terça-feira, janeiro 18, 2011

Coisas que se repetem

Uma marca que tenho de Brasília é a de que as coisas acabam se repetindo de forma muito parecida por lá. O bom seria se estes acontecimentos que se repetem fossem coisas boas, mas... infelizmente só consigo lembrar de coisas ruins. A primeira vez que fui ao Distrito Federal assisti na casa do meus ex-sogros a notícia de um ciclista (atleta profissional) que durante seu treino foi atropelado. O caso foi grave! Um ano após o acidente o mesmo cidadão, quando voltava aos treinos, já recuperado, sofre novo acidente enquanto treinava. Ele teve sorte! Apesar de ter que ficar de repouso, de ter tido fraturas.
A mesma "sorte" não teve a moça que foi queimada pelo namorado dentro de um carro. E ontem assisti ao vídeo de uma notícia em que o marido jogou álcool sobre a mulher e sobre ele e ateou fogo.
Não é um preconceito com Brasília! Apenas peguei o exemplo da cidade por ter mais viva na memória as lembranças destes acontecimentos semelhantes.
Mas ultimamente algumas ações que se repetem tem me assustado muito. Vai ter quem diga que a diferença é que agora os casos são mais noticiados. No entanto, me impressiona a quantidade de casos de violência contra a mulher que acontecem no mundo todo e tenho lido na internet. Coisas graves, situações cada vez mais corriqueiras e que muitas vezes tiram a vida de mulheres jovens deixando crianças órfãs.
O último caso que comentei ocorrido lá em Brasília é um destes, os pais morreram e ficaram os filhos.
Vejo pela internet pessoas taxando as críticas, as reclamações, as exigências de respeito pela mulher como um #feminismo exacerbado, como se exigir respeito fosse algo de vergonhoso e contagioso, pois tratam as mais ferrenhas ativistas como pessoas... sei lá, leprosas, que contagiam as outras que entram em contato. Desde quando ser respeitado e exigir isto é errado? Quando foi que começamos a ficar tão desumanos?
Como podemos ouvir a notícia de que um marido espancava a mulher e os filhos e achar que isto é normal?
Mas as coisas se repetem e as pessoas crêem que o fato de repetir-se as tornam normais! As leis existem no entanto... casos absurdos, que poderiam ter sido evitados com seu cumprimento, continuam acontecendo. Quantas notícias lemos no jornal de que a mulher apresentou queixa, saiu de casa, fugiu e ainda assim o homem a perseguiu e matou? Acaso uma restrição ou advertência de que não pode chegar 200 metros para alguém que ameaça a mulher com revólver ou faca impedirá que ele realize seu intento?
Não parece muito mais lógico cumprir a lei do que dar um jeitinho na família destruída?

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