O brasileiro é um povo solidário. E se observarmos os princípios da Doutrina Espírita a sua lei maior é a caridade. Diz-se, inclusive, que "fora da caridade não há salvação" e complementando esta máxima ouvi várias vezes em palestras em centros espírita que "ninguém é tão pobre que não possa ajudar a quem precisa".
Solidariedade e caridade andam juntas, são irmãs gêmeas univitelinas. Mas como todos os gêmeos tem suas diferenças. Podemos ser solidários sem praticar a caridade? Podemos fazer caridade sem termos sido tocados pela necessidade da solidariedade?
Talvez eu não esteja habilitada a dizer nada a este respeito. No entanto, posso dizer o quanto sou solidária ao sofrimento das vítimas do terremoto no Haiti e também todas as vítimas das enxurradas em Angra dos Reis, São Paulo, Santa Catarina, Agudo, Encantado, enfim... Sou solidária, me compadeço das dores e dos sofrimentos destas pessoas. Junto com outras tantas pessoas enviei doações, o pouco que podia, afinal ninguém é tão pobre que não possa ajudar outra pessoa.
Veja bem, eu doei coisas que não me fariam falta, boas para os outros,uma parte do que me sobrava.
Acho bonito as pessoas que se oferecem em trabalhos voluntários e salvam vidas. Assim como apoio que outros países ofereçam ajuda ao haitianos. Só não entendo bem como o presidente Lula pode fazer tanta boa ação se o nosso povo também está passando por problemas. Calma gente! Eu acho que tem sim que ajudar. Mas convenhamos que não é lógico mandar médico do Brasil pra lá quando a população morre nas portas dos hospitais esperando por atendimento. Não é correto enviar profissionais que possam reconstruir aquele país enquanto que por aqui as pontes caem levadas pelas águas e a coisa fica assim, por isso mesmo.
O que me parece é que o presidente entende o governo federal e os governos estaduais como coisas total e completamente separados. Olhando assim a impressão que dá é que os estados são independentes e neste caso é cada um por si. Acho que deve existir solidariedade e, até, caridade internacional, mas deve existir uma atitude real de comprometimento com as questões internas. Porque do contrário o presidente Lula vai ficar parecendo aquele marido alcolista que bate na mulher, mas que na rua é visto apenas como o bom profissional, o homem sério, o homem correto.
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