quarta-feira, julho 16, 2008

Armados e perigosos

Várias vezes eu falei sobre o despreparo de alguns policiais para exercer uma função de proteção. Eu realmente considero que ser policial num país cheio de impunidades como o nosso é bem complicado, mas o cotidiano não deveria brutalizar tanto que te torna insensível a ponto de matar as pessoas sem nem pensar, como se fosse uma máquina automática.
É muito difícil avaliar a situação dos policiais, sejam da PM, sejam civis, nas suas ações. É fato de que muitas das pessoas inocentes que morrem tem um perfil preconceituoso e já pré - estabelecido, como bem demonstra Caco Barcellos em Rota 66. Mas há que se considerar os baixos salários, os altos índices de criminalidade e toda a gama de problemas psicológicos que uma função como a de policial acarreta.
No entanto, a insegurança que nos cerca acaba por nos colocar em situação de reféns permanentes, pois ficamos sempre sem saber de onde vem a bala. Hoje em dia passar por uma barreira da polícia é tão perigoso quanto resistir a um assalto. E a questão é que as coisas não mudam e só tem grande repercussão ou comossão quando atingem vidas inocentes de pessoas de um padrão social mais sofisticado. Como aconteceu com o menino que foi arrastado pelo ladrões no carro da mãe, do menino João, da menina Isabella. Mas também são casos que são tão batidos num dado momento e que meses mais tarde são esquecidos, como se nada tivesse acontecido, como se ninguém tivesse morrido e o pior, esquece-se de que não houve punição para os culpados.

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