segunda-feira, abril 09, 2007

Amazônia

Não assisti a minisséria inteira. Na verdade sequer consegui acompanhar a história das personagens. Vi alguns capítulos do início por causa do Wilker, que eu amo. Mas não consegui deixar de me emocionar com o Chico Mendes vivido por Cássio Gabus Mendes. Lembrei da história dele, do que lembro da minha infância e adolescência na época da morte do seringueiro. 1988, eu tinha onze anos e estava na quarta série do primeiro grau, hoje ensino fundamental.
Mas o que mais me doeu foi saber que ele, o Chico Mendes não se importava de morrer se a sua morte significasse algum progresso pra sua causa. Ele só pedia justiça e paz para os trabalhadores e os povos da mata. Levou uma bala no coração que calou sua voz, mas não a luta. E a sua história não serviu de exemplo e não impediu outras vidas de serem tiradas da mesma forma e com o mesmo intuito.
Os "donos" da floresta e os coronéis continuam resolvendo seus problemas a bala. E a reforma agrária justa, a justiça social ainda nem foi para o papel. São feitos uns assentamentos aqui outros acolá e o povo, vai cada vez sendo mais massacrado sem saber em quem acredita, sem saber se pega em armas ou se confia na polícia.
Chicos, Dorotis, Vladmirs continuam sendo mortos, Marias e Clarices continuam chorando.

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