terça-feira, dezembro 21, 2010

"Se dirigir não beba, se for beber me convide"

Algumas vezes caminhando pela rua eu me sinto como o Pateta naquele desenho dos carros. Percebo algumas pessoas como ele, ao volante agressivas e impetuosas e fora dele frágeis e desprotegidas. Eu não dirijo, não tenho carteira de motorista e não tenho carro. Sempre brinco dizendo que se um dia resolver ter um carro, terei um motorista e unirei o útil ao agradável e necessário. Por enquanto... faço como a Angélica, logo no início da carreira e... "vou de táxiiiiiii, cê sabe..."
Logo que fiz 17 anos meu pai disse que começasse a fazer auto escola. Como diz um amigo meu, tive tantas aulas que já estou contando horas de vôo. Brincadeiras a parte o assunto é muito sério. Não tirei a carteira, desisti depois de algumas reprovações. Não me envergonho, é melhor, afinal... gosto muito de beber e isto eu aprendi, bebida e direção não se deve misturar.
Mas andando na noite, saindo para barzinhos e botecos o que vejo são muitas pessoas com o copo na mão e a chave do carro no bolso. Não importa grau de instrução, modelo do carro, idade entre outros detalhes. É bem verdade que homens, entre 18 e trinta e poucos anos são os mais afetados pelas estatísticas que envolvem acidentes de automóveiss e mortes de um modo geral. O que contribui para uma outra estatística, o maior número de mulheres em relação aos homens.
As regras básicas de trânsito acabam sendo encaradas pelos motoristas apressados como um empecilho, um atraso no seu percurso. Motociclistas arriscam sua pele, literalmente, para chegar mais rápido em seus destinos. Entregadores cortam a frente dos carros, quebram espelhos, costuram em meio aos carros e andam pela esquerda, pela direita, pelo meio, de cima, de baixo, de todos os lados e enlouquecem quem está no volante de um automóvel. Os pedestres também arriscam suas articulações quando esperam para atravessar na rua ou transitam fora da faixa, com o sinal fechado para eles ou sem olhar. Alguns ciclistas, mesmo com ciclofaixa andam de forma louco e imprudente.
Não quero generalizar, em relação a nenhum destes "seguimentos", no entanto a irresponsabilidade e falta de educação existem em todos eles. Sempre fico pensando para onde vão com tanta pressa? Porque tanta impaciência? Porque  param na faixa se ficarão intimidando os pedestres com aceleradas sucessivas? Porque os ciclistas andam na contra mão?
Sim, sinto-me o Pateta e não me atrevo a atravessar nem na faixa quando não tenho certeza de que todos os carros pararam. Uma conhecida minha foi atropelada em frente ao Hospital São Francisco de Paula, sobre a faixa de segurança por um motociclista e os carros estavam parados para ela passar. Depois de algum tempo internada em estado grave está se recuperando, mas bem podia ter morrido. O trânsito está louco, como muitas outras coisas estão loucas no mundo. Não é culpa dos carros, embora eu ache que se a lei determina 80km/h numa BR porque os fabricantes os fazem para andar a mais de 100?
Beber e dirigir é uma falta gravíssima neste roll de imprudências. Muitas vezes num acidente envolvendo um motorista embriagado morre uma família inteira. Estamos no final do ano e as festas sempre envolvem algum tipo de bebida de álcool, proponho que façamos um acordo, neste Natal e ano novo "se for dirigir não beba e se for beber me convide", mas depois a gente vai de táxi.

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