Não importa qual o título a ser utilizado. O que realmente é importante é o fato de o filme quebrar poucos tabus. O caso da violência policial, por exemplo. Apesar deo protagonista do filme, o Capitão Nascimento ser um bom policial - embora não seja um policial bom - não corrupto é um cara extremamente violento, mesmo tentando canalizar sua violência para o combate ao tráfico e para a formação de outros bons policiais para serem incorporados ao BOPE (Batalhão de Operações Especiais da Brigada Militar). Contudo, mesmo passando esta visão de "bons moços", os policiais do batalhão ainda são os caras que invadem os morros dirigindo o "caveirão" - um dos veículos da polícia que mais amedronta os moradores da favela.
Além disso, quando uma tropa policial invade uma comunidade atirando na tentativa de acabar com o crime organizado não são apenas os bandidos que morrem. É notícia corriqueira nos jornais do país de casos de mortes de crianças em confronto entre policiais e bandidos. Geralmente a culpa é das balas perdidas, que na verdade não são perdidas pois todos sabemos onde elas estão.
Outro fato importante que o filme levanta é a revelação de práticas de tortura para obter as informações que se quer, tudo em nome do bom trabalho da polícia. O diretor também escancara a corrupção na polícia que vai da cervejinha para aliviar uma multa até a venda de armas para traficantes e percentagem em cima dos lucros do tráfico de drogas.
A pirataria acabou com o lançamento do filme, mas acho muito improvável que a repercussão do filme acabe com a corrupção na polícia brasileira. Até porque para que isto aconteça será necessário acabar com a corrupção política e aquela outra que pode ocorrer na fila do cinema ou pela própria pirataria.
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quinta-feira, outubro 18, 2007
Um comentário:
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adoro o dalai lama e andei falando de tropa de elite e de pedágios... acho que temos interesses em comum... bj
ResponderExcluirricardo