sexta-feira, julho 07, 2006

Fases

Acho que estou apaixonada. É, creio que sim. Estou numa fase Nando Reis, adoro a poesia dele. Gosto até da música que ele fez com o Wando. Pra falar a verdade eu gosto do Wando, embora não seja adepta da idéia de dar a ele minhas calcinhas. Eu já gostava do Nando desde os Titãs, sim, Marvim. Também gosto do Arnaldo Antunes, gosto da poesia, da maneira como ele escreve e tenho uma influência do Alek’s (um amigo querido) nisso. Mas o Nando é singelo, sabe, emociona? Pra mim todas as palavras dele numa poesia fazem sentido dentro de mim. Assim como o Chico. Essa fase não passa nunca e não quero que passe.
Também estou “Quintaneando”. Peguei o livro Poesia Completa, que meu irmão comprou e estou, dia a dia, degustando seus poemas, suas máximas. Também ele, um gênio na singeleza, nas coisas cotidianas, no trabalho com as palavras que não passam e ficam na cabeça, mas que batem direto no coração, na alma.
Aproveito os ótimos momentos que tenho tido com minha família e com duas amigas que moram longe, mas que estão passando uns tempos por aqui. Mas acho que tô apaixonada... Vocês não acham? Ah! Também tou chateada porque o “Anjo Poeta”, especial da RBSTV, vai passar só depois do Teledomingo, já na segunda.
Vou colocar aqui algumas coisas do Quintana que acho...traduz meu sentimento nesta fase.
Carreto
“Amar é mudar a alma de casa”.

Do que elas dizem
O que elas dizem nunca tem sentido?
Que importa? Escuta-as um momento.
Como quem ouve, entre encantado e distraído,
A voz das águas... o rumor do vento...


Das leis da natureza
Falar contra as mulheres...
Que ingenuidade a tua!
Diz-me, acaso queres
Ironizar as variações da lua?

Um comentário:

  1. Meu Deus, que irmão querido esse teu que tem a posse do livro do Quintana. Aproveita essa fase e pega o "Livros do Amores" do Jaime Vaz Brasil, tem poemas como este:

    O AMOR ÀS PORTAS DO MEDO
    Jaime Vaz Brasil

    Nas portas de minha alma
    outra vez estão batendo.

    Tenho as portas laceradas,
    minha alma tem remendos.

    Abri-las, sei que não devo.
    Mas trancá-las não consigo.

    A quem bate minhas portas,
    entreabro meu postigo.

    Nas portas de minha alma
    quero instalar um cadeado.

    Quero grades e barreiras
    e meus caminhos fechados.

    Minha alma quer silêncios,
    teve tormento recentes.

    Imponho esponjas e espumas
    contra essas mãos estridentes.

    Nas portas de minha alma
    outra vez estão batendo.

    Contra a insônia desses punhos
    às vezes quase me rendo:

    em seu dorso incandescido,
    tenho a alma fraca e tonta.

    Se minhas portas se abrem,
    ela entra. E toma conta.

    Beijão, te amo mana! Quando eu crescer quero ter um irmão querido e amado igual ao teu!!!

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