terça-feira, fevereiro 26, 2013

Renúncia do Papa

Não entendo nada da religião católica. Nada de dogmas e estas coisas. Li uma reportagem onde dizia que o Papa Bento XVI havia recebido, lá em 2010, um dossiê com denúncias de casos de homo afetividade (sou politicamente correta), prostituição e desvios de dinheiro dentro do Vaticano. É no Vaticano, a casa do papa. Além disso tem todas as várias denúncias de pedofilia contra alguns padres. Sabemos que os dogmas seculares da igreja não vão mudar de um dia para o outro, no entanto é papel do Papa posicionar-se diante das denúncias. Óbvio que não perdoando os "pecadores", mas encarando de frente estas questões.
Creio que o primeiro ponto deveria ser tirar os padres dos pedestais e colocá-los junto com todos os outros cidadãos. Padre não é, nem nunca foi, homem santo. Isto nem existe, prova disto são as denúncias reais de abuso de poder, porque ser padre dá algum poder sobre os fiéis. E não é papel do pároco tirar proveito de suas "ovelhas", mas sim orientar, auxiliar.
Outro ponto que me pareceria interessante é, ao invés de perdoar, agir com os padres pedófilos com o mesmo rigor que agem com casais divorciados, com homo afetivos ou em outras tantas situações em que a igreja e os padres tratam os envolvidos como se fossem o próprio capeta em forma de gente. No caso de  padre pedófilo a punição deveria ser a excomunhão. Explico porque digo isto. Não que eu acredite ou tema a excomunhão. Na verdade não acredito nem tenho medo, porque sei que esta é uma decisão tomada por um homem, de um ponto de vista apenas, que não representa a opinião de Deus. Não sou católica, creio no perdão, mas entendo (posso tá errada) que a maioria das pessoas esperavam que o Papa fizesse isso. Mas ele não fez nada disso e deixou as coisas quietas, como se nada tivesse acontecido.
É que espera-se da religião a mesma decência que esta mesma religião coloca nos dogmas que professa. Espera-se que os padres, ministros, bispos, papa sigam estes dogmas com mais rigor do que o fiel que frequenta a igreja.
Está certo que o pontífice é um homem de idade avançada e atualmente cheio de problemas de saúde. Mas há dois anos ele teve esta "revelação" e ficou refletindo, sem encontrar uma solução. A batata quente foi passada para o próximo papa, que será escolhido num conclave em março. Com certeza não haverá a comoção do último, em que se escolheu o sucessor de João Paulo II. A carga que o novo papa terá de encarar não vai ser fácil, mas grandes poderes trazem grandes responsabilidades.

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