terça-feira, fevereiro 27, 2007

Perfume – A história de um assassino

Bem, começo dizendo que não sou uma expert em cinema como minha amiga Ana, esta sim escreve bem sobre cinema, sobre atores e histórias e de uma forma muito bonita. Ela fala sobre o Oscar, sobre filmes bons e não comerciais.
Enfim, eu me atrevo apenas a dizer que gostei ou não e porque. Só.
Fui assistir Perfume porque uma professora indicou, também porque li certa vez que o odor é uma das nossas formas mais precisas de lembrar. Tanto que aquele cheiro que tu sentia quando era criança na casa da tua avó sempre que sentires novamente vais te lembrar da avó, ou uma situação em que aquele cheiro esteve presente.
Então fui bem bela assistir ao filme na sala 1 do Cineart, bem bela e bem sozinha. A sala estava praticamente vazia com apenas umas doze pessoas além de mim. Achei que a história começa bem, muito bem retratando uma França terrivelmente suja no século XVIII. Jean Baptiste Grenouille nasceu num mercado de peixe, no qual seria deixado para morrer se um cliente de sua mãe não tivesse percebido seu choro. Com um dom muito especial, o de identificar os odores. Como Aquilo era especial para ele e ele queria guardar os cheiros para não perde-los tornou-se aprendiz de perfumista. Mas a busca para guardar os odores, principalmente do corpo humano torna-se uma obsessão que o leva a matar de uma forma maquinal jovens mulheres para guardar seu cheiro. Após algumas tentativas frustradas de capturar o odor do corpo das mulheres ele descobre como capturar o cheiro das mulheres e com treze assassinatos ele consegue fazer uma flagrância que o torna poderoso. Com isto consegue livrar-se da execução ao qual foi condenado.
Descobriu tristemente que apesar de todo este poder não possuía o mais importante para o ser humano, o poder de amar e ser amado.
O que eu não gostei? Não gostei de uma seqüência meio “viajandona” demais quando ele consegue dominar os acusadores, os soldados, o carrasco e todas as pessoas que estão na praça para assistir a sua execução e após jogar um lenço com o perfume das treze jovens a população toda entrega-se a orgia em plena praça. Também não gostei do jeito que ele foi "comido" pelos mendigos do mercado de peixe onde ele nasceu, achei esquesito, mas entendi a metáfora, como ele não possuía, pra ele, um cheiro, um odor que despertasse nos outros amor, ele sumiu, desapareceu, acabou como que... sem história.
Tirando estes fatos o filme é muito interessante, tem uma narração em off, tem bons atores como Dustin Hoffman, como um perfumista decadente, Allan Rickman, Bem Whishaw , Rachel Hurd-Wood. A direção é de Tom Tykwer,o roteiro é dele com Andrew Birkin e Bernd Eichinger. Uma produção alemã, francesa e espanhola.

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