Disseram-me que na minha outra encarnação eu vim num navio, debaixo de uma carga de batatas, da África. Na outra vida vim como contrabando para ser escrava (ou escravo) depois que a Lei Áurea já havia sido assinada. Concluí que um pouco da minha revolta vem daí. Explico, revolta com injustiça, com dominação, com roubos, com preconceito...
Por isto sempre comemoro do dia 13 de Maio, pela iniciativa, pelo que representa. É fato que, como eu, vários outros vieram como contrabando, muitos morreram na travessia do mar, debaixo das cargas dos navios, enfim. Comemoro, não por festejar, mas porque considero necessário refletir sobre as conquistas e sobre os preconceitos que ainda assombram nosso país. Podem dizer que não existe preconceito no Brasil, existe sim. É velado, disfarçado, escondido, mas existe. Não é só por causa da cor da pele, é pela classe social, pelo nome, ou falta de um pomposo, é pela questão financeira e por aí vai.
Comemoro a libertação dos escravos saudando os pretos "véios". E convido os amigos a fazer uma reflexão sobre este tema.
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