segunda-feira, maio 28, 2007

Rompendo o Silêncio.

Estou lendo o livro do Senhor Carlos Alberto Brilhante Ustra. Porque? Bem estou lendo para saber alguma coisa da visão do outro lado, mas quero que saibam que não estou tendo êxito.
Não existe um posicionamento verdadeiro. A única coisa que mudou foi a maneira de ver a família, ou melhor, foi ter me feito pensar na família de um homem que servia a Pátria naquele período e considerava que todos os que lutavam contra a ditadura eram terroristas.
Ele acredita que estava fazendo o melhor para o Brasil, que não cometia nenhum tipo de crime e apenas respondia ao ataque feito pelos subversivo-terroristas. Aliás pra ele quem começou tudo foram os subversivo-terroristas.
Eu discordo, pois os movimentos revolucionários só surgiram depois que a ditadura foi implantada. Só que isso não é o pior. O pior é o senhor Brilhante Ustra se fazer sempre, durante toda a narrativa de vítima dos terroristas, inclusive nos dias de hoje. Tem um relato de que ele tratava muito bem as presas e que sua esposo ia até a Oban, levava a filha mais velha que brincava com as presas e havia até confraternização entre elas.
É bem sabido que a anistia foi dada aos presos políticos e aos torturadores. Para os torturados seria ótimo que as pessoas esquecessem o que aconteceu e enterrassem o assunto de vez, mas para os presos isso não é justo. Mas no nosso país as coisas não são feitas da forma mais justa, a verdade é que quem tem poder e grana se safa de processos e prisões, enquanto que quem não tem notoriedade, nem grana, nem nome, nem poder paga seus crimes na cadeia.
Com os anistiados a coisa não poderia ser diferente, sendo que entre os torturadores haviam militares de patentes elevadas. Mas respeito a questão que me suscitou ler este livro, pois passei a pensar, assim como já pensava em respeito a alguém que comete um crime comum que a família não pode ser culpada nem punida pelo erro de um de seus membros.

Um comentário:

  1. desculpe-me a ausência, saúde abalada!

    Os familiares não devem pagar, mas devem ser vigiado! Liberdade é um coisa, ingenuidade é outra, idéias e ideais são passados adiante, SEMPRE! Haja vista o neto de Pinochet! ¬¬

    Beijocas...

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