terça-feira, setembro 19, 2006

Alckmin não é capaz de decidir entre o PSDB e o PP

Investigações mil no Congresso Nacional. O Distrito Federal está como uma zona de guerra onde tucanos, petistas e toda a sorte de siglas se digladiam na dança das cadeiras. Agora surgiu um dossiê contra os candidatos Geraldo Alckmin e José Serra, envolvendo-os ao esquema das sanguessugas. Dizem que contra fatos não há argumentos, a menos que os investigadores sejam aqueles da CSI. Mas não, os investigadores geralmente não têm a menor idoneidade, isso quando não estão envolvidos até a raiz dos cabelos nos estratagemas de corrupção que destroem nosso país.
Como acreditar num candidato que no mesmo dia está no horário eleitoral de dois candidatos ao governo do Estado por partidos diferentes? Seu Geraldo Alckmin - o cara sério da política - é este sujeito, que participa dos comícios da sua companheira de partido Yeda Crusius e também participa de carreata e sobe no palanque ao lado do Candidato, ao governo do Estado do Rio Grande do Sul, pelo Partido Progressista (PP) Turra. Ele disse para os eleitores, garantindo o seu é claro, que os eleitores gaúchos devem votar na Yeda porque ela é uma mulher de fibra, e foi mais longe comparou a candidata a Ana Terra, personagem de Érico Veríssimo. Depois, em Passo Fundo, cidade vizinha ao município natal do candidato do PP, ele disse que está com Turra. Ainda bem que Alckmin não vota aqui no estado, se não seu voto seria anulado.
Alguém, vendo isso no horário eleitoral gratuito, consegue acreditar que o candidato à presidência pelo PSDB é tão “limpinho”? Eu não. Para mim quem não pode optar entre um candidato devido a possível perda de um partido apoiador não será um bom administrador, porque fará tantas concessões quanto fazem e fizeram todos os políticos até hoje. É claro que a diplomacia é necessária para assegurar o bom desenvolvimento do país, mas negociatas de cargos e ministérios é justamente o que os partidos, quando na oposição, tanto condenam. Coerência, bandeira defendida pelos candidatos, é DIZER uma coisa e FAZER essa coisa conforme o que foi dito. O Alckmin, pra mim, já não está sendo coerente.

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