segunda-feira, setembro 11, 2006

Homenagem às vítimas do Tio Sam

Hoje com certeza o noticiário televisivo, os jornais e toda a sorte de publicações irá falar no 11 de setembro de 2001. Farão retrospectivas, falarão de cada descoberta, de como as torres do World Trade Center caíram, quantas pessoas morreram, quantos terroristas estavam a bordo de cada um dos aviões e como aquele avião que caiu na Transilvânia foi abatido. Serão feitas orações mundo à fora para as vítimas. Mister Bush com certeza fará um discurso inflamado dizendo que Osama Bin Laden é a própria personificação do capeta e que o Oriente Médio com todo o seu petróleo são uma ameaça para o mundo e que ele, como todo o Megalomaníaco arrogante, é o enviado de Deus para uma nova cruzada do bem contra o mal – leia-se mal todo aquele país ou nação que tiver riquezas minerais e não permita que o Tio Sam o explore, tais como Irã e Cuba.
Sou totalmente contra a violência, principalmente por em atentados como estes as vítimas geralmente são inocentes, assim como nas guerras. No entanto a destruição de duas torres em Nova Iorque não é sequer um décimo da destruição promovida pelos Estados Unidos em países como o Iraque, o Afeganistão, o Golfo. Além da ação direta dos seus soldados nas “terras inimigas” o país do Bush também ajudou a financiar em cash e em armamento outras disputas.
Minha homenagem é as vítimas de todas as guerras promovidas diretamente ou não pelos Estados Unidos. O atentado de 11 de setembro é só uma conseqüência de todas estas ações anteriores. O mundo só será livre de atos terroristas quando todas as nações forem reconhecidas como legítimas, sem preconceitos e sem esquecer da história.
Para todas as vítimas das tragédias movidas pela bestialidade de um país que quer se sobrepor sobre os outros eu coloco aqui a poesia do meu amigo Carlinhos Guarnieri. Ele é poeta e redutor de danos em Porto Alegre, faz um trabalho muito legal enquanto redutor e tem poesias ótimas.

Cartola
Carlinhos Guarnieri

Por mais que a ONU se puxe
Não segura a onda do Bush
Que invade qualquer praia.
Não adianta manifesto,
O resto do mundo é o resto
E a terra é sua cobaia.

Enquanto o planeta esperneia
Ele põe fogo na aldeia
Com sua cavalaria.
Esse tal de cowboy George
Só quer encher seu alforge
Se der espaço, se arria.

Com a mesma naturalidade
Que a Malú
Dá pro Tony Belotto,
Ele, na maldade
Limpa o cu
Com o tratado de Kioto.

E o mundo degringola,
Mas ele não dá bola:
Seu Tio Sam é cartola.

Um comentário:

  1. Todos somos vítimas de nós mesmos, de nossos atos e do nosso comportamento. Os EE.UU. não aprendem consigo mesmos mas nós devemos aprender com eles! Já que tudo o que aconteceu não serviu de lição para "eles", até porque não era para servir de lição e sim de pretexto!
    Beijo.

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