segunda-feira, novembro 30, 2009

Será que existe esperança?

Rever as questões da ditadura com certeza é importante, mas também é necessário revisar as pensões milionárias que muitos anistiados estão recebendo. O correto seria que estes abrissem mão de valor tão alto. Por outro lado passar a limpo e punir os culpados por mortes e desaparecimentos é uma boa iniciativa. Ainda assim não tenho muita fé de que os culpados sejam realmente punidos.
Mesmo que a crença na justiça seja pouco, desejo que haja punição, os crimes foram desumanos. Foram mortes violentas e para agravar mais a situação privaram várias famílias de enterrar seus mortos. Muitos militantes presos depois de mortos foram jogados em vala comum, como a descoberta em São Paulo no cemitério de Perus.

quinta-feira, novembro 26, 2009

Finalmente um posicionamento firme

Um dos principais problemas do Brasil, segundo sociólogos, antropólogos e estudiosos, é a má formação intelectual. Sempre dizemos que há muitos problemas na educação, saúde, segurança, aqueles cinco "esses" do FHC, que elegeram o Lula e fizeram parte do projeto de campanha de vários outros candidatos e continuarão nos planos de muitos outros na próxima eleição com certeza.
Criaram-se alguns métodos avaliativos das universidades, realizam algumas provas também no ensino fundamental e médio. Criou-se o prouni, que dá bolsas de estudos para estudantes carentes em faculdades particulares. É claro que existem alguns pré-requisitos para ser selecionado, além de uma ótima colocação no Enem. Mas, tal como o Fies e o crédito estudantil, que na época que entrei na faculdade era o que beneficiava estudantes carentes, no prouni também acontecem aqueles pequenos desvios, para dizer o mínimo. Nestes casos, acabamos vendo na faculdade gurias bem vestidas, frequentando muitas festas, dirigindo carros do ano e sendo financiadas pelo governo federal dentro da universidade particular, com recursos que deveriam beneficiar uma pessoa com baixa renda. Dou o exemplo das gurias, mas também tem muitos guris que na verdade nem estão muito interessados no estudo e tal como elas frequentam as melhores e mais caras baladas, sempre impecáveis no vestir.
No entanto, hoje li uma notícia que muito me agradou. Foi realizada uma malha fina pelo Ministério da Educação, que cruzou dados do CPF dos bolsistas com informações da Rais, do Renavam e a base de dados das universidades. A partir da investigação foram suspensas 1766 bolsas de estudo e 15 universidades foram desvinculadas do programa por fraude. Isto é muito bom! Fico realmente feliz em perceber que o MEC está tentando moralizar estas questões. É sabido que nas faculdades federais muitas vezes só conseguem a vaga pessoas com melhor poder aquisitivo, algumas porque fizeram um bom cursinho, outras porque possuem um bom nível financeiro e não precisam trabalhar podendo dedicar-se aos estudos em tempo integral, enfim, são inúmeros os motivos e não sou contra ao fato de eles ocuparem estas vagas. Sou contra, e neste caso muito contra, o fato de que pessoas que podem custear seus estudos tirem a oportunidade de outras que são realmente carentes e que muitas vezes se dedicariam com muito mais afinco a sua formação superior.
Parabenizo ao MEC pela atitude de levar a sério esta questão e espero que a operação seja, realmente, realizada anualmente.

Fonte: Jornal Diário Popular

segunda-feira, novembro 23, 2009

Projeto de lei para punir homofobia

O site do Senado lançou no dia 19, quinta-feira, uma enquete sobre o projeto de lei contra a homofobia. Mesmo que alguns hipócritas digam que não há preconceito no Brasil a enquete mostra bem o contrário. Em resposta a pergunta: "Você é a favor da aprovação do projeto de lei (PLC 122/2006) que pune a discriminação contra homossexuais?". O não está vencendo com 51, 87% dos votos. A diferença em relação ao sim, agora não está tão grande, pois esta resposta esta com 48,13%. No entanto, de acordo com email que recebi de uma amiga o não chegou a estar com 62% dos votos.
Como disse anteriormente isto só reafirma que no Brasil existe sim preconceito, não só de cor, classe social, mas contra homossexuais. Independente da tua opção sexual vai e vota a favor da aprovação do projeto de lei. Por que podemos até não concordar com a opinião ou as escolhas dos outros, mas temos que respeitá-las e defender o direito que cada um tem de viver sua vida da maneira que acredita ser a melhor.

sexta-feira, novembro 20, 2009

Manter a censura ao Estadão

Não sei nem que nome da a este pedido feito pelo senhor Fernando Sarney. Onde esta a liberdade de imprensa? Como diria Cazuza "Brasil mostra tua cara".

quinta-feira, novembro 19, 2009

Valores trocados

Terça -feira de noitinha uma senhora ligou para minha casa com o intuito de falar sobre a Bíblia. Pediu-me uns minutos e disse: Te direi três perguntas, tu escolhe a que queres que eu responda. Escolhi a que questionava se um dia as guerras e a fome teriam um fim. Antes de começar a me responder ela quis saber o que eu pensava a respeito e eu disse:
Parece contraditório mas quanto mais a humanidade evolui em tecnologias e conhecimento, mais ela se distancia da própria humanidade, torna-se duro, insensível a dor do outro. Pela lógica, e como estamos "evoluindo", deveríamos estar mais evoluídos espiritualmente, deveríamos combater a fome, criar meios para que a ganância e a corrupção acabassem e que as guerras e a fome fossem exterminadas.
Ela me replicou dizendo que a Bíblia garante que tanto a miséria como as guerras acabarão. E que devemos nos manter esperançosos.
Em parte eu concordei com ela, precisamos ter esperança. Mas somos diretamente responsáveis pelas coisas que ocorrem no mundo. Não podemos tirar a responsabilidade das nossas costas, temos que admitir que somos sim culpados, conscientes ou não, por fazer descaradamente algo ruim ou por nos omitirmos quando deveríamos falar. Mas somos parte, temos que mudar para que as coisas mudem. Do contrário será fácil esperar que Deus, ou Geová, ou o Universo, ou Oxalá faça tudo, mesmo que não mereçamos.
Em outros tempos acharia aquele telefonema chato, sem sentido. No entanto, gostei da palavra dela, apesar de não concordar com tudo o que ela disse. O mais importante foi que me fez refletir.

Arquivos encontrados

Uma descoberta interessante e importante para o país. Como uma pessoa interessada na história do Brasil não entendo como as pessoas podem colocar documentos e fotografias no lixo ou queimá-las. Estes papéis, este "lixo" conta importantes fatos da história de uma família e da própria comunidade. Leia.

quinta-feira, novembro 12, 2009

Nem Nelson Rodrigues causou tanta polêmica com vestido de noiva

Eu fico pensando o quanto um vestido rende assunto. O pior é que nem o Nelson Rodrigues com a peça "Vestido de Noiva" acho que causou tanta polêmica e discussão. É claro que a peça rende muito assunto e é de outro nível. Já o vestido da universitária Geisy Arruda...
Não queria falar sobre o assunto, porque muita gente tá falando, mas... Uma coisa que digo sem vergonha alguma, não acho o vestido que ela usava apropriado para a faculdade. Infelizmente existe sim roupa adequada para o trabalho, roupa para ir ao colégio e roupa para a balada. A desculpa dela é covincente "ia para uma festa depois da aula", no entanto, ela poderia ter usado uma outra saia sobre o vestido e tirar na hora da festa. Evitaria muita dor de cabeça.
Outra coisa que acho absurda é a reação dos colegas de universidade. Aquilo foi absurdo, para dizer o mínimo. E não se pode dizer que é coisa de homem, porque ela foi para a faculdade de ônibus, deve ter ouvido alguma piadinha, mas nada que possa ser comparado com aquilo tudo. E o que coroa o fato, a expulsão da universidade. Machismo puro! A faculdade voltou atrás, mas não anula o ato machista que aconteceu. A expulsão de Geisy é como aquela pergunta cretina que se faz quando uma mulher é estuprada: "com que roupa tu estavas?". Não importa a roupa, o que faltou foi respeito.
As mulheres deveriam ter se revoltado. Eu não acho adequado aquele o vestido para uma aula ou trabalho, mas acho ainda pior, constrangedor e absurda a atitude dos guris que promoveram o tumulto. Caso a universidade tivesse mantido a expulsão seria como punir uma vítima de estupro por ter sido estuprada. Apesar de todas as conquistas das mulheres o machismo ainda está latente no nosso país.

quarta-feira, novembro 11, 2009

Comemorar para não esquecer

A comemoração dos 20 anos da queda do Muro de Berlim contou com muitas atividades. Gostei muito dos dominós, mas principalmente da ideia de comemorar para não esquecer quão difícil era aquela separação. O que mais me marcou, ao ouvir minha professora de alemão contar da sua experiência na Alemanha, foi seu relato sobre o fato de não nascer grama no local onde os soldados faziam a ronda do muro.
Tem marcas que demoram muito a cicatrizar.

Queria entender

Acho que o ataque promovido pelo psiquiatra do exército americano Nidal Mali Hasan demonstra que a guerra no Oriente Médio extrapolou as fronteiras. Imagine como não fica a cabeça de alguém que trabalho com estresse pós-traumático com soldados que voltam do Iraque. Agora pensem se o psiquiatra teve uma reação assim, como será que não ficam os jovens soldados que estão indo arriscar suas vidas numa guerra que todos querem que acabe?

segunda-feira, novembro 09, 2009

"A vida vai melhorar"


Nunca fui fã do Luciano Huck, na verdade até desgostava dele por conta dos programas anteriores sempre usando mulheres bonitas e com pouca roupa para alavancar a audiência do programa. Realmente não gostava daquilo. Mas com o passar do tempo ele começou a realizar quadros interessantes, que mostram a vida de pessoas comuns, que lutam para melhorar suas vidas. Foi assim que me encantei com a história de seu Bené. E enquanto via ele cantando na tevê emocionado ao lado de Martinho da Vila, ídolo de seu pai eu pensei: "precisamos continuar acreditando sempre! A vida vai melhorar!"

Foto do site do caldeirão do Huck

quinta-feira, novembro 05, 2009

Fora do ar por motivo de força maior

O temporal que caiu ontem, anteontem e hoje acabaram me impossibilitando de escrever. No primeiro dia não havia luz, e em muitos lugares não havia água também, além daquela que encia as ruas, é claro. Ontem tinha tanta água nas ruas que não deu pra sair de casa porque "eu só ando a pé, mas eu continuo a andar". E como não tenho nem carro... e nem barco ficou difícil transitar pelas ruas alagadas de Pelotas. Hoje a água tá um pouco mais baixa, as nuvens continuam carregadas, no entanto eu acho que as coisas vão voltar ao normal.