terça-feira, abril 13, 2010

Eu já usei a pulseirinha do sexo

A polêmica está formada, os pais arrancam os cabelos por não saber o que fazer. Os professores e diretores de escola não tem a menor autoridade em questões internas, quanto mais naquelas que deveriam ser resolvidas em casa? Os governantes querem proibir, só que a proibição nunca foi garantia de nada. Pelo contrário, há quem diga que "o que é proibido é mais gostoso".
No início dos debates eu não entendia o porquê de tanto alvoroço, afinal de contas eu já usei as tais pulseirinhas de silicone. E, no meu tempo, lá pela décade de 80, 90, a única cor que existia era a preta mesmo. Sei que alguns amigos estão pensando... "a Dani, com pulseiras do sexo, só podia usar as pretas mesmo!". Mas na época não existia esta conotação. Era um adereço, inclusive, surgiu numa novela, sendo usada por um homem, personagem do ator e hoje diretor Marcos Paulo. O negócio para nós era ter um acessório que era usado por um famoso. Nada a ver com "sexo, drogas e rock'in roll".
Tá todo mundo dando pitaco, até o Lobão vai debater hoje a noite na MTV. Não que eu não considere importante que se discuta o assunto, mas... sabe-se desde muito tempo que o ponto crucial para o bom entendimento entre pais e filhos esta no diálogo. No entanto, apesar de toda a polêmica adolescentes e pais continuam incomunicáveis. Lá em casa sempre foi assim. Conto tudo para minha mãe, desde o primeiro beijo, a primeira vez, de quem estou gostando e dos sonhos que tenho pra vida. Tenho uma grande afinidade com ela e desde criança sempre tive liberdade para contar as coisas que aconteciam comigo. As dúvidas que tive na adolescência esclareci com ela. Consequentemente aconselhei muitas amigas e as ajudei com suas pulgas atrás da orelha.
O que acontece hoje é um distanciamento entre os pais e os filhos. Os pais estão com os dias cada vez mais cheios, muito trabalho e a correria do dia a dia, limita seu tempo com os filhos, que ficam por conta de maternais, escolinhas ou por si, no caso dos maiorzinhos. Lembro que quando era criança criticava-se muito o fato de as crianças ficarem o dia todo diante da tevê. Atualmente a televisão virou figura de segunda classe e todo a massa de informações que passam por lá, vem em uma velocidade muito maior pela internet. O pior é que em muitos casos não há controle. Precisamos rever conceitos. Bom seria que os pais dedicassem mais tempo a seus filhos. O cotidiano é corrido? Sim, mas um mundo melhor ainda depende de nós.

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