Esta página é para quem acredita que um mundo melhor é possível e que o jornalismo deve ser livre, íntegro, revolucionário, questionador e formador de opiniões, ou pelo menos fazer com que a gente pense. Segundo Millôr Fernandes "a função do Jornalista é trabalhar para ser demitido". Eu já estou no 3 a zero. "Livre pensar é só pensar" Millôr Fernandes
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segunda-feira, outubro 26, 2009
2009, o ano com mais homicídios e latrocínios da década em Pelotas
Na madrugada de ontem morreu a 45ª vítima da violência em Pelotas. De acordo com a reportagem do jornal Diário Popular este ano é o que teve mais homicídios e latrocínios nesta década. O rapaz que faleceu etava há oito meses hospitalizado devido a um balaço nas costas, em fevereiro, quando além de baleá-lo levaram seus tênis e o boné. Os bandidos andavam armados e de bicicleta. Eram quatro contra um. Uma covardia. Um jovem de 20 anos morre por complicações após ser baleado. Um ato covarde levou uma vida, um par de tênis e um boné. E eu digo a mim mesma... isto não faz sentido algum.
quinta-feira, março 26, 2009
"Onda de violência registra 18ª vítima fatal deste ano"
A manchete do jornal Diário Popular de hoje traz um dado perturbador para os pelotenses que julgavam viver numa pacata cidade. Para mim própria que vive algum tempo fora Pelotas reunia duas coisas de que gostava, é uma cidade de médio porte, sem muito histórico de violência e com atrativos culturais. Mas tanto as atrações culturais quanto a o baixo índice de violência estão deixando de ser pontos positivos.
De acordo com a matéria do jornal, no ano passado foram 25 homicídios. Já em 2009 ocorrem 18, e o mais alarmante é que só nesta semana, que ainda não acabou, foram um por dia, desde segunda. Outra informação que causa choque a quem lê as informações dos jornais é a pouca idade dos envolvidos nos crimes, sejam as vítimas ou os homicidas. Nas declarações da polícia civil e da brigada militar o motivo do aumento dos crimes desta natureza é o consumo de drogas.
Há alguns anos, numa aula de ética na faculdade de jornalismo, um professor indagou: "_ qual será o motivo da terceira guerra mundial?". Ninguém arriscou dizer nada, embora cada um tivesse pra si uma ideia qualquer do motivo. E ele respondeu desesperado com um tom dramático "_ As droogas geente! As drogas!"
Durante algum tempo aquela resposta foi uma espécie de deboche entre os alunos, não pela resposta, pois sabíamos da verdade incutida nela, mas pelo tom que o professor deu às palavras.
Hoje posso entender o desespero dele, talvez não tenha sido como quando fomos a casa dele para interceder por um colega, mas sua angústia era real, não uma representação. Tempos depois, trabalhando no serviço de redução de danos da Secretaria de Saúde de Pelotas pude ver com meus próprios olhos a invasão de uma droga que veio como uma avalanche. Tal qual um desmoronamento as pedras de crack tomaram conta da cidade e seus usuários são cada dia mais jovens, suas reações são muito mais violentas, seus estrago muito maior. Em pouco tempo o usuário recreativo ou experimental torna-se um dependente. E, embora existam programas que tentam auxiliar o viciado, não há estrutura nem para tratamento, nem para recuperação.
As palavras chaves continuam sendo prevenção e educação. A droga também é um problema social, traficantes tem que ser tratados com o rigor da lei e o dependente precisa de estruturas adequadas para seu tratamento. Existem exemplos que podem ser seguidos, estes exigem paciência, persistência e interesse.
Além disso uma outra coisa que já está mais que batida também é importante o diálogo em família. Parece piegas e ultrapassado, mas é uma prova de que a comunicação entre pais e filhos faz toda a diferença. Observe a sua volta e tire suas conclusões.
De acordo com a matéria do jornal, no ano passado foram 25 homicídios. Já em 2009 ocorrem 18, e o mais alarmante é que só nesta semana, que ainda não acabou, foram um por dia, desde segunda. Outra informação que causa choque a quem lê as informações dos jornais é a pouca idade dos envolvidos nos crimes, sejam as vítimas ou os homicidas. Nas declarações da polícia civil e da brigada militar o motivo do aumento dos crimes desta natureza é o consumo de drogas.
Há alguns anos, numa aula de ética na faculdade de jornalismo, um professor indagou: "_ qual será o motivo da terceira guerra mundial?". Ninguém arriscou dizer nada, embora cada um tivesse pra si uma ideia qualquer do motivo. E ele respondeu desesperado com um tom dramático "_ As droogas geente! As drogas!"
Durante algum tempo aquela resposta foi uma espécie de deboche entre os alunos, não pela resposta, pois sabíamos da verdade incutida nela, mas pelo tom que o professor deu às palavras.
Hoje posso entender o desespero dele, talvez não tenha sido como quando fomos a casa dele para interceder por um colega, mas sua angústia era real, não uma representação. Tempos depois, trabalhando no serviço de redução de danos da Secretaria de Saúde de Pelotas pude ver com meus próprios olhos a invasão de uma droga que veio como uma avalanche. Tal qual um desmoronamento as pedras de crack tomaram conta da cidade e seus usuários são cada dia mais jovens, suas reações são muito mais violentas, seus estrago muito maior. Em pouco tempo o usuário recreativo ou experimental torna-se um dependente. E, embora existam programas que tentam auxiliar o viciado, não há estrutura nem para tratamento, nem para recuperação.
As palavras chaves continuam sendo prevenção e educação. A droga também é um problema social, traficantes tem que ser tratados com o rigor da lei e o dependente precisa de estruturas adequadas para seu tratamento. Existem exemplos que podem ser seguidos, estes exigem paciência, persistência e interesse.
Além disso uma outra coisa que já está mais que batida também é importante o diálogo em família. Parece piegas e ultrapassado, mas é uma prova de que a comunicação entre pais e filhos faz toda a diferença. Observe a sua volta e tire suas conclusões.
segunda-feira, março 19, 2007
Protesto
700 cruzes representam o número de mortos no Rio no período de dois meses e meio. A violência alarma os cidadãos de um dos cartões postais do Brasil.
Os cidadãos do país todo sofrem com a violência e todos devemos nos envolver no combate.
Tá na hora de descruzar os braços.
Os cidadãos do país todo sofrem com a violência e todos devemos nos envolver no combate.
Tá na hora de descruzar os braços.
sexta-feira, março 09, 2007
Bala perdida?
Fico pensando quão desamparadas ficam as balas perdidas encravadas nas paredes, soltas pelas ruas, presas em perfurações de paredes e árvores. Sim desamparadas e realmente perdidas com grandes chances de não serem encontradas, pois os projécteis que ferem e matam jovens, crianças, as pessoas são balas achadas, sabe-se onde estão e mais que isto pode-se investigar para saber de onde vem, de que armas saíram. Como disse outro dia um político ou chefe de polícia, realmente não interessa de onde vieram, no entanto são necessárias as investigações para que se verifique a situação em que a pessoa foi atingida, o local e por quem isso irá demonstrar o nível de preparo dos policiais e sua condição de atuação na proteção do cidadão.
Mais que isto, sabemos que a bala do bandido tem objetivo de demonstrar seu poderio. O cara que opta pela vida do crime não tem interesse de ser bem quisto ou de proteger a comunidade demonstrando sua benevolência, ao contrário fundamenta seu poder através da imposição do medo. Pode até ser que vez ou outra ele proteja a comunidade, mas o intuito é se auto-proteger e proteger seu negócio.
Já o homem que escolhe servir através da polícia militar ou civil diz que quer proteger as pessoas, atuar em nome da justiça não pode bater em prostitutas, quebrar motéis, ter envolvimento com o tráfico ou com outros delitos e agir em causa própria usando o poder, o uniforme e a arma em seu benefício.
Não basta pedir segurança e diminuição da idade penal sem antes rever tantas outras coisas que estão erradas, precisamos de educação, precisamos de responsabilidade e da eliminação da corrupção, do jeitinho, da acomodação e da subserviência.
É necessário políticas públicas que funcionem efetivamente, mesmo que demore anos para isto, mas que não sirva apenas para que o político se eleja na próxima eleição.
Nós também precisamos nos comprometer mais, não dá pra continuar deixando tudo para os outros, se alguém tem que colocar o lixo pra fora, lavar a louça porque não pode ser eu?
Mais que isto, sabemos que a bala do bandido tem objetivo de demonstrar seu poderio. O cara que opta pela vida do crime não tem interesse de ser bem quisto ou de proteger a comunidade demonstrando sua benevolência, ao contrário fundamenta seu poder através da imposição do medo. Pode até ser que vez ou outra ele proteja a comunidade, mas o intuito é se auto-proteger e proteger seu negócio.
Já o homem que escolhe servir através da polícia militar ou civil diz que quer proteger as pessoas, atuar em nome da justiça não pode bater em prostitutas, quebrar motéis, ter envolvimento com o tráfico ou com outros delitos e agir em causa própria usando o poder, o uniforme e a arma em seu benefício.
Não basta pedir segurança e diminuição da idade penal sem antes rever tantas outras coisas que estão erradas, precisamos de educação, precisamos de responsabilidade e da eliminação da corrupção, do jeitinho, da acomodação e da subserviência.
É necessário políticas públicas que funcionem efetivamente, mesmo que demore anos para isto, mas que não sirva apenas para que o político se eleja na próxima eleição.
Nós também precisamos nos comprometer mais, não dá pra continuar deixando tudo para os outros, se alguém tem que colocar o lixo pra fora, lavar a louça porque não pode ser eu?
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