quarta-feira, fevereiro 17, 2010

Pelo direito a liberdade

Costumamos dizer que somos livres. Livres para escolher os caminhos que queremos seguir. Louvamos a democracia como liberdade total para nos expressarmos e defendermos ideias e ideais. Mas no fundo, bem lá no fundinho, sabemos que somos vigiados sempre. Nossas escolhas são avaliadas pelos outros, mesmo que estes não tenham nada a ver com a nossa vida. Podemos criticar o governo e os governantes desde que eles não saibam disso.
Analisando a questão mais de perto percebemos que a liberdade que temos é apenas uma ilusão. Não podemos deixar de lutar, de expressar nossos pensamentos e exigir nossos direitos. E eu, parafraseando Voltaire, brigo pela liberdade de falar, mesmo que eu não concorde com o que o outro diz.
A constituição nos dá esta proteção. A lei magna é quem nos assegura o direito a dignidade sem a distinção de origem, raça, cor, sexo ou credo. Assim como garante a liberdade e a igualdade. Tá certo que esta igualdade é meio assim-assim e como diria um certo porco, de uma certa "Revolução dos Bichos" todos "somos iguais, porém uns mais iguais que outros".
No entanto, na minha imaginação muito fértil dou asas a criatividade e chego a pensar que onde se lê que somos iguais independentes do sexo isso se estenda aos homossexuais. Afinal de contas eles são tão cidadãos quanto qualquer outra pessoa. Eles votam, trabalham, pagam impostos.
Partindo do princípio de que cada um é dono de sua vida e responsável único pelas suas escolhas defendo, sempre o direito dos homossexuais, das mulheres, dos homens, das crianças, dos idosos, dos cristãos, dos judeus, dos umbandistas, dos católicos e de toda a sorte de pessoas diferentes de mim em suas escolhas. E repudio totalmente qualquer forma de preconceito, admitindo que eu tenho um preconceito comigo, tenho muito preconceito contra quem tem preconceito. (Redundante?)
Embora creia que existe "liberdade" para as escolhas sei que em determinadas profissões ser gay não é bem visto, isto para não dizer que não é permitido, como no exército. Não concordo nem por engano com o argumento de que um gay no comando não será obedecido por seus comandados (jamais diria seus inferiores, embora seja assim que os soldados e outras patentes mais baixas do exército sejam vistos e tratados pelos "superiores"). Acredito realmente que o preconceito e a homofobia guiam estas determinações. É então que pergunta, cadê a igualdade? Eu vejo a coisa como num concurso público, o cara estudou, se esforçou, passou, a vaga é dele e não tem argumento que permita outra medida. No exército é igual, se a pessoa passou nos testes físicos e sabe-se lá mais qual tipo de tortura física e psicológica a qual são submetidos os milicos, ele tem mais é que estar lá e ponto. Eu particularmente não entendo como alguém pode querer em sã consciência entrar para o exército, ser milico, usar uniforme, ser tratado como nada, fazer milhares de flexões e ainda correr o risco de ir pra guerra. Mas, como disse, defendo o direito, mesmo que discorde. É por isto que a declaração do general Raymundo Nonato me indignaram tanto. Mais chocada eu fiquei ao saber que na Uganda os homossexuais podem vir a ser condenados a pena de morte por sua opção sexual.
Por isto estou abraçando mais esta campanha da Avaaz:
Acabe com a pena de morte para gays na Uganda

Eu acabei de assinar uma petição pedindo o governo da Uganda para retirar uma proposta de lei anti-gay que pode permitir condenar homossexuais a prisão ou pena de morte, e pensei que você gostaria de se juntar a mim - já que só temos mais alguns dias. Leia mais e assine a petição abaixo:
https://secure.avaaz.org/po/uganda_rights_3/98.php?CLICK_TF_TRACK
Obrigado! --------
Caros amigos,
o parlamento da Uganda está se preparando para passar uma nova lei brutal, que punirá gays com sentenças de prisão e até pena de morte. Críticas internacionais levaram o presidente a pedir uma revisão da lei, mas após forte lobby por extremistas, a lei parece estar pronta para votação -- ameaçando gerar perseguição e mortes. Oposição à lei está crescendo, inclusive da Igreja Anglicana. O ativista de direitos gays na Uganda, Frank Mugisha, diz que "essa lei nos colocará em grande perigo. Por favor, assine a petição e diga a outros para se juntarem a nós. Caso haja uma grande resposta global, nosso governo verá que a Uganda será isolada no cenário internacional, e não passará a lei". É esperado que uma decisão seja tomada nos próximos dias, e só uma onda de pressão mundial será suficiente para salvar Frank e muitos outros. Vamos gerar uma enorme petição que acabe com a lei que propões pena de morte para gays -- clique aqui para agir, e encaminhe esse email:
https://secure.avaaz.org/po/uganda_rights_3/97.php?CLICK_TF_TRACK
Essa petição será entregue ssa semana ao presidente Museveni, membros do comitê de revisão, embaixadas da Uganda ao redor do mundo e a governos doadores. A lei propões prisão perpétua para qualquer um acusado de ter uma relação com alguém do mesmo sexo, e pena de morte para quem cometer esse "crime" mais de uma vez. ONGs que trabalham para impedir maior contaminação por HIV podem ser condenadas a até 7 anos de prisão por "promover homossexualidade". Outras pessoas podem ser condenadas a até 3 anos de prisão por deixarem de avisar as autoridades da existência de atividades homossexuais dentro de 24 horas! Quem apoia o projeto de lei diz defender a cultura nacional, mas a maior oposição vem de dentr do próprio país. O Reverendo Canon Gideon Byamugisha é um dos muitos que nos escreveram - ele disse que essa lei "está violando a nossa cultura, tradição e valores religiosos que não apoiam intolerância, injustiça, ódio e violência. Nós precisamos de leis para proteger as pessoas, não para perseguí-las, humilhá-las, ridicularizá-las e matá-las em massa." Ao rejeitar essa perigosa lei e apoiar a oposição nós podemos ajudar a criar um precedente crucial. Vamos ajudar a criar um apoio em massa aos defensores de direitos humanos na Uganda, e salvar a vida de muitos ao impedir que essa lei passe -- assine agora e avisa seus amigos e familiares: https://secure.avaaz.org/po/uganda_rights_3/97.php?CLICK_TF_TRACK
Com esperança e determinação,
Alice, Ricken, Ben, Paul, Benjamin,
Pascal, Raluca, Graziela e toda a equipe Avaaz

FONTES:
Carta Africana pedindo que o presidente da Uganda acabe com o projeto de lei anti-homossexual: http://www.africafiles.org/article.asp?ID=22761
Líder de Igreja na Uganda rotula lei anti-gay de "genocídio": http://www.guardian.co.uk/katine/2009/dec/04/gideon-byamugisha-homosexuality-bill Human
Rights Impact Assessment of Uganda’s Anti-homosexuality Bill
By Sylvia Tamale, The Dean of Law at Uganda’s Makerere University: http://www.zeleza.com/blogging/african-affairs/human-rights-impact-assessment-ugandas-anti-homosexuality-bill-sylvia-tamal -------------------

Participe também assinando a petição. A liberdade agradece!

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