Há horas que se vem dizendo, não adianta dar uma bolsa para as famílias e não dar educação, saúde, saneamento básico. Entre o fator mais batido está o planejamento familiar, ou seja, a pessoa ter a consciência de que os filhos são uma responsabilidade muito grande e são para a vida toda. Saber quantos filhos pode ter e saber se prevenir para não ter além do número possível é uma dificuldade que temos visto no nosso país.
Não adianta a igreja dizer que o sexo serve apenas para a reprodução e que os homens tem que abraçar todos os filhos que Deus manda. A religião é importante na vida das pessoas, a fé é necessária, mas o fanatismo e a cegueira só servem para que a miséria cresça mais e mais. Uma família sobrevive com R$380 mensais e na maioria das vezes o salário acaba e o mês continua. Uma cartela de anticoncepcional, daquelas mais modernas que não causam tantos efeitos colaterais nas mulheres custa em torno de R$20 pra mais, existe a camisinha, que é distribuída pelos postos de saúde e que se adquirida na farmácia fica em torno de três reais. Mas isto é demasiado caro para uma família grande que precisa comer, vestir-se, pagar contas de água, luz e gás, que são as necessidades mais básicas. A iniciativa do governo federal com a nova política de planejamento familiar parece ser muito boa. Baixar os valores das pílulas e de outros tipos de anticoncepcional é uma iniciativa louvável, agora é necessário começar um trabalho de educação familiar e sexual. Começar levando às escolas um trabalho que eduque jovens e adolescentes a se prevenir de doenças sexualmente transmissíveis e da gravidez indesejada. Também é necessário trabalhar com as mães que já tem mais de um filho para que elas saibam como se prevenir, como se cuidar e como cuidar e educar os filhos que já tem.
São iniciativas simples que podem fazer um grande bem a toda a população brasileira e evitar que futuramente a violência se torna ainda maior, posto que já se sabe que ela nasce na miséria, na injustiça, nas faltas. Embora eu não goste dos comentários do Paulo Santana, hoje o que ele disse tem meu total apoio, pois ele falou corretamente que estes meninos e meninas daqui há vinte anos não terão nenhum trabalho e sofrerão sem emprego e com o aumento da violência.
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