sexta-feira, janeiro 28, 2011

Cavalheirismo ou apenas uma forma "sutil" de dominação?

Outro dia lendo o comentário de uma amiga sobre a iniciativa de um homem que não te conhece se oferecer para te pagar uma bebida e sobre qual seria a  reação dele se a sua atitude fosse responder, "não, eu mesma pago o que vou beber".  Fiquei pensando em como NÃO GOSTO desta situação no meu dia-a-dia. Desde que comecei a sair nunca gostei de fazê-lo sem grana. Também nunca aceitei que os guris pagassem bebidas ou entradas em eventos. Óbvio que algumas vezes os rapazes pagaram a conta sozinhos, mas não sem algum protesto meu. Alguns amigos argumentavam não ver nada demais em pagar a conta sozinho "afinal de contas somos amigos". Outros acreditam que assim é que deve ser, pois é uma atitude normal e até tradicional. Para eles quem deve pagar a conta é o homem e assumem se sentir muito desconfortáveis quando a mulher paga a conta sozinha. Eu acho que, justamente por sermos amigos não há mal algum em dividirmos a conta. Não fica pesado pra ninguém!
Só que neste "cavalheirismo" em que o homem paga a conta, te pega e te leva em casa, estes dois últimos no tempo dele, é claro, há algo implícito. E me incomoda demais.
Não gosto que os homens paguem a conta sozinhos. Para mim é uma forma de dominação sobre a minha pessoa.  No meu entender a independência financeira é um ponto determinante para a independência da mulher de um modo geral. Não é que a paquera não vá acontecer, não quer dizer que nos encontros a conta deva sempre ser rachada. A questão é que sempre me senti numa situação desagradável quando outra pessoa paga as minhas contas, seja quem for. E mais, me sentia como uma espécie de "propriedade" do pagante, pois muita coisa vem implícita naquele convite "inocente" de pagar uma bebida.
Quando eu comecei a escrever este post e quando li os comentários da minha amiga Anucha e mais precisamente quando comecei a pensar em como me sinto em relação a esta situação, cheguei a pensar que estava falando uma bobagem. Que muitas mulheres e homens (com certeza os 20 seguidores, a quem sou muito grata por lerem meu blog) fossem ler minhas palavras e dizer BOBAGEM, ISTO QUE DIZES É UMA GRANDE BOBAGEM! No entanto, vivemos num mundo machista e que esta sim entranhado na nossa sociedade. E mesmo que conscientemente e tão hipocritamente, como sabemos, se diga através dos lábios que isto não existe mais e que as mulheres "dominaram" o mundo, a verdade é que muitas mulheres se submetem aos caprichos de maridos e companheiros violentos por serem dependentes financeiramente.
Alguns crimes passionais, inclusive, se dão justamente por existir entre o homem e a mulher esta relação de dono e propriedade.
Como fala a Dra. Luiza Nagib Eluf no livro A paixão no banco dos réus* "O crime passional costuma ser uma reação daquele que se sente “possuidor” da vítima. O sentimento de posse, por sua vez, decorre não apenas do relacionamento sexual mas também do fator econômico. O homem, em geral, sustenta a mulher, o que [pg. XIII] lhe dá a sensação de tê-la “comprado”. Por isso, quando se vê contrariado, repelido ou traído, acha-se no direito de matar."

Creio que há base para o meu argumento. Claro que é legal tu sair sem te preocupar com a conta. É óbvio que às vezes a gente gosta de ser paparicada! Só que alguns homens confundem dar um presente com "comprar" a mulher! É como se fosse uma negociação comercial, te levo pra jantar e tu me dá depois. Tá certo que algumas mulheres se vendem! Tenho uma ou duas amigas que só saem com caras que bancam tudo! O que eu acho absurdamente errado!
Fico assustada com a existência de situações como estas ainda hoje! Fico perplexa quando ouço alguém dizer que fulana deve casar com um cara bem de vida para sustentá-la! Na minha cabeça sinto como se voltasse a década de 20, 30, sei lá! Vai saber se o choque maior não é porque fui criada para ser independente? E isto foi uma criação dada não só pela minha mãe, mas meu pai também defendia que eu devia estudar, trabalhar e ser independente desde que eu era criança. Pode ser que esta forma dele agir seja interpretada por algumas pessoas como machismo, também. E até certo ponto é, afinal de contas ele tem mais de 60 anos. A questão primordial é que ele não pretendia, e não pretende ainda, me casar. Não faz parte da ideia dele encontrar um "homem de boa família e situação financeira" que me assuma. Meu pai me criou para que eu não dependesse de ninguém, para que eu fosse dona da minha vida. Claro, ele quer que eu o obedeça, mas isto é outra história.

*Neste link dá pra baixar o livro em PDF.

"Inimigo íntimo" ou "Dormindo com o inimigo"

Sempre fico muito chocada quando leio sobre casos de agressão, morte ou violência. Os casos que mais me chocam são aqueles regados a crueldade, os que acontecem sobre a tutela ou revelia do Estado, os que atacam diretamente as mulheres, as crianças e os idosos. Estes são os que me deixam destruída, pensando que tipo de criatura maltrata uma criança? Todos os outros crimes de violência, sejam eles individuais, sejam aqueles ocorridos em situações extremas (como as guerra) fazem com que o meu sentimento de estar num mundo que vai de mal a pior só aumente. É duro ler tantas notícias a respeito destas coisas. Mas não posso simplesmente virar as costas e hipocritamente, como já ouvi algumas vezes, dizer que as matérias me chocam tanto que não leio mais jornal ou assisto televisão. Me chocam, me machucam e me levam as lágrimas sim, mas faço o possível para que outras pessoas ao meu redor saibam que este tipo de coisa desumana acontece e que é nossa obrigação não permitir que continuem acontecendo. São elas também que não me permitem perder o poder de me indignar.
Eu tenho um grande problema para me manter calada! Aliás, quer me ver revoltada manda que eu fique quieta! Sei que há momentos em que devemos calar, e calo. Mas este momento não é diante de uma injustiça, de uma violência. Não é porque eu não assisto o telejornal que as barbaridades deixam de acontecer. Não é porque meu mundo é tão perfeito ou eu tenho tantos problemas que não posso me importar com um irmão que sofre. Eu tenho um grande problema para me manter calada sim, seja para falar coisas boas, rir e contar piadas, seja para criticar e questionar o que acontece.
Quis deixar isto pra lá, adormecido em algum lugar qualquer do meu ser, mas com o amadurecimento (e espero crescimento como ser humano e espiritual) percebi que não posso me eximir das minhas culpas e ficar, logo agora, calada diante de uma injustiça. Acredito que se as pessoas buscam ajuda junto a mim, mesmo que eu acredite não saber como ajudar, preciso fazer algo, nem que seja apenas escutar. Nunca ficar passiva. Confesso que na maioria das vezes (e estou trabalhando muito para mudar isto) me envolvo demais nos problemas dos outros. Perco sono, me angustio e me irrito demasiado. Desperdiço energia de forma descontrolada e fico com a carga ruim toda comigo. Já me aconselharam, como estou aprendendo a ser espírita*, entrar num grupo de trabalho e estudo da doutrina, coisa que estou determinada a fazer neste ano. Junto a isto também quero fazer um trabalho voluntário. Preciso me organizar e disciplinar, é verdade! Mas atualmente sinto-me um pouco mais... não sei se preparada é a palavra certa, talvez a expressão mais correta seja consciente. Desta forma poderei me dedicar de forma adequada, não só para as questões universais, espirituais, etc, mas as coisas no mundo, que quero sim, que seja melhor. Utopia???
Pode ser... Mas me comprometo a fazer a minha parte e prefiro tentar fazer o melhor.

Agora voltando ao tema que tanto tem me preocupado nos últimos dias... a violência doméstica me assusta bastante, principalmente quando vejo que tem muita gente que culpa a vítima pela agressão que sofre. Mesmo eu, ainda custo a compreender a passividade de algumas mulheres que sofrem violência. Sei que existe uma teia que acaba prendendo a mulher ao agressor. Percebo-a, mas meu coração tão rebelde, tão indignado quer que elas gritem e esperneiem, que vão a luta, fujam de casa, salvem os filhos, salvem suas próprias vidas. E me dói não compreender o medo que elas tanto sentem e o amor que elas tanto tem por estes homens que as agridem. Mas eu não acho que elas sejam culpadas, aliás isto é coisa que não me passa pela cabeça. A menos, claro, que a mulher me diga que no momento do sexo ela aceita tomar uns tapas! Daí sim, eu acho que não tem jeito! Até falei sobre isto aqui. O texto é pequeno até, em relação ao quanto sou prolixa e escrevo muito, mas transmite a ideia que tenho em relação a questão.

Digo que saber que mulheres são agredidas e violentadas diariamente me perturba muito. E passou a me incomodar ainda mais quando soube de amigas próximas que haviam sofrido agressões. Não sou capaz de olhar para qualquer um destes homens que cometeram violência sem sentir nojo! Cresce dentro de mim uma náusea que sob até a garganta, uma biles quente e amarga. E ver (um dos agressores eu conheço) a pessoa sorrindo e brincando é muito difícil.
O mais preocupante é a situação de uma guria que gosto muito, tem uma filhinha e hoje está morando longe dos pais. Ela foi embora, para outro estado, para viver com o pai da sua filha. As vezes até me sinto culpada, pois ela me falou sobre sua decisão e eu acreditei que era uma coisa boa eles viverem e criar a filha juntos. Logo que ela foi as coisas estavam ótimas. Ela sempre falava bem dele, que pagava pensão direitinho, que ligava pra saber da filha, ia visitar.
Um alarme piscou dentro de mim quando soube que ele era da polícia militar do lugar aonde elas foram morar. É sim, eu sempre digo que não tenho preconceitos e luto todo santo dia contra qualquer pensamento preconceituoso que possa invadir a minha mente, tal qual escreveu o Thiago neste post primoroso. No entanto, quando se trata de policiais e mais especificamente militares, eu tenho um pé (ou dois) atrás. Tento fazer algo para espantar o sentimento de que eles são pessoas bem mais violentas do que as outras e que muito disso vem do próprio trabalho. Não pensem que criei esta ideia da minha cabeça não! Tampouco que generalizo. O fato é que a grande maioria dos brigadianos (aqui no sul são a polícia mais conhecida) são pessoas truculentas. Não vou entrar no mérito da questão em relação aos PMs. Mas meu sexto sentido me indicou que algo não era assim tão cor de rosa como parecia com a minha amiga.
Fui percebendo alguns sinais que me alertaram. Primeiro uma discussão que ele teve com ela, por telefone, por estar utilizando o chip que havia comprado para falar com ele para falar comigo. Achei absurdo o bate-boca! Mas ela argumentou que gostava dele, que queria o melhor para a filha e iria tentar a vida com ele. A família dela em peso era contra a mudança, passou o último mês de gestação aqui e ficou até a filha completar um ano de idade. Na visão deles não havia necessidade de ir pra lá, ela estava bem aqui. Mas ela sentia-se obrigada a tentar pela filha, para quem quer o melhor.

Logo que minha amiga chegou na casa dele vez por outra nos falávamos por msn ou gtalk. Então ela começou a me perguntar como fazer para não salvar as conversas no msn e no gtalk, pois ele tinha a senha e lia as conversas dela com as amigas. Foi numa destas conversas que ela me falava sobre como ele era organizado e exigente e ficava irritado com a menina fazendo manha. Ele reclamava das coisas fora do lugar, de brinquedos espalhados pela casa e gritava com a criança, que perguntei se ele era violento. O que ela negou. Só que ele lia nossas conversas daí concluo que ela pode ter negado por isto.
Após ler a meu questionamento, mais tarde, ele perguntou se ela o achava violento. Ao que ela, querendo ser engraçada talvez respondeu com a boa e velha "dependendo do momento um tapa até pode ser bem vindo"!
É o que eu disse acima, para mim não é possível discernir e separar esta coisa de na cama pode tapa e fora da cama não pode. Como escrevi no post (com link lá em cima) sexo é pra ser feito com carinho e amor. Tudo bem, se a pessoa aceita algemas, cinta-liga e chicotes, quem sou eu pra julgar? Não estou julgando ninguém, apenas deixo claro que pra mim não serve. PRA MIM. Quem for chegado tudo bem! Também não tenho como discorrer a respeito do tema, pois não sou psicóloga, nem psiquiatra, não tenho conhecimento necessário para debater a respeito. Apenas exponho o que não gosto pra mim. Mas cada um com o seu fetiche!
É que no caso da minha amiga, que o comportamento dele vinha mudando e a violência vinha num crescendo, não me parece muito inteligente dizer que "dependendo do momento um tapa vem bem". Até porque não está especificado o momento de quem.

E para ela que reclamava que ele saia com os amigos e ela não podia, que ela trabalhava fora e ainda assim ele reclamava muito da casa não estar arrumada, que a comida era ruim, que ela mimava muito a filha e por aí ia... O que tinha ficado demonstrado (pra mim) é que ela tinha aceitado a posição de submissa. Ele mandava e ela obedecia. Bem desse jeito!
Tanto que mais tarde minha amiga também relatou que uma outra mulher, ex-namorada do dito cujo, estava grávida e que ele tinha outras mulheres e mais uma série de coisas. Ele não aceitava que ela se metesse na vida dele. É sim, ele tinha uma vida e ela não deveria interferir. O dever dela era cuidar dele e da casa, quanto ao que acontecia fora, não lhe dizia respeito.
Meu critério para que duas pessoas fiquem juntas é o amor e o respeito que cada um tem pelo outro. Me parece óbvio, não? Portanto, sempre que ela reclamava eu questionava se ela gostava dela e ela dele, como eram as outras coisas, se a ex-namorada interferia na vida dos dois. As respostas eram quase sempre as mesmas, ela gostava dele, ele dela, a ex não interferia, mas ela sentia ciúme do tratamento dispensado a outra e dos cuidados.  Isto até o dia em que ela me relatou que ele havia batido nela. Ela dizia-se envergonhada, que não tinha com quem conversar a respeito, que não sabia o que fazer. A declaração mais chocante foi dele para ela sobre a agressão, que para ele não havia ocorrido pois, nas palavras dele, "se ele tivesse realmente batido nela, ela estaria no hospital"!

Eu disse que ela fosse apresentar queixa e deixasse dele o quanto antes. Fiquei com medo. Mas... como disse não compreendo os motivos que prendem vítima e agressor na mesma teia, só sei que ela existe e é resistente. É preciso muita força para romper com ela. Passaram alguns meses, continuava existindo briga e aconteceu uma nova agressão. O outro filho  já tinha nascido e ele acompanhava a mãe e o bebê ao médico, pagava remédios, enfim... As brigas continuavam! Ela argumentava não ir fazer queixa por ele ser da polícia e que todos na cidade ficariam falando. Além dos bate bocas sempre havia a ameaça de que ele tiraria a filha dela. Com medo disso ela adiava sua separação dele. Mas ela me ligava e falava, queixava-se e eu sempre ia dizendo que ela precisava ir embora. Que esquecesse a vergonha, afinal de contas quem deveria sentir-se envergonhado ERA ELE.
Daí que na última ligação ela me contou que havia conversado com ele e voltaria para o sul. Estava apenas acertando as questões trabalhistas e logo viria.
 Não sei se ela está prestes a vir ou não. Não nos falamos mais desde este dia. Estou preocupada com a sua situação e de sua filha. Fico apreensiva pela falta de notícias e me angustia saber que, infelizmente, é conhecido o fato de que em algumas regiões do Brasil, inclusive a que ela está, acontecem muitos casos de violência doméstica. Tantas que algumas vezes não são nem noticiados como bem escreveu o psiquiatra,  poeta, escritor (e lindo) Jaime Vaz Brasil no texto "Dormindo com o inimigo"**, no Jornal Zero Hora do dia 16/09/2006. Inclusive neste texto ele fala sobre os sinais de alerta sobre a personalidade violenta.
Pesquisei o comentário na Internet, para poder postar o link, no entanto só o encontrei no blog Mme. Mean.

Desejo profundamente que minha amiga esteja bem e que a teia seja rompida de forma definitiva! Estou procurando contato com ela. Espero consegui-lo ainda hoje.

Agradeço a vocês que leram até aqui, pois o texto é realmente longo, mas não há como falar sobre a violência contra mulher sem se estender. É impossível pra mim dizer dos meus sentimentos de forma sintética. No comentário do post anterior a Livia destacou que as mudanças acontecem de forma lenta e muita coisa mudou. Mas ainda tem muito mais o que mudar. A violência, o preconceito parecem estar muito longe de nós porque recebemos as informações pelo jornal ou TV, a verdade é que ela pode estar muito mais próxima do que se pensa. Precisamos parar para observar.

*Estou aprendendo a ser espírita porque para isto é necessário uma grande reforma por dentro e por fora. Desprender de preconceitos, desapegar de coisas, não super valorizar pequenas coisas, aprender a mar... enfim... é uma caminhada. Não basta ir ao centro e tomar um passe para ser espírita. E não é tão somente pela questão espirita religiosa. Vai mais além. Creio que não seja possível ser um espírita, um católico-cristão, evangélico, umbandista, muçulmano, budista ou seja lá qual religião sem ser um SER HUMANO DE VERDADE, MELHOR, CARIDOSO, VERDADEIRO, BOM, JUSTO. Por isto digo que estou aprendendo, algumas vezes erro feio.

** Como não encontrei no link do jornal o texto do Jaime Vaz Brasil, copiei ele do blog Mme. Mean e colo ele aqui embaixo.

Dormindo com o inimigo.


(JAIME VAZ BRASIL in Zero Hora, 17.09.2006)

Até o momento, os indícios são de que o coronel Ubiratan Guimarães foi assassinado por sua ex-namorada. Situação rara, o homem vítima de crime passional. O contrário chega a ser tão corriqueiro, que pode até não dar notícia. Mas os números assustam: são mais de 2,5 mil mulheres mortas no Brasil, por ano, vitimadas por seus companheiros ou ex-companheiros. Mais de sete casos por dia. E a estatística contempla apenas casos comprovados.

Em que pese uma duvidosa paixão (do grego pathos: doença, sofrimento), a passionalidade da maioria desses crimes é premeditada e não deriva apenas - como se poderia pensar - de uma forte emoção momentânea. O homicida passional é geralmente narcisista. A raiz narc significa sono. Daí as palavras narcóticos e narcolepsia, por exemplo. Assim, o narcisista está enamorado de si e também "adormecido em si mesmo". Ao criar o próprio mundo fantasioso (sono para ele, pesadelo para ela), os regramentos desse mundo-umbigo trazem à tona o egocentrismo e os núcleos paranóides, expressos através do ciúme e condutas controladoras.

O perfil geralmente é de um homem com mais de 30 anos, ciumento ao extremo, possessivo e vaidoso. Não raro, está unido a uma mulher mais jovem. Se a paixão pode levar ao crime, é preciso entendê-la como a paixão-doença propriamente dita, com a carga de sofrimento inerente. (Lembremos que a paixão de Cristo significa o seu martírio.) Quando o potencial agressor se sente infidelizado ou abandonado, pouco importará se a infidelidade realmente aconteceu. Do mesmo modo que pensar-se apaixonado é o mesmo que estar apaixonado, pelo menos em atitudes.

O sentimento de abandono que é gerado pela separação pode, nesses caldos de cultura, ocasionar um movimento regressivo do psiquismo. Ou seja: o comportamento volta a ser regido com batutas de primeira infância, onde adormecer no colo da mãe representa - em tese - a maior das seguranças. Mas é exatamente lá que o abandono ilusório arma a trama e a cama do pesadelo: o bebê, ao não ver o rosto da mãe (ou cuidador) no seu campo visual, tende a ler isso como um abandono, pois não possui instrumentos psíquicos para compreender que o mundo existe além do que enxerga. Por isso, cria o seu próprio. E também com suas leis de sobrevivência, pois o bebê humano, se realmente abandonado, não sobrevive. A regressão do homicida chega a esse berço pré-verbal, e ali estende o lençol. Recria o mundo onde abandono e aniquilamento viram sinônimos. A sensação de ser destruído pelo abandonante está intimamente ligada aos crimes passionais. Assim, as reações às pequenas frustrações do cotidiano pode ser um preditor, como em uma regra de três: reagindo de tal forma em uma situação cotidiana simples, como agirá frente a um estressor real e maior?

Os homens agressivos e com maior ou menor potencial homicida costumam dar sinais deste comportamento com certa antecedência. Desde adolescentes. Por exemplo: um jovem acostumado a gritar com a própria mãe, como tratará a futura esposa? No mínimo, repetirá a conduta.

O aspecto machista não pode ser desconsiderado. Vale a lembrança de que Doca Street foi praticamente absolvido em seu primeiro julgamento (1979) e saiu do tribunal sob aplausos, pois a absurda tese da "legítima defesa da honra" saiu vencedora. Felizmente, pela última vez: a partir daquele caso esse tipo de tese não vingou mais. (E, no segundo julgamento, foi condenado.)

Ao contrário das mulheres das classes mais pobres, as de classe média ou alta não costumam acorrer na mesma proporção à delegacia da mulher, por dupla vergonha. Nisso, o fator financeiro também conta no par dominante-dominado: mulheres independentes tendem a tolerar menos as condutas agressivas e o ciúme exagerado.

Se, por um lado, o termo ciúme deriva de zelus, zelumen (zelo em si, cuidado), há que colocá-lo em um gradiente de quantidade. Como o fogo, pode ser muito útil ao homem, desde que na dose certa e com nosso controle sobre ele. Se o fogo assume o comando, o resultado é desastroso. O elemento é o mesmo, mas incêndio sempre é trágico, pois saímos de controladores para controlados.

Quando a mulher se encontra ameaçada pelo parceiro, não deve esperar passivamente que os atos agressivos se repitam. A cronicidade dos comportamentos violentos aumenta a chance de algo maior, ali adiante. É um indicador forte. Especialmente se acompanhado de ciúme exagerado e consumo de bebidas alcoólicas. Esse trio de fatores é de tirar o sono. Contudo, melhor perder o sono hoje do que a vida amanhã.

PS.: As imagens foram retiradas do google imagens.

quarta-feira, janeiro 26, 2011

Little Rock nine - 4 de setembro de 1957

Recebi um email com "45 fotografias históricas". Junto a cada foto veio a data e o momento histórico. Esta aí ao lado, é do dia 4 de setembro de  1957, em Little Rock, Arkansas, exatamente 20 anos antes de eu nascer. A moça da imagem é Elisabeth Eckford que foi acossada ao ir a escola, depois que a corte decretou o fim da segregação racial na educação.  Quando vi a data da fotografia não pude deixar de exclamar: "eu sabia! Algo de importante contra o preconceito tinha que ter acontecido no dia do meu aniversário!". Deve ser a energia desta data, com destaque para a coragem da moça que enfrentou as agressões, a força dos negros que lutaram (e ainda lutam) para vencer a segregação racial e alguns episódios da vida passada (descobertos por acaso) que me dão esta revolta que não me deixa aceitar que este tipo de coisa ainda ocorra. Não é porque alguns dizem que isto não existe, que é normal que devemos aceitar. Hipocrisia é um veneno que só faz atrapalhar. O preconceito é um mal e devemos lutar contra. Quando se clama por leis, não se busca apenas proteção, antes disso se busca o RESPEITO. Não podemos perder a capacidade de nos indignar diante das injustiças, ao contrário do que possam dizer ou parecer, ELAS NÃO SÃO NORMAIS!

terça-feira, janeiro 25, 2011

O trânsito

Não estou desviando do assunto que tanto tem me ocupado, comovido e balançado nas últimas semanas para escrever sobre um assunto que considero importante e é pauta em praticamente todas as cidades. Na verdade fui deixando e deixando pra lá. O motivo de eu escrever é, ao mesmo tempo, os problemas estruturais de trânsito e irresponsabilidade dos motoristas. Não queria escrever, mas não aguento saber que as coisas são discutidas de forma distorcida.
Antes da rótula da avenida Ferreira Vianna (que dá acesso as charqueadas e praia do Laranjal) com avenida São Francisco de Paula ficar pronta  e a duplicação ser liberada, meu pai disse que o canteiro era muito grande e seria o motivo de acidentes. De fato a rótula é bem grande e para quem desconhece a mudança pode se tornar um problema. Pensei que se a sinalização fosse observada e a velocidade respeitada não haveria maiores problemas.
Logo em seguida da liberação soube de um acidente ocorrido na madrugada de sexta para sábado, justo ali, naquele lugar. Concordo que as dimensões da rótula parecem exageradas, no entanto, não posso concordar que a Secretaria Municipal de Trânsito seja culpada sozinha. O acidentado foi salvo pelo airbag do carro importado que dirigia, mas estava sem cinto, em alta velocidade e havia ingerido bebida alcoolica. Certamente para os pais deste jovem a culpa seja somente da má realização de uma obra municipal, que realmente naquele local como em outros tantos pontos da cidade deixa a desejar. No entanto, observando do lado de fora, sem protecionismo, não se pode ignorar a irresponsabilidade do condutor. Para a sorte deste motorista os prejuízos foram apenas materiais. Ele não feriu ninguém. Mas poderia.
Eu não dirijo, não tenho carteira, não tenho carro e transito pelas ruas de carona e a pé. Acompanho a luta de amigos ciclistas que solicitam mais ciclo faixas e apóio as iniciativas tanto para a melhoria do trânsito quanto pela preservação do meio ambiente. Talvez algumas pessoas digam que se não conduzo veículos, não posso opinar quanto a sinalização e as condições estruturais deste. Respondo logo, tenho olhos para ver que algumas coisas funcionariam muito melhor se fossem de outra forma. Por exemplo, o trevo do Big, na Juscelino com Bento Gonçalves, ali deveria existir uma rótula e não aquela coisa que tem ali. Já foram feitas, que eu me lembre duas mudanças no local e continua ruim. Os carros que vem pelo prolongamento da avenida, do bairro, tem que fazer uma super volta se precisar entrar na Juscelino, a menos que façam um gato (o que é comum). O pedestre que desce a rua precisa cuidar os carros que dobram da Bento para a Juscelino e mais os "gateiros". Noutras ruas o estacionamento paralelo não permite que quem está atravessando a rua - a pé ou de carro- enxergue os veículos que transitam. Há buracos, falta sinalização.
Falta fiscalização para que a legislação, como a lei Seca, se cumpram. E falta consciência da população, pois todos nós fazemos o trânsito das cidades o inferno que é. Com uma ajudinha das secretarias que algumas vezes ao invés de melhorar atrapalham. Pedestres, ciclistas, motociclistas, condutores, taxistas, motoristas de ônibus, charreteiros, cada um de nós tem sua parcela de participação, para que o trânsito na nossa cidade flua ou se torne um caos. Como pedestre vamos começar a atravessar na faixa ou aonde tem semáforo. Como motorista vamos respeitar a sinalização. Motociclista não esqueça que também é um veículo e está sujeito as leis. Enfim...

segunda-feira, janeiro 24, 2011

Legitima defesa... da honra????

Com o argumento da legítima defesa da honra no passado muitos assassinatos de mulheres ficaram por isso mesmo, ou melhor, as mulheres, que deveriam ser as vítimas, ficaram como culpadas do próprio assassinato ou agressão. O detalhe é que este argumento não vale para as mulheres. Só tinha direito a "lavar sua honra com sangue" o homem que se considerasse traído. Para as mulheres não valia, sendo que o assassinato não é uma das opções mais escolhidas pelas mulheres que se sentem lesadas. Numa entrevista, há alguns anos atrás, a autora do livro "A paixão no banco dos réus", Luiza Nagib Eluf destacou que crimes passionais são uma atitude geralmente masculina. Na época, inclusive, lembro que ela usava este argumento sobre o caso da morte de PC Farias e sua namorada, aliás não esclarecido.
Ouvi e li outras pessoas que reforçam o argumento de que crimes passionais são, em sua maioria, atitudes masculinas. Mas o mundo vai evoluindo através dos anos e a gente pensa que as pessoas também.
Sim, muita coisa mudou. Algumas leis de proteção feminina surgiram, uma sob a denominação de Maria da Penha. A intenção seria apressar a prisão de homens que agridem as mulheres e evitar a possível morte delas. No entanto, algumas revisões legislativas sob o parecer de alguns juízes pode colocar em perigo a efetiva funcionalidade de tal lei. A 6ª Turma do STJ "entendeu que processos envolvendo a Lei Maria da Penha podem ser suspensos condicionalmente por até quatro anos". Este entendimento me parece bem estranho, já que a função/objetivo da lei era o de acelerar e endurecer as penas em relação a violência doméstica.
Fico pensando comigo... as penas em regime semi-aberto de crimes como assaltos, homicídios, lesões corporais ou tráfico de drogas são problemáticas! O sistema penitenciário, como bem sabemos, não recupera ninguém. O endurecimento das penas para este tipo de crimes é importante, e são reivindicadas por todos afinal, atingem a sociedade de forma geral e preocupa a todos. Mas as reviões destas penas, assim como a condicional são cheias de falhas, o homem que foi recolhido não tem como ser recuperado em cadeias super lotadas e quando saem para o semi aberto acabam voltando a vida de crimes.
Já a violência doméstica... bem, este crime atinge de forma direta as mulheres e por muito e muito tempo foram considerados problemas particulares, que deveriam ser resolvidos entre marido e mulher dentro de quatro paredes. Então, vejamos... uma legislação que visa proteger as mulheres que vivem sob o mesmo teto que seus agressores e que tem a intenção de punir e prevenir os homicídios com raízes dentro dos lares não pode ser alterada de forma tão leviana, mesmo que seja realizada por juízes e magistrados.
Quando li a matéria sobre a suspensão dos processos fiquei muito fula e perplexa. Porque não basta a mulher estar sendo agredida dentro da própria casa, ser violentada e violada. Ela precisa ter força e muita coragem para romper o medo e a vergonha de expor suas marcas e revelar o quão difícil foi sua vida. Para o homem nada fica feio, enquanto que para a mulher, ser espancada, ser a vítima de uma situação de abuso ainda é considerado feio. E ao invés de romper o silêncio ela se esconde. Mesmo sendo a vítima ela é vista com a culpada pelo ocorrido.
A suspensão poderá se dar conforme o comportamento do acusado. A pergunta que não quer calar... como poderão saber e mais GARANTIR a segurança da mulher agredida?
Como não bastasse há juízes que argumentam que a lei não se aplica em caso de legítima defesa. Mais uma vez sou obrigada a questionar... o que é legítima defesa em relação a uma agressão feminina? Não são os homens mesmo que dizem sermos o sexo frágil? Um tapa no rosto respondido por um soco é legítima defesa? Qual é a defesa da mulher que é tratada como objeto? Como podem se defender se mais uma vez é preciso superar o preconceito e provar que ela é a vítima? Um chute no saco é considerado legítima defesa a um estupro ou os senhores juízes dirão que o chute pode ser defendido com estrangulamento? Porque, com certeza, ainda hoje a mulher vítima de estupro ainda passa pelo constrangimento de responder sobre a roupa que estava trajando e porque andava em tal lugar que a deixou vulnerável.
Estas mudanças me parecem a reafirmação de que os homens continuam podendo lavar sua "honra com sangue", enquanto que à mulher cabe o lugar de provocadora/responsável pela sua própria agressão. Estas revisões são retrocessos claros e absurdos! E embora tenham acontecido avanços, o sexo feminino tenha conseguido chegar a postos mais altos de poder, na verdade ainda há quem acredite que nós só chegamos lá por que eles deixaram.

PS.: Desculpem os advogados e advogadas que possam ler este blog, não sou entendida em leis, aliás, geralmente não compreendo como argumentos tão frágeis conseguem chegar a absolvição. Ouço falar em brechas na lei e são justamente estas tais brechas que sempre vencem e me assustam. As tais "brechas" me fazem ver um mundo injusto demais, apesar de uma legislação farta que pretende nos proteger.

sexta-feira, janeiro 21, 2011

Perseguições, olhares invasivos, medo...

Quando escrevi o post anterior em que minhas amigas relatavam sobre homens que desrespeitam mulheres sozinhas na rua tocando seus corpos de forma indecente, puxei pela memória para lembrar se havia acontecido algo assim comigo. Eram tantas pessoas comentando, minha mãe mesma relatou de uma vez que ia pela rua e aconteceu. Minhas primas, tias, amigas, todas tinham uma história sobre a constrangedora situação e do sentimento inexplicável que fica. É um misto de vergonha, medo, raiva, nojo, impotência, insegurança...
Puxando pela memória (e isto demorou pois estava evitando acessar o arquivo de lembranças tristes) lembrei de uma vez em que estava participando de um almoço do Sindicato de Couros e Peles aqui em Pelotas.  O lugar estava cheio, muitas famílias, crianças e homens bebendo. Quando fui a copa comprar um refrigerante um dos "bêbados" encostado ao balcão puxou assunto, mas eu não respondi, apenas me arredei mais para o lado, enquanto esperava ser atendida. Ele então, sem respeitar a mim ou a qualquer outra pessoa por ali, passou a mão pelo meu cabelo e foi descendo até a minha bunda. Se meu olhar tivesse raios com certeza ele teria sido fulminado na hora!
Quando me virei minha mãe estava próxima de mim, mas ela não é dada a discussões e barracos. Diferente de mim que, mesmo sendo contra a violência, entro na briga. O mais absurdo da história, pra mim, é que eu tinha uns doze anos era uma criança!  Pensa que aquela aberração pediu desculpas??? Claro que não! Pois como todo o criminoso, na sua doentia mente pensa, a culpada sempre é a vítima.
Mas este não é  o pior caso ou o que me causou mais pânico.  Próximo a minha casa vivia um sujeito mal encarado, daqueles que olham pra gente de um jeito que dá medo! Tipo os tarados dos filmes e novelas, que causam asca só de olhar! Este cara, praticamente meu vizinho, me perseguia. Eu tinha tanto medo dele, que evitava sair na rua, não gostava de ir a venda que ficava na esquina, quase em frente a casa do dito cujo. Se bem que... ele sempre estava na esquina, na rua, de bicicleta.
Uma vez precisei ir ao bar, não lembro buscar o que, no entanto lembro o medo que senti quando voltava pra casa e ele vinha atrás de mim dizendo barbaridades, palavrões e todo o tipo de coisas que pretendia fazer comigo. Entrei no portão da minha casa como um vento! A cara de pavor e as lágrimas escorriam pelo rosto! Havia contado para minha mãe que não gostava daquele cara. Era hora do almoço, meu pai tava em casa e eu tinha medo de dizer pra ele o que o nojento fazia e ele rebentar a cara do dito... Mas naquele dia não dava pra disfarçar. Então meu pai me levou a rua e perguntou quem era o cara, eu apontei e ele disfarçando como se não entendesse do que se tratava.
Meu pai, meu herói, foi pra cima dele e disse: "ela é minha filha, ela vai andar na rua e tu nunca mais vai nem olhar pra ela! Se ela falar que tu disse uma palavra, eu te arrebento a fuça!". Não sei dizer a sensação que tive, morria de medo daquele cara e olha que era muito novinha, não tinha nem ideia das coisas nojentos do que ele falava. Agora mesmo comentando com minha mãe a sensação de nojo volta e ao falar, um pouco exaltada com a lembrança, ela diz que não vale a pena, que uma pessoa como esta não merece raiva ou nojo, merece o esquecimento e o desprezo. Concordo que guardar raiva ou ódio não serve de nada pra gente, só faz mal. Por outro lado, deixar pra lá coisas assim não significa "permitir" que sujeitos como este sigam fazendo o mesmo com outras pessoas, ou melhor, com crianças?
Não desejo mal a ele! Graças a esta situação me tornei uma pessoa ainda mais atenta nas ruas. Por mais que pareça distraída não deixo de cuidar quem vem atrás ou a frente quando caminho, passo longe de homens parados na calçada, atravesso a rua sim, me desculpem os homens decentes. Por que as palavras não machucam, mas agridem. Que consciência tem uma criança de sete, oito anos sobre sua sexualidade? O que pode fazer uma menina desta idade que provoque ou seduza um homem? É absurdo quando sabemos de casos de violência sexual com crianças, mas quantas pessoas dentro da própria casa sofreram constrangimentos com tios ou primos e nunca falaram por serem parentes, por serem mais velhos? Uma professora certa vez comentou de um tio que ela e as primas viviam fugindo por ser "meio tarado"!
Minhas reações em situações como esta podem ser as mais diversas, como já foram. Já corri, já fiz que não ouvi, já respondi. E uma vez, quando o tarado não contente em dizer coisas e falar besteira, arriou as calças até os tornozelos, veio pra cima de mim com o membro a mostra. Bati nele de sombrinha! Não aconselho, afinal... ele poderia ter me batido e feito o que queria! Era de manhã cedinho e na parada de ônibus aonde eu estava não havia ninguém. Talvez minha reação tenha sido um choque pra ele, por isto vestiu a calça, pegou sua bicicleta e fugiu.  Eu acabei voltando pra casa! Com as pernas bambas e as mãos tremendo. Que pavor!
Minha sorte foi ter tido presença de espírito e proteção do meu São Jorginho! Mas quantas mulheres, meninas, crianças não tem a mesma sorte? Quantas não tem tempo de fugir?
Começamos falando das grosserias que escutamos pelas ruas e nos fazem tanto mal e acabei chegando aqui, na violência criminosa que alguns cometem nas ruas. É o atentado ao pudor, a agressão sexual que levam a mulher a pensar que foi a causadora de tal atitude  por estar vestindo uma calça mais justa, uma saia curta ou um decote mais "ousado". Em algumas situações, pela criação e pelo comportamento machista da sociedade achamos que a culpa é da mulher. "Também com aquela roupa"!
Quantas vezes não escutamos isto. Não foi exatamente o que ocorreu com a Geisy Arruda? Quer dizer que ela é a culpada por ter sido ofendida?
Eu acho que nós mulheres devemos nos dar ao respeito e exigir respeito. Eu particularmente não gosto de roupas curtíssimas ou ultra justas. Mas o fato é, que não são as roupas as culpadas por uma violência sexual. Afinal o que de ousado veste uma menina de 5 meses, 2 anos?  As fraldas?????
Não são as roupas que devem mudar, mas nosso pensamento.

quinta-feira, janeiro 20, 2011

As palavras são sujas e as mãos invadem desrespeitando totalmente

Existem situações na vida de uma mulher que... por mais que o homem se coloque, ou mesmo passe por algo semelhante, jamais saberá como aquilo nos atinge. Primeiro, não saberá porque, por mais "descaradas"* que algumas mulheres estejam sendo hoje em dia, a abordagem que elas fazem é totalmente diferente da maneira como um homem faria. E quando acontece o incômodo se dá mais pela audácia da mulher e por ela se colocar diante dele como igual do que propriamente por alguma palavra ou atitude feminina.
Para nós mulheres, as maneiras e abordagens causam sentimentos e sensações diversas não porque somos confusas, como muitos apregoam. Tem a velha história de quando se está com baixa estima deve-se passar por uma obra e aproveitar os "elogios". Elogios? Homens jamais compreenderão porque em algumas situações aquela palavra pode salvar teu dia e noutro ser a gota d'água que faltava para transbordar os hormônios e nossa sensação de "não sou nada" se apossar de vez do nosso pensamento.
Não é o olhar para o nosso corpo que nos constrange, mas a forma. Não é o fato de o homem ser um trabalhador braçal que torna o elogio uma grosseria, mas o que se diz, como e com que intenção. Alguns fazem questão de dizer coisas para mostrar o quanto são ousados, como são "os bons"!
Depois de ler este texto da Lola, que pede que passemos a tornar "TORNAR GROSSERIAS NA RUA INACEITÁVEIS" fiquei pensando, embora ouvir certas coisas nos dá uma sensação de sujeira, tem atitudes que nos desrespeitam ainda mais.
Ontem mesmo na aula de dança a professora comentava uma situação pela qual, se não passamos conhecemos uma amiga que já sofreu este tipo de abuso. Ela falava que durante sua caminhada estava indo pela calçada e vinham atrás dela três caras de bicicleta e a colocaram literalmente contra a parede. Num primeiro momento, explicou ela, pensou que fossem lhe assaltar, pois cercaram-na. Foi quando um deles enfiou a mão na bunda dela e saiu gargalhando pela rua.
Depois disso seguiram os comentários das colegas, cada uma contando uma situação diferente e um local diferente, mas todas elas repetindo a mesma sensação do quanto ficamos vulneráveis numa situação destas, da raiva que dá, da vergonha de outros olhando aquilo, da impotência que sentimos por não saber como reagir ao abuso. Outra amiga falou que certa vez a criatura lhe deu um tapa tão forte na nádega que sentia dor ao caminhar. Uma prima comentou ter sido vítima da situação quando estava grávida. E por aí vai...
È uma questão de respeito! No blog da Lola li alguns comentários de homens dizendo que queremos abolir a cantada, mas não é nada disso. Elogiar uma mulher não é dizer (como também já ouvi relatos) numa festa ou na rua que "está de pau duro"! Será que quem diz isso percebe o quanto uma mulher se sente humilhada ouvindo isto? "Ah! Mais tô dizendo que ela é atraente, é gostosa!".
Não amigo, não esta dizendo nada disso!! Está dizendo tu só serve pra transar, te vejo apenas como um objeto sexual, nada mais.
Como reagir a uma grosseria? Responder ao cara e ficar a mercê de sua reação? Ficar quieta e engolir as palavras a seco tentando não pensar mais no assunto até passar por outro que te diga coisa parecida? Se não sabemos reagir as palavras como poderemos reagir quando um cara passa por ti e invade teu corpo deste jeito?
Uma conhecida reagiu ao assédio, correu atrás do homem que estava de bicicleta e o derrubou. Detalhe, o homem já tinha cabelos brancos!
Óbvio que a reação não é responder com mais grosserias ou com agressões, até porque sabe-se-lá o que um sujeito destes não é capaz! Mas é manter a indignação ao saber de coisas assim, é exigir respeito, é não esquecer que abusos como estes não são normais. É lembrar sempre de que não somos nós que devemos mudar, mas os homens que fazem este tipo de coisa é que devem.

*Descaradas são as mulheres que assumem seus gostos e sua independência, admitem gostar de sexo e fazê-lo sem "compromisso".

quarta-feira, janeiro 19, 2011

"Dia do Focinho Gelado"

Cartaz do 2º "Dia do Focinho Gelado"
Para quem é fã de animais e já está com a casa cheia sem saber como continuar ajudando, taí uma boa dica.
Recebi por email o texto da Paula Soares Ferro, secretária da SOS Animais que está promovendo o evento junto com a Sorveteria Zum Zum do Laranjal. Segue abaixo o texto dela:

"Olá, amigos!

A SOS Animais e a Sorveteria Zum Zum do Laranjal estarão promovendo no dia 30/01, domingo, a 2ª edição do "Dia do Focinho Gelado". Nesse dia, a cada sorvete comprado na Sorveteria Zum Zum do Laranjal (Av. Antonio Augusto Assumpção, 8953), parte da renda reverterá para que a SOS Animais possa fazer alguns focinhos mais felizes. O horário de funcionamento da sorveteria é das 12h às 24h.

Avisem parentes, amigos, colegas, todo mundo! E não deixem de passar na Zum Zum do Laranjal para saborear 'aquele' sorvete especial, com gosto de solidariedade!
Também haverá produtos da SOS Animais à venda e distribuição de material informativo.
Aguardamos todos lá!



Paula Soares Ferro
1ª Secretária
--
SOS Animais Pelotas"

terça-feira, janeiro 18, 2011

Adendo ao post anterior

Gente, eu só usei Brasília como um exemplo porque lembrei dos casos semelhantes que ocorreram. Mas, apesar dos políticos safados que vivem lá. Gosto da cidade e tenho ÓTIMAS recordações do distrito federal. Conheci lugares lindos e pessoas maravilhosas!!!!
Perdoem se magoei ou ofendi alguém, não foi minha intenção!

Coisas que se repetem

Uma marca que tenho de Brasília é a de que as coisas acabam se repetindo de forma muito parecida por lá. O bom seria se estes acontecimentos que se repetem fossem coisas boas, mas... infelizmente só consigo lembrar de coisas ruins. A primeira vez que fui ao Distrito Federal assisti na casa do meus ex-sogros a notícia de um ciclista (atleta profissional) que durante seu treino foi atropelado. O caso foi grave! Um ano após o acidente o mesmo cidadão, quando voltava aos treinos, já recuperado, sofre novo acidente enquanto treinava. Ele teve sorte! Apesar de ter que ficar de repouso, de ter tido fraturas.
A mesma "sorte" não teve a moça que foi queimada pelo namorado dentro de um carro. E ontem assisti ao vídeo de uma notícia em que o marido jogou álcool sobre a mulher e sobre ele e ateou fogo.
Não é um preconceito com Brasília! Apenas peguei o exemplo da cidade por ter mais viva na memória as lembranças destes acontecimentos semelhantes.
Mas ultimamente algumas ações que se repetem tem me assustado muito. Vai ter quem diga que a diferença é que agora os casos são mais noticiados. No entanto, me impressiona a quantidade de casos de violência contra a mulher que acontecem no mundo todo e tenho lido na internet. Coisas graves, situações cada vez mais corriqueiras e que muitas vezes tiram a vida de mulheres jovens deixando crianças órfãs.
O último caso que comentei ocorrido lá em Brasília é um destes, os pais morreram e ficaram os filhos.
Vejo pela internet pessoas taxando as críticas, as reclamações, as exigências de respeito pela mulher como um #feminismo exacerbado, como se exigir respeito fosse algo de vergonhoso e contagioso, pois tratam as mais ferrenhas ativistas como pessoas... sei lá, leprosas, que contagiam as outras que entram em contato. Desde quando ser respeitado e exigir isto é errado? Quando foi que começamos a ficar tão desumanos?
Como podemos ouvir a notícia de que um marido espancava a mulher e os filhos e achar que isto é normal?
Mas as coisas se repetem e as pessoas crêem que o fato de repetir-se as tornam normais! As leis existem no entanto... casos absurdos, que poderiam ter sido evitados com seu cumprimento, continuam acontecendo. Quantas notícias lemos no jornal de que a mulher apresentou queixa, saiu de casa, fugiu e ainda assim o homem a perseguiu e matou? Acaso uma restrição ou advertência de que não pode chegar 200 metros para alguém que ameaça a mulher com revólver ou faca impedirá que ele realize seu intento?
Não parece muito mais lógico cumprir a lei do que dar um jeitinho na família destruída?

terça-feira, janeiro 11, 2011

O lixo que não é colocando no devido lugar

Olhando as fotos dos alagamentos  em São Paulo pensei na minha cidade e nos pequenos, em relação a Sampa, alagamentos que ocorrem por aqui nos dias de chuva intensa. Já tivemos enchentes marcantes, uma derrubou um candidato a prefeito com o vazamento de um áudio gravado enquanto visitava a área atingida. Anteriores a esta, era comum encher na zona que meu pai costuma chamar de gasômetro e que fica lá pros lados do porto e do navegantes e que fica próximo ao canal.  Nesta época ele auxiliava na retirada do pessoal dos locais atingidos.
Ainda hoje, por aqui, as canaletas não dão vazão a água que lava as ruas. Sempre fico irritada com as esquinas alagadas por onde não consigo passar com minhas pernas curtas, mas principalmente por constatar que metade é por culpa das pessoas que jogam lixo de forma aleatória pelas ruas, o que vai desde baganas de cigarro até sofás velhos, passando (claro!) pelas famosas garrafas pets e sacolas plásticas.
Costumamos, na minha casa, ensinar as crianças a não jogar lixo na rua, a não maltratar animais e a não quebrar árvores. A lição é bem compreendida pelos pequenos, tanto que nos finais de semana vamos para o arroio próximo a nossa casa lá fora e eles juntam latinhas e garrafas que outros visitantes mal educados deixaram. Não somos um exemplo de perfeição, mas procuramos deixar o lugar, que é lindo, do mesmo jeito que o encontramos e nosso lixo vai pra casa, para ser queimado no fogão a lenha ou trazido para a cidade para ser reciclado.
Alguns locais aqui em Pelotas são adotados como lixões! A rua Cassiano, próximo ao colégio Dom João Braga é um exemplo. Ali (até já fiz um post sobre isto) são despejados uma série de detritos, sofás, televisões, aparelhos eletrônicos queimados, papéis e por aí vai... Uma vez fiquei com raiva, ao ver um senhor parar o carro e jogas várias sacolas no terreno. Se não tivesse recolhimento de lixo nos bairros eu até, faria um esforço para entender, mas não é o caso. Os moradores dos locais mais pobres aonde, pode ser que não passe o caminhão do lixo, não entram em seus carros, atravessam a cidade para jogar o lixo num terreno baldio. Eles é possível que amontoem no fundo de suas casas, ou até joguem pelo bairro.
O lixo deve ser encarado como um problema de saúde pública, afinal de contas pode vir a causar várias doenças.
Olho para trás e lembro de um tempo quando garrafas plásticas não existiam. Não faz tanto tempo e percebam, quanto estrago podem causar! Olhem  para as imagens das ruas, não precisa ser São Paulo, olhemos Pelotas e vamos ver quantas garrafas bóiam no pepino. E as sacolas que voam em dia de vento?!
Sim, o poder público precisa fazer a limpeza dos canais, retirar o entulho de lugares inadequados e por aí adiante, mas os cidadãos também tem que assumir sua responsabilidade.

Estou falando da situação aqui de Pelotas, não posso opinar em relação a Sampa, até porque desconheço os problemas de lá.

Na minha opinião... foi uma atuação vergonhosa

As notícias são de que Ronaldinho Gaúcho fechou contrato com o Flamengo. Após vários dias de discussão, debates e polêmicas! Respeito a liberdade dele de jogar e assinar  contrato seja com que time for, pra falar a verdade, para mim seria indiferente. Mas profissionalmente a atuação omissa de Ronaldo e a maneira como seu irmão e empresário agiram foi muito ruim para a imagem dele. Embora Assis pareça não estar nem aí e pronto.
Algumas coisas me pareceram desrespeito, como ter deixado que a diretoria do Grêmio organizasse sua recepção e na última hora, ou passado da última hora não ter aparecido.

Na minha modesta opinião a atuação foi vergonhosa.  Embora não concorde muito com o Pelé, acho que os jogadores de futebol deveriam aprender com ele e sair de campo antes de estarem numa situação difícil. São tantos escandâlos nos quais envolvem seus nomes que a situação fica ruim e seus nomes acabam sendo lembrados apenas pelas polêmicas nas quais se envolveram.
Ronaldinho devia se lembrar de que já está em fim de carreira e deixar que Assis atue desta forma em seu nome apenas queima o filme.

sábado, janeiro 08, 2011

Acontecimentos da primeira semana do ano

Algumas pessoas dizem que as coisas simplesmente repetem se dia após dia como de forma mecânica. No entanto, nenhum dia é igual ao outro. E mesmo os finais de ano que vem das festas nostálgicas de natal e reveillon são distintos. Minha primeira semana foi sim atípica, quem me conhece mais de perto sabe bem do que falo. Mas não é sobre mim este post, tampouco os temas que busca tratar por aqui.
Nosso ano começou cheio de esperanças pela posse da primeira mulher presidente do nosso país. Uma mulher, ex-guerrilheira,com uma forte ligação  e uma presença marcante na história recente do Brasil. A expectativa das pessoas se dividem entre aqueles que tem esperança pela novidade de uma pessoa como Dilma Rousseff estar na presidência e aqueles que descrentes da política e das pessoas pensa que governos de esquerda são coisas ruins. Eu de meu lado não formei nenhuma opinião, mas prefiro ser otimista e como tal fico com a esperança de que coisas melhores  virão!

No entanto, mesmo nutrindo esta esperança, não gosto muito da ideia de ter Michel Temer como vice-presidente. Perdoem-me os militantes e partidários do PMDB, mas depois de tantas denúncias e polêmicas tenho o pé atrás.

Já, pelo o ex-vice presidente José Alencar tenho bastante simpatia. Observo sua luta pela vida e saúde entrando e saindo do hospital. Cada alta hospitalar é uma vitória. É certo que sua condição financeira é determinante para manter sua saúde e ter acesso aos tratamentos mais modernos. E, com uma declaração de que "gostaria que todo o brasileiro tivesse a oportunidade que o vice presidente tem de lutar contra o câncer com os melhores tratamentos", ele garantiu minha solidariedade. Embora isto não chegue a significar grandes coisas.

Da posse fiquei apenas com uma dúvida... Marcela Temer causou tanto falatório por ser uma mulher bonita ou foi só por conta da grande diferença entre ela e o marido?

Assine a petição

Está rolando um abaixo-assinado para equiparar o reajuste dos professores com o dos deputados e senadores. Já assinei, é rápido e simples, basta clicar no link e pronto.
http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2010N4645

quarta-feira, janeiro 05, 2011

Multiplica Xavante

Recebi por email enviado pelo querido amigo Pato Peil. Para a Xavantada que tem interesse em levar o nosso time além do coração é só ver como se associar.




Multiplica Xavante

Centenário com dez mil sócios vai ser outra história





A torcida rubro-negra não poderia ficar de fora da maior festa da história do Grêmio Esportivo Brasil: o Centenário Xavante. Por isso, o Depto de Sócios e o Depto de Marketing do clube se uniram para tornar o mais aberto possível o acesso dos torcedores ao quadro social. Na campanha ‘Multiplica Xavante’, novas categorias e novos benefícios foram criados para que cada integrante da ‘maior e mais fiel’ possa fazer parte desse capítulo tão importante na vida do time do coração.

O grande anseio dos dirigentes é atingir a expressiva marca de dez mil sócios até o fim do ano. Por isso, além das modalidades já existentes (Sócio, Sócio Especial e Sócio Mirim), desde o início desta semana também estão disponíveis as seguintes categorias:



SÓCIO FAMÍLIA

- Tem todos os benefícios de ser sócio, mas ainda pode incluir os familiares (esposa e filhos de até 17 anos) no plano, e com valores decrescentes.

MENSALIDADE: Titular: R$ 30,00

1º Dependente: R$ 15,00

2º Dependente: R$ 10,00

3º Dependente: R$ 5,00



SÓCIO SÊNIOR

- Para quem tem 65 anos ou mais, o clube da Baixada oferece uma categoria especial, que contempla valores mais acessíveis e as mesmas vantagens de qualquer outro associado.

MENSALIDADE: R$ 20,00



SÓCIO JUVENIL

- É a categoria mais indicada para quem ainda não completou a maioridade. Destinada para jovens entre 13 e 17 anos, esta modalidade oferece taxa reduzidas e os mesmos benefícios do sócio normal.

MENSALIDADE: R$ 15,00



SÓCIO SEM FRONTEIRAS

- Exclusiva para quem mora e tem endereço comprovado em localidades distantes mais de 100km de Pelotas, esta categoria é para quem não deixa a distância diminuir a paixão pelo rubro-negro.

MENSALIDADE: R$ 20,00



Além das novas categorias, comodidades como débito em conta, pagamento pela internet e sistema de boleto bancário também serão disponibilizadas nas próximas semanas. O acesso aos jogos será ainda mais facilitado com a instalação de novas catracas eletrônicas, e os sorteios mensais ficarão mais robustos a partir de prêmios especiais para os sócios em dia.

- Essa campanha de sócios, pelo que sempre acompanhei no decorrer dos últimos anos, é a mais abrangente do que diz respeito a categorias e modalidades. Portanto, acho que a participação do torcedor pode se dar de duas formas: acompanhando jogo a jogo e aderindo a campanha, se associando ao clube. Vamos unir forças desde o inicio. Todos juntos no objetivo tão desejado que é o acesso à Série A (do Campeonato Gaúcho) – disse o Presidente André Araujo.

Para se tornar um Sócio Centenário de Coração basta comparecer na Central do Sócio (no estádio Bento Freitas) ou na loja Tribo Xavante (Rua Sete de Setembro, 244), portando Carteira de Identidade, CPF e o pagamento da primeira mensalidade. Vale lembrar também que há uma taxa para a confecção do cartão eletrônico estipulada em R$ 15,00 para a categoria Especial e R$ 10,00 para todas as demais modalidades. Em breve as adesões também poderão ser feitas pelo site do clube.







terça-feira, janeiro 04, 2011

Projetos de Lei aos quais devemos acompanhar

Com certeza tu já recebestes na tua caixa de email um texto falando que existe um projeto de lei que visa retirar a cobrança da tarifa básica do telefone. É bem possível também que já tenha recebido outros tantos emails dizendo que isto é um mito da internet. No entanto... resolvi dar uma bisbilhotada básica nos projetos de lei no site da Câmara dos Deputados e qual não foi minha surpresa?! Existe sim. É o PL-5476/2001, de autoria do dep. Marcelo Teixeira do PMDB/CE. A apresentação da proposição foi em outubro de 2001 e ainda está sujeita à apreciação do Plenário, que, segundo um email que recebi hoje, está para acontecer nos próximos dias. No email fala-se numa enquete para saber sobre a opinião da população em relação a isto. Basta ligar para o telefone 0800-619619 teclar opção 1, novamente opção 1 e por último opção 1. A ligação não pode ser feita a partir de telefones celulares. Eu tentei ligar de clular e não deu, depois liguei do telefone fixo e dei a minha opinião, bem rapidinho. O horário de atendimento é das 8h às 20h de segunda a sexta feira. Opine! Participe!

Outro projeto no qual sua opinião pode ser decisiva é o que prevê 14º Salário para professores. O PLS 319/08 é de autoria do senador Cristovam Buarque PDT - DF. A emenda foi incluída ontem, dia 3, em pauta de reunião. Mas clicando aqui tu podes opinar se és a favor ou contra o 14º salário para os professores. Também recebi por email de um dos meus muitos amigos "Sôres". Já cliquei no sou a favor. Participe isto é cidadania!