quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Violência consentida

Em um outro post eu reclamei da violência, felei sobre o quanto me incomoda ver tantas notícias de mortes por causas violentas hoje em dia. É claro que sei que temos que saber, que ler, que ver para podermos nos mobilizarmos para combater. O problema é que muitas vezes utiliza-se a violência como argumento para chegar-se a algum lugar, como por exemplo as guerras, durante algum tempo foram chamadas de santa quando na verdade o objeto final era a terra ou as que oorrem no Oriente Médio e são proclamadas como meios para a liberdade do povo. A Ditadura Militar no Brasil e em toda a América Latina utilizou a tortura física e psicológica como argumento para manter a violência e garantir a "segurança nacional". A Inquisição utilizou a tortura também como argumento contra a heresia, não bastava escomungar o herege era necessário fazê-lo sofrer fisicamente de diversas formas até a morte para garantir a salvação do seu espírito.
Estas formas de violência brutal eram consentidas pelos regimes da época, mas ainda existem lugares onde os cidadãos são reféns da agressão que parte do governo, como em alguns países da África em que homens e meninos são mortes e as mulheres são estupradas por soldados.
É por isso que acho engraçada a forma como foi divulgada pelo Vaticano a abertura de uma exposição sobre a Inquisição. O mais estranho é que algumas notícias utilizam um texto bem semelhante ao da Rádio Vaticano, como este: "Os "segredos" do Santo Ofício expostos em Roma". Mas qual segredo foi revelado? O que é que irão fazer, pedir desculpas como fizeram com os judeus? No caso de uma instituição religiosa ou política omitir-se é tão grave quanto participar ativamente da tortura. Ou existe diferença entre quem contrata o matador e quem aperta o gatilho?

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