segunda-feira, junho 02, 2008

Seqüestro na favela

Enquanto alguns turistas pagam uns dólares a mais para visitar a favela e conhecer de perto um exímio e genuíno membro da bandidagem local repórteres, fotógrafos e alguns moradores acabam passando por maus bocados. É certo, que o objetivo de uns e de outros é inversamento oposto, tal como a lei da física 9inversamente proporcional), mas não é menos perigoso.
Há exatos seis anos atrás um jornalista chamado Tim Lopes, que investigava prostituição infantil e tráfico na favela do complexo do Alemão, foi preso, torturado e morto pelo bando do traficante Elias Maluco.
Como se não bastasse o problema da violência gerada pelo tráfico em locais onde a pobreza e a falta de chance imperam, também existem as milícias, formadas por policiais ou ex-policiais, que com a desculpa de coibir a violência gerada pela venda de drogas invade as favelas e faz, não só os moradores reféns, mas também quem questiona sua ação, como o caso da equipe do Jornal o Dia. Uma repórter, um fotógrafo e um motorista do diário foram presos e torturados, segundo investigação por milicianos.
É difícil falar sobre algo assim, mesmo que este algo esteja presente no nosso cotidiano, pois a saída é uma só: educação, já sabemos, só não temos idéia de quando isso será prioridade para nossos representantes.

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