quarta-feira, abril 15, 2009

É, eu devo ter dormido neste dia!

Passou batido por mim uma polêmica das boas, daquelas que eu daria um dedinho para entrar e a mão inteirinha para sair. É justamente por isso que tô me manifestando agora, com vários meses de atraso até, mas com toda a indignação de que tenho direito. Inclusive, já me defendendo de futuras retaliações, reiterando mais uma vez que sou contra, totalmente contra qualquer tipo de ditadura, independente do lado que ela venha ou de quem a comande. Fardado ou não, barbudo ou não, o ditador sempre é cruel, sempre quer abafar as vozes que se exaltam para defender direitos simples e primordiais da "pessoa humana", tais como o direito de ir e vir, a livre expressão e a dignidade. A ditadura, como já disse seja ela de direita ou esquerda, sempre impõe regras para a população e principalmente impõe punições severas a quem não as cumpre. E mais grave do que isso deixa um espaço vago e uma decisão do que é certo e errado nas mãos de militares muitas vezes despreparados. Pensem comigo, um jovem militar em uma disputa amorosa com um jovem ativista político, por exemplo. O que vocês acham que vai acontecer? O jovem milico irá ser imparcial em sua análise do outro? Ele é humano, coloque-se no lugar dele e pense na tentação que ele teria de ferrar com o concorrente, ainda mais tendo a benção do Estado. Nós não somos imparciais nos nossos julgamentos, pois quando vamos emitir um juízo de valor estamos carregados de experiências anteriores, de pré-conceitos, de idéias e tudo isso influencia na nossa análise. Eu mesma neste momento estou cheia de indignação em relação ao assunto. Confesso que não li o editorial da Folha de São Paulo que classificava o regime militar no Brasil de "ditabranda", mas o repudio totalmente. Primeiro por ter estudado o período da ditadura, por ter lido vários relatos sobre a repressão e a tortura.
Aqui abaixo colocarei links de textos, que obviamente discordam da opinião da Folha em relação a "ditabranda", que diga-se de passagem não lhe atingiu tanto como atingiu jornais como o Estadão, o Opinião e tantos outros que não tinham uma relação próxima com os generais presidentes e sua ideologia.
Editor discorda da direção do jornal
A "ditabranda" e a culpa de Fidel
Direita, volver!
Os limites do ombudsman
Ato em repúdio a Folha
Folha "ditabranda" de São Paulo
O famigerado editorial da folha
Jornalismo nas americas

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