sexta-feira, setembro 14, 2012

Pior do que tá não fica?

"Pior do que tá num fica!" Com este slogan o comediante Tiririca elegeu-se como mais votado deputado federal nas eleições passadas. Ele dizia não saber o que um deputado fazia e alegava firmemente que pior do que estavam as coisas não ficariam. Com o mesmo slogan e profissão o palhaço Claudio, do calçadão de Pelotas, candidatou-se a vereador.Nada contra um ou outro. Apenas discordo dos dois pois, conhecendo a famosa Lei de  Murphy, o provável é que a coisa fique pior sim.
O meu medo é que aconteça isso porque vários candidatos, que já haviam perdido seus mandatos, seja por impedimento de se candidatar, seja por que os eleitores não caíram nas suas promessas vazias e falsas estão novamente poluindo a cidade com seus cavaletes, sujando as ruas com seus santinhos, atordoando os ouvidos com seus carros de som (alguns em locais proibidos, como próximo a hospitais). E eles são tão sem memória que se apresentam como O NOVO, quando ficaram mais de 30 anos mamando na teta flácida da Câmara de Vereadores. Outros envolvidos em escândalos de corrupção, que colocam "suas" empresas em nome de familiares, que desde a militância estudantil se envolvem com maracutaias querem convencer os eleitores de que são honestos, de que tem ótimas intenções e projetos fenomenais para o município. Pedem mais, pedem que confiemos neles. Que novidade pode vir de um cidadão que vive de ser vereador? Que para garantir votos encaminha aposentadorias (direitos garantidos) e a confecção de documentos?
Tem aqueles que fizeram do seu mandato uma forma de garantir o pão de cada dia, mostrando sua casa e toda a "fartura" em que vivia. E quando chegou na Câmara pensou que estava num picadeiro.
Tem outros que são lotados em um determinado departamento de ensino, mas no qual nunca dá as caras. Para completar segue a ideia de que o voto é hereditário, não bastasse o vivente se candidatar leva também os filhos, mulher e sobrinhos a fazerem o mesmo. Como se a candidatura fosse uma fila de supermercado aonde se chega com o carrinho de compras e como estão muito extensas as filas cada um fica numa.
Um certo candidato fala que "se convencionou a ligar política com coisa suja", mas que as coisas podem ser diferentes. Realmente poderiam ser muito diferentes, se os partidos não negociassem cargos para apoiar o candidato de outro. Se para assegurar um direito ou uma mudança na lei que beneficiasse a todos meia dúzia não precisasse ter sua mão molhada com algum benefício escuso.
Realmente a cada nova eleição eu fico mais decepcionada com os candidatos e ainda mais com os partidos.

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