sexta-feira, abril 17, 2009

Falta bala, não tem fio, a corda rebenta

Conforme estudos psiquiátricos de tempos em tempos acontecem homicídios seguidos de suicídios. É um percentual pequeno. Ainda menor é o percentual de mulheres que cometem este tipo de crime. É por isso que o crime ocorrido na grande Porto Alegre chocou tanto o Estado. Mas o que me intriga de verdade é que, geralmente, quando acontece homicídios com suicídio o suicida sobrevive. Observe os crimes com este contexto. A ameaça 'primeiro te mato, depois me mato', é uma balela terrível, pois o ser humano tem uma enorme capacidade de lutar por sua sobrevivência, talvez daí a dificuldade em tirar a própria vida. Eu nunca pensei em suicídio, no entanto confesso que, analisando a mim mesma, acredito que teria mais coragem de matar alguém do que cortar propositadamente a mão, por exemplo.
E isso me intriga demais, essa coisa de matar a família por que ama demais e não quer deixá-los. Fico pensando na história do filme 'Sete vidas', do quanto o personagem do Will Smith sofreu por sentir-se culpado do acidente que causou a morte de sete pessoas, incluindo sua esposa e do peso que carregava por ter sobrevivido. Pensando nesta história tento entender como alguém conseguiu agir tão friamente, matando o marido, indo trabalhar, passando pela igreja. Para mim este crime também possui requintes de crueldade, porque a homicida ainda teve a frieza de levar a irmã e a sobrinha de seis anos para comer no McDonald's sabendo que iria matá-las em algumas horas.
As desculpas por não ter conseguido concluir o suicídio podem ser inúmeras, mas com certeza, viver com a lembranças de ter acabado com as pessoas (que diz) que mais ama é morrer estando vivo.

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