Ensino Religioso nas escolas públicas

A Constituição Brasileira prevê liberdade de Culto e Credo. Isso significa que o cidadão brasileiro pode professar qualquer fé, freqüentar a doutrina que mais lhe agradar e escolher qual religião quer seguir e devotar-se. Nos idos de 80 e 90 o ensino religioso fazia parte do currículo escolar. Algum tempo depois foi retirado. Agora o Ministério da Educação está querendo re-incluir a disciplina nos currículos escolares.
Lembrando do tipo de ensino que era professado pelas “fêssoras” discordo totalmente da re-inclusão. Porque as aulas de ensino religioso não passavam de uma catequese na escola. Como estudei numa Universidade Católica fazia parte do currículo três disciplinas religiosas, a que fui obrigada a freqüentar e pagar, já que eram obrigatórias. Apesar de discordar de uma disciplina específica, que é o Mistério Cristão, que tratava dos sacramentos e dogmas da igreja católica especificamente, acho que a Doutrina Social da Igreja e Deus e a experiência de Deus hoje foram de algum proveito e digo-lhes porque.
Na primeira disciplina que é “Deus e a experiência...” pude conhecer sobre a essência de várias religiões, além da católica. Através desta “cadeira” li textos sobre budismo, doutrina espírita e as religiões do oriente. Isso beneficia para ter uma visão crítica das religiões e até poder defender uma escolha.
Em Doutrina Social da Igreja é possível conhecer a posição da igreja sobre socialismo e capitalismo, por exemplo.
Por isso, acredito que se na escola as aulas de ensino religioso abrangerem todas as religiões e sua história, suas formas de ser professadas, sem preconceitos, seria interessante. Seria possível mostrar para as crianças as religiões sem estigmatizar, desfazendo preconceitos, mas se o caso é como era na década de 80. Bem, aí o caso não é legal. Pois sendo assim, fere a constituição e pode constranger as crianças de outras religiões que não irão assistir as aulas, já que a freqüência será facultativa.