entanto o fato de ser ditadura já me desagrada).
Então fiquei com aquela expressão na cabeça "quem disse que eu queria ser independente?"
Hoje eu sei de uma coisa, a liberdade serve pra qu tu decidas se queres ser dependente ou não. tu és livre pra decidir se quer ficar em casa bordando ou se quer ser uma alta executiva ou sei lá. A questão é que hoje, o custo de vida é caro, talvez bem mais do que antigamente, o que impede que os maridos deêm a suas esposas o conforto que tinham, tal qual faziam os homens do século passado. É isto que faz com que as mulheres levantem pela manhã para ir ao trabalho. Isto nada tem a ver com aquelas feministas que queimaram sutiãs em uma Praça de Paris.
A verdade é que as mulheres não estão tendo coragem de assumir o que querem. O sonho é ficar em casa bordando e cuidando das criá, vai lá assume que quer ser Amélia, afinal, segundo o poeta Mário Lago, ela é que era mulher de verdade. Mas não esqueça que ela achava graça em não ter o que comer.
Não estou sendo feminista, tampouco e muito menos machista. Só sei que quando duas pessoas se unem o objetivo é compartilhar. Compartilhar todos os momentos, inclusive as possíveis dificuldades. Eu continuo sem querer ser dependente, prefiro ter um trabalho e dividir com um companheiro (o dia que tiver) as conquistas. Acho que já disse isso e vou repetir, a Ana Paula me contaminou com esta história de humanismo. hahaha

quarta-feira, junho 11, 2008

Enquanto isso, no Distrito Federal...

A base aliada está tentando de todas as formas aprovar a CSS, uma nova versão da CPMF, só que desta vez sem nenhuma provisoriedade. Abram os olhos meus amigos isto é mais um imbuste para tirar de ti, povo brasileiro, aquele dinehiro que tu não tens.

Crise política

O governo Yeda, aqui no Rio Grande do Sul, está passando por uma crise. Nada que não tenha sido percebido, já que a coligação, ou melhor a harmonia entre governadora e vice, não existia já desde sua campanha. É muito difícil ter um governo coeso quando os "cabeças" não se entendem e divergem em praticamente tudo. O mais interessante de tudo, e que só acontece no Brasil, é que o cara que fez as denúncias de corrupção é quem corre o risco de ser expulso do seu partido e o resto, com quase toda a certeza de quem já assistia a muitas CPIs pela tevê, vai continuar exatamente no lugar onde está.
Sim, o senhor Feijó errou ao utilizar uma escuta clandestina, mas denunciou um crime, sabe-se que houve crime, existem provas a ser investigadas. Mas ao invés de colocar a luz sobre o fato que está errado e tentar elucidá-lo, o que se faz é condenar o vice-governador (que com certeza não é flor que se cheire já que se coligou com tais outros menos cheirosos) por discordar e denunciar as corrupções e negociatas por apoios políticos.
Só no Brasil minha gente, só aqui!

segunda-feira, junho 02, 2008

Seqüestro na favela

Enquanto alguns turistas pagam uns dólares a mais para visitar a favela e conhecer de perto um exímio e genuíno membro da bandidagem local repórteres, fotógrafos e alguns moradores acabam passando por maus bocados. É certo, que o objetivo de uns e de outros é inversamento oposto, tal como a lei da física 9inversamente proporcional), mas não é menos perigoso.
Há exatos seis anos atrás um jornalista chamado Tim Lopes, que investigava prostituição infantil e tráfico na favela do complexo do Alemão, foi preso, torturado e morto pelo bando do traficante Elias Maluco.
Como se não bastasse o problema da violência gerada pelo tráfico em locais onde a pobreza e a falta de chance imperam, também existem as milícias, formadas por policiais ou ex-policiais, que com a desculpa de coibir a violência gerada pela venda de drogas invade as favelas e faz, não só os moradores reféns, mas também quem questiona sua ação, como o caso da equipe do Jornal o Dia. Uma repórter, um fotógrafo e um motorista do diário foram presos e torturados, segundo investigação por milicianos.
É difícil falar sobre algo assim, mesmo que este algo esteja presente no nosso cotidiano, pois a saída é uma só: educação, já sabemos, só não temos idéia de quando isso será prioridade para nossos representantes.