terça-feira, setembro 26, 2006

O videogame que mata

Confesso, não sei jogar videogame. Não sei, nunca aprendi e não consigo me imaginar ficar horas e horas na frente da tevê apertando um botão que não vai resultar num texto ou em alguma coisa que eu possa usar mais tarde. Quando eu era criança os videogames eram caros, o mais perto que cheguei de um foi jogar uma vez o come-come ou aquele dos aviõezinhos no aparelho do meu primo mais velho, que era um “atari” (se não me engano). Quando meu irmão caçula ficou um pouco mais grandinho ganhou um que dividia com o mais velho (que joga intermináveis partidas de futebol e outros temas no computador), mas eu nunca cheguei perto do “bichinho”. Mas, há um tempo atrás uma sobrinha “postiça” tentou me ensinar a jogar o super Mario´s. Só que eu sou por demais descoordenada e sem a menor paciência de apertar os botõezinhos, aqueles.
Até não acho que todos os adolescentes que gostam ou são viciados em jogos eletrônicos são assassinos potenciais, no entanto existem pré-disposições de cada um - isso sim pode fazer com que alguém saia por aí matando as avós, mães, filhas, pais e colegas de escola. Porque soma se a pré-disposição o estresse diário e a desmantelação da família - não do casamento, mas da família, dos cuidados que os membros do mesmo clã tem uns com os outros, do carinho, da fraternidade, da troca e do crescimento que ter laços ocasiona.
Em alguns lugares há jogos proibidos para menores de 18 anos. Existem também conselhos que são contra os videogames. Óbvio que - como tudo o que é DEMAIS - pode fazer mal, mas não dá para generalizar. E ao mesmo tempo é necessário investigar os benefícios e os males que uma vida inteira dedicada a videogames pode causar.
Os pais devem envolver os filhos em atividades culturais e sociais, além da convivência com um tempo qualificado.
Vocês devem estar pensando que eu endoidei, mas não, apenas fiquei chocada ao ler a notícia de que um jovem de 25 anos matou a socos a filha de um aninho, porque ela derrubou o seu videogame. Isso me fez pensar no quanto uma coisa inofensiva como um jogo, feito para a distração e a diversão pode causar uma tragédia como esta.
Não, não quero dizer que violência é coisa de homem, apesar de saber que existem evidências, porque não quero generalizar. Quero dizer que, na verdade o que me parece são que os valores das pessoas, aqueles de certo e errado, de grave e leve não existe mais. Gentes matam por qualquer banalidade é homicídio por brigas de trânsito, por causa de grana, e uma inumerável quantidade de outras banalidades.
Como disse o Pablo outro dia, não exatamente nestas palavras, “a humanidade ta matando o mundo”.

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